Servir… o que é?
Uma pergunta desnecessária para muitos, talvez, mas importantíssima
para mim. Por isso me detenho um pouco a pensar nisto e, chego à conclusão, que
sei muito pouco sobre o assunto.
Prestar cuidados aos outros?
Sim, é um serviço.
Mas quando?
Quando mo pedirem, em primeiro lugar, mas, e depois, em que ocasião
é que devo servir?
Considero que posso ser incómodo oferecer-me, sem mais, para prestar
um serviço e, então, não o faço?
Mas, e se, de facto, esse outro precisa que eu faça algo mas não
tem coragem ou confiança para me pedir?
Devo eu adivinhar a sua necessidade?
E como o farei?
Lembro-me do episódio do lava-pés da Última Ceia. Jesus não perguntou
a ninguém se precisava que lhe lavasse os pés. Como era um costume naquela
época, sem esperar mais, fê-lo com toda a simplicidade, com se fosse o servo,
que ali não estava, que teria essa incumbência.
Não vou andar por aí a lavar os pés às pessoas, seria apelidado de
louco e, com razão. Mas, andando por aí, posso tentar lavar-lhes a alma,
refrescar-lhes o coração, limpar-lhes as ideias.
Como?
Procurando o diálogo, escrevendo, comunicando, estando atento a
quem me cerca, não esperar por uma oportunidade ideal que, talvez nunca
chegue.
Esse é um serviço que está ao meu alcance e, de facto, me compete
fazer.
Neste momento penso, exactamente, que se eu não fizer o que Deus
espera que eu faça, é muito provável que essa pessoa fique privada, para sempre
desse serviço e, eu, terei que dar contas dessa terrível falta.
Se o exemplo vem DE
CIMA, nunca me sentirei “rebaixado” na minha suposta categoria ou
importância.
Que mais me dá?
O próprio Deus, Todo-Poderoso, Criador e Senhor de todas as
coisas, não veio para servir?
(ama,
reflexões, 2010.05.27)
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