
A todos os que estamos dispostos a
abrir-lhe os ouvidos da alma, Jesus Cristo ensina no Sermão da Montanha o
mandato divino da caridade. E, ao terminar, como resumo, explica: amai os
vossos inimigos, fazei bem e emprestai sem esperardes nada em troca, e será
grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, porque Ele é bom, mesmo
com os ingratos e os maus. Sede, pois, misericordiosos como também o vosso Pai
é misericordioso.
A misericórdia não se limita a uma
simples atitude de compaixão; a misericórdia identifica-se com a
superabundância da caridade que, ao mesmo tempo, traz consigo a superabundância
da justiça. Misericórdia significa manter o coração em carne viva, humana e
divinamente repassado por um amor rijo, sacrificado e generoso. Assim glosa S.
Paulo a caridade no seu canto a esta virtude: A caridade é paciente, é
benéfica; a caridade não é invejosa, não actua precipitadamente; não se
ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se
irrita, não pensa mal dos outros, não folga com a injustiça, mas compraz-se na
verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. (Amigos
de Deus, 232)
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