A
cor da água era indecifrável: tão depressa verde brilhante como um azul
profundo, misterioso.
Eu
movia-me como que voando, mal agitando os braços, mas com uma direcção
estranhamente fixa: para baixo... sempre para baixo.
Admirava-me
muito de não ver o fundo de coisa nenhuma e, também, não ver nada nadando ao
meu lado: nem peixes, cetáceos...ou qualquer outro animal marinho.
E,
não tinha muitas dúvidas, eu estava em pleno mar... num mergulho profundo,
decidido, fantástico! E, no entanto, parecia-me estar só, absolutamente só
naquela imensidão de que não adivinhava nem o princípio nem o fim.
Sentia-me
bastante à vontade, não tinha medo ou receio, - o que não deixava de ser
estranho: o mar infundiu-me sempre enormíssimo respeito - não tinha noção de
dimensões: altura, largura, espessura... nada!
Como
poderia ser? Como respirava? Como...?
Não
tenho respostas para dar a estas - e outras numerosíssimas - perguntas.
Ocorre-me
apenas, que neste sonho, vislumbrei a imensidão de Deus!
E...
desejei repetir o "mergulho".
(ama, reflexões, 2004)
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