Evangelho:
Jo 14, 27-31
27 «Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha
paz; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se perturbe o vosso coração, nem se
assuste. 28 Ouvistes que Eu vos disse: Vou e voltarei a vós. Se vós Me
amásseis, certamente vos alegraríeis de Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior
do que Eu. 29 Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando
acontecer, acrediteis. 30 Já não falarei muito convosco, porque vem o príncipe
deste mundo. Ele não pode nada contra Mim, 31 mas é preciso que o mundo conheça
que amo o Pai e que faço como Ele Me ordenou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.
Comentário:
«O Pai é maior que Eu». Esta expressão de Jesus pode levantar uma questão: Deus não é um só?
Então como explicar?
Penso que a Pessoa
do Pai reúne em Si toda a Santíssima Trindade e, por isso mesmo - e falando em
termos exclusivamente humanos - o todo é maior que a unidade.
Sendo Deus um só embora constituído por três pessoas distintas na verdade não existe uma gradação de importâncias ou uma “escala de poderes”. Resulta difícil para nós compreender tal coisa por isso mesmo é um mistério.
Para melhor
compreendermos talvez pudéssemos dizer: Quem nos criou foi Deus na Pessoa do Pai;
Quem nos salvou foi Deus na Pessoa do Filho; Quem nos mantém é Deus na Pessoa do Espírito Santo.
Adoramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Temos a
contemplação da face do Pai - a Santíssima Trindade -, como objectivo último,
mas o caminho para lá chegar é seguir Cristo guiados pelo Espírito Santo.
(ama,
comentário sobre Jo 14, 27-31, 2013.04.30)
Leitura espiritual
Temas |
Meditações sobre a Ressurreição
2. EMAÚS: A DECEPÇÃO E A
ESPERANÇA
Dois
homens tristes no entardecer
O
Evangelho de São Lucas, no seu capítulo 24 (13-35), faz-nos contemplar de
perto, de uma maneira muito viva, dois homens que – na tarde do próprio dia da
Ressurreição de Jesus – estão voltando para casa, cabisbaixos e decepcionados:
os discípulos de Emaús.
Nesse
mesmo dia – diz São Lucas -, dois discípulos caminhavam para uma aldeia,
chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios – cerca de doze quilómetros. Iam falando um com o outro sobre tudo o que se tinha passado.
Aquilo que se tinha passado era, nada mais, nada menos, a paixão e a morte de
Jesus, a “derrota” estrondosa de Cristo às mãos dos seus inimigos, enquanto as
multidões, que cinco dias antes, no Domingo de Ramos, O haviam aclamado
entusiasmadas, vociferavam com ódio: Crucifica-o! Crucifica-o!
Podemos
imaginar, por isso, qual era o seu estado de ânimo. Perdidos, deprimidos,
desnorteados, conversavam como quem não acaba de acreditar que tivesse sido
possível aquele afundamento dos seus sonhos. Assim andavam quando Jesus se
aproximou e caminhava com eles; mas os olhos estavam-lhes como que vendados e
não o reconheceram.
São
Josemaria Escrivá oferece-nos uma descrição cálida da aparição de Jesus
ressuscitado a esses discípulos: “Caminhavam aqueles dois discípulos – escreve
– em direcção a Emaús. Andavam a passo normal, como tantos outros que
transitavam por aquelas paragens. E ali, com naturalidade, aparece-lhes Jesus e
caminha com eles, numa conversa que diminui a fadiga. Imagino a cena, bem ao
cair da tarde. Sopra uma brisa suave. Em redor, campos semeados de trigo já
crescido, e as oliveiras velhas, com os ramos prateados à luz tíbia”. São
palavras poéticas que nos ajudam a fazer meditação, sentindo-nos dentro da
cena, participando dela “como mais um personagem”. i
Ouçamos,
pois – enquanto os acompanhamos –, as primeiras palavras que o Senhor lhes
dirige: De que vínheis falando pelo caminho, e por que estais tristes? O
diálogo que se travou é digno de ser meditado. Primeiro, como pessoas
frustradas, os discípulos respondem de mau humor, num tom ríspido: Um deles,
chamado Cléofas, respondeu-lhe: “És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém
que não sabe o que nela aconteceu nestes dias?”… É como se dissesse, meio
admirado e meio irritado: “Todo a gente sabe. Onde é que você vive? Só você
está o ignora?”
