12/06/2014

Reflectindo - 24

      Reflectindo

Mergulho

A cor da água era indecifrável: tão depressa verde brilhante como um azul profundo, misterioso.
Eu movia-me como que voando, mal agitando os braços, mas com uma direcção estranhamente fixa: para baixo... sempre para baixo.
Admirava-me muito de não ver o fundo de coisa nenhuma e, também, não ver nada nadando ao meu lado: nem peixes, cetáceos...ou qualquer outro animal marinho.
E, não tinha muitas dúvidas, eu estava em pleno mar... num mergulho profundo, decidido, fantástico! E, no entanto, parecia-me estar só, absolutamente só naquela imensidão de que não adivinhava nem o princípio nem o fim.
Sentia-me bastante à vontade, não tinha medo ou receio, - o que não deixava de ser estranho: o mar infundiu-me sempre enormíssimo respeito - não tinha noção de dimensões: altura, largura, espessura... nada!
Como poderia ser? Como respirava? Como...?
Não tenho respostas para dar a estas - e outras numerosíssimas - perguntas.
Ocorre-me apenas, que neste sonho, vislumbrei a imensidão de Deus!
E... desejei repetir o "mergulho".

(ama, reflexões, 2004)


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