Que
ironia! Dirigem-se rudemente a Jesus, lançando-lhe em rosto a sua ignorância a
respeito da tragédia… do próprio Jesus! Tudo isto chegaria a ser cómico, se não
fosse dramático. Mas Nosso Senhor, como em todas as cenas da Ressurreição,
mostra-se especialmente afável e bem-humorado para com eles. Ousaria dizer que
é até propositadamente divertido. Fazendo-se de ingénuo, pergunta-lhes “Que
foi? Que houve?…“ Assim quer ajudá-los a abrir o coração, como, aliás, Ele
deseja fazer connosco sempre que nos vê desanimados ou tristes: “Eu estou aqui
– diz-nos -. Fala comigo”.
E
eles abriram-se mesmo. Despejaram o vinagre da sua decepção. Falaram ao
caminhante desconhecido sobre um tal Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras
e palavras diante de Deus e de todo o povo, comentando os acontecimentos
trágicos da quinta e da sexta-feira santas, e contaram-lhe como tinha acabado
pregado na Cruz. Depois, confessaram a sua tremenda frustração: Nós esperávamos
que fosse ele quem havia de restaurar Israel, e agora, além de tudo isso, já é
o terceiro dia que estas coisas aconteceram.
Um
erro de esperança
Esse
era o mal que lhes corroía a alma: Nós esperávamos. Tinham colocado toda a sua
esperança no Senhor. Tinham apostado nele. Por isso o haviam seguido, por isso
tinham abandonado os seus planos pessoais, o aconchego do lar, tudo, jogando a
vida numa só carta: a esperança de que Jesus fosse o poderoso Rei-Messias
anunciado pelos Profetas, que triunfaria sobre todos os inimigos e se
assentaria no trono do Reino de Israel, restabelecendo-o para sempre. Ninguém
lhes tinha contado ainda que, em plena Paixão, Jesus declarara inequivocamente
a Pilatos: O meu Reino não é deste mundo…
No
entanto, eles, quase com certeza, já lhe tinham ouvido dizer: O Reino de Deus
está dentro de vós… E também tinham escutado muitas das parábolas do Reino, que
falavam, por meio de expressivos simbolismos, não de um reino terreno,
político, mas de um Reino de graça, de paz e de amor que cresce dentro dos
corações, nas famílias, nas sociedades, como o trigo que germina de noite e de
dia; como o grão de mostarda que é pequenino e se torna árvore alta; como o
fermento invisível que a mulher põe na massa de farinha e acaba fermentando-a
toda… Ou como um Pai que perdoa o filho fugitivo, e um Pastor que procura a
ovelha perdida e que é, ao mesmo tempo, o Rei-Deus que nos convida a participar
do seu banquete de amor eterno…
Poderíamos
definir com exactidão o engano dos discípulos de Emaús – igual ao de muitos actuais
discípulos de Cristo – como um grande “erro de esperança”. Aí esteve a sua
falha. Tinham esperança, sim, mas era uma “esperança equivocada”, não era a
virtude cristã da esperança. Em consequência, estavam irremediavelmente fadados
à decepção e ao fracasso, como quem dispara uma flecha para o alvo errado, ou
dirige um veículo fora da estrada, que, quanto mais rápido vai, mais perto está
do desastre.
Assim
são muitas mulheres e muitos homens de hoje. O seu mal é a visão deturpada da
esperança: esperam o que não devem, e esperam mal. Os exemplos são inúmeros:
falsas esperanças amorosas, falsas esperanças profissionais, falsas esperanças
de glória e triunfo, falsa confiança nas riquezas…
Onde
está o erro? A resposta é simples. Espera mal quem espera qualquer coisa
diferente da Vontade de Deus a seu respeito, qualquer coisa – por grande e
empolgante que seja – que esteja fora dos planos que Deus preparou e deseja
para ele. Então, acontece a essas pessoas o que Jesus dizia aos fariseus:
Frustraram o desígnio de Deus a seu respeito (Lc 10,30). A vida deles tornou-se
um plano divino traído, frustrado, que Deus não pode reconhecer como seu, e tem
que lhes dizer: Não vos conheço (Mt 25,12).
É
importante perceber que as pessoas não ficam frustradas “principalmente” por
não terem alcançado os seus desejos, os seus sonhos. Na realidade, muitas das
piores frustrações são as daqueles que alcançaram mesmo esses desejos e sonhos
(‘Já estou na faculdade, já tenho emprego, já me casei, já sou rico’), mas
depois percebem que nada disso os preenche, não lhes traz a felicidade. Homens
e mulheres ficam frustrados “principalmente” porque – sem sequer darem por isso
– não atingem o ideal para o qual foram criadas por Deus, ou seja, por não
terem sido fiéis à sua vocação de filhos de Deus, e por isso – desculpem a
expressão rude – a vida delas, em vez de alcançar o desenvolvimento e
maturidade de um filho que cresce, foi como um aborto. Fora do que Deus espera
de nós, tudo é um triste aborto provocado… por nós!
Pensemos,
por exemplo, nos casamentos fracassados. A maioria deles afundou-se porque
marido e mulher “esperaram mal”. O que é que espera a maioria dos noivos,
quando vão para o casamento? Sem dúvida, amar e ser felizes. Mas amar, como?
Serem felizes, como? Muitos só pensam em “receber” do outro muito carinho,
paciência, compreensão, todo o aconchego para se “sentirem bem” realizando os
seus próprios gostos e caprichos, os seus prazeres, e até as suas manias.
Poucos pensam em dar e dar-se generosamente para o bem do outro e dos filhos,
em construir uma família com abnegação generosa e desprendimento alegre,
felizes por fazerem felizes os demais. Ou seja, não pensam no verdadeiro amor,
no autêntico amor-doação, no único que pode trazer a felicidade.
Por
isso, quando chega a hora da verdade e aparecem as dificuldades inevitáveis –
essas com as quais Deus conta para nos purificar e amadurecer –, não
compreendem que essas dificuldades são apelos para se darem mais, para amarem
mais, para dialogarem mais, e não para irritações, más caras, resmungos e
gritos; que é a hora da compreensão, e não a da imposição; que é a hora de
escutar com humildade, e não de “ter razão”…. Infelizmente, não entendem nada
disso. E, então, tudo vai por “água abaixo”. Não foram ao casamento preparados
para o verdadeiro amor, mas para “consumir” satisfações (como “consomem” os outros
prazeres da vida). É natural que acabem dizendo, como os discípulos de Emaús:
“Nós esperávamos outra coisa”…
É
preciso abrir os olhos da alma, com a ajuda de Deus, e compreender que a vida
não é uma laranja para chupar e cuspir, que os outros não são cana-de-açúcar
para tirar o caldo e jogar fora o bagaço, que Deus não é um “seguro protector
de egoísmos”, e que os outros não são “bens desfrutáveis”. Viver e ser feliz é
coisa infinitamente maior do que “usufruir”!
A
virtude da esperança
Qual
é, então, a verdadeira esperança cristã? É a confiança firme, nascida da fé
viva que nos diz que viveremos envoltos no amor de Deus aqui na terra – em
todas as circunstâncias e vicissitudes de cada dia – e, depois, eternamente no
Céu. Tudo o que conduz a isso é bom. Tudo o que afasta disso é mau. Tudo o que
conduz a isso acaba em felicidade – já aqui na terra -, e tudo o que afasta
disso acaba em tristeza, e até – Deus não o permita – pode acabar em tormento
eterno.
É
muito claro o que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre a esperança: “A
esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o
Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo a nossa confiança nas promessas de Cristo
e apoiando-nos não nas nossas próprias forças, mas no socorro da graça do
Espírito Santo… A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade
colocada por Deus no coração de todos os homens; assume as esperanças que
inspiram as actividades dos homens; purifica-as para ordená-las ao Reino dos
Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo o esmorecimento; dilata o
coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança
preserva do egoísmo e conduz à felicidade do amor” (nn. 1817 e 1818). São
textos preciosos, que daria para meditar durante horas.
A
grande lição dos discípulos de Emaús
Voltando
à cena dos discípulos de Emaús, vale a pena prestar atenção ao que Cristo lhes
disse, quando terminaram o seu desabafo de desiludidos. Nosso Senhor começou a
falar-lhes de modo claro, incisivo, sem rebuços, com palavras que tiveram o
efeito de lancetar-lhes o tumor de cepticismo que lhes corroía o coração: Ó
gente insensata e lenta de coração para acreditar em tudo o que anunciaram os
profetas! Porventura não era necessário que o Cristo sofresse estas coisas e assim
entrasse na Sua glória?” E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas,
explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras”, ou seja, as
inúmeras profecias que falavam da Sua Paixão. Jesus desvendou-lhes, assim, com
um jacto de luz divina, o plano da Trindade para a salvação do mundo, uma
salvação que havia de ser realizada pelo máximo acto de Amor imaginável: a
entrega do Filho de Deus na Cruz para a redenção dos nossos pecados.
Foi
na Cruz, com efeito, onde o Filho de Deus – Deus feito Homem, encarnado por nós
– atingiu o limite máximo do Amor, e com esse amor ilimitado, envolveu,
compensou, purificou e superou todos os nossos desamores, todos os nossos
pecados. Como fruto deste Seu sacrifício, derramou sobre nós a graça do Espírito
Santo – o fogo do Amor divino em pessoa –, e abriu-nos de par em par as portas do Céu.
Quer
dizer que o que Cléofas e o companheiro lamentavam como uma desgraça (a paixão
e morte de Cristo), foi, na realidade, a maior maravilha de toda a história da
humanidade, o maior bem do mundo, o maior motivo de alegria de todos os
séculos! Insensatos! disse-lhes Jesus. Sim, insensatos os que não veem isso e
vão atrás de sombras e aparências falsas!
Enquanto
Jesus ia falando pelo caminho, os corações dos dois caminhantes foram mudando.
Um calor novo os invadiu, uma faísca de esperança se acendeu neles.
Aproximaram-se da aldeia para onde iam, e Jesus fez como se quisesse passar
adiante. Mas eles forçaram-no a parar: “Fica connosco, já é tarde e o dia
declina”.
É
uma bela oração para nós fazermos, quando começarmos a sentir a proximidade de
Jesus: “Fica connosco! Não nos deixes, queremos estar contigo, queremos ter-te
como amigo, queremos abrir-te a alma. Fica!” E, além do mais, bem que
percebemos que já se nos faz tarde, que a vida passa, que a vida acaba, sim, já
é tarde e o dia declina. Olha, Senhor, que gastamos boa parte deste “dia”, que
é a vida, entre falsas esperanças e verdadeiras frustrações. Precisamos de Ti.
Por favor, fica, que só em Ti se acha a esperança…
Com
Cristo, o coração arde
Então
– continua a contar São Lucas –, entrou com eles, e aconteceu que, estando
sentados à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho. Então se
lhes abriram os olhos e o reconheceram…, mas ele desapareceu. Diziam então um
ao outro: “Não é verdade que o nosso coração ardia dentro de nós enquanto ele
nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
Tudo,
nessa belíssima cena dos discípulos de Emaús, é espelho e modelo para nós. Bem
dizia São Josemaría Escrivá: “Caminho de Emaús, caminho da vida”… Quando nos
entristecer a falta de sentido de tantas coisas, e sobretudo, quando nos
acabrunharem as decepções que parecem amontoar-se e afogar a esperança, façamos
como os discípulos de Emaús:
Primeiro,
abramos a alma a Deus (às vezes, a melhor maneira de abri-la é fazer uma
confissão muito sincera).
Depois,
escutemos as suas palavras, meditemos a Sagrada Escritura – especialmente os
Evangelhos – com calma, com carinho, deixando que as Palavras de Deus penetrem
na alma como a chuva na terra. Elas nos mostrarão que o que nos parece ruim
muitas vezes é bom, que a Cruz – que julgamos ser uma porta que se nos fecha e
nos deixa num beco sem saída – na realidade é uma porta que se abre, para que
entremos num mundo melhor, de mais amor, de mais bondade, de mais pureza, de
mais virtude.
Em
terceiro lugar, acolhamos Jesus em casa, na casa da nossa alma, recebendo-o
sempre dignamente na Eucaristia, na Comunhão, que é a união com Deus mais
íntima que a criatura humana pode ter nesta terra: Jesus em nós, Jesus nosso
alimento, Jesus sangue do nosso sangue e vida da nossa vida!
E
por fim, a alegria. O coração desanimado, que estiolava e murchava, agora arde
dentro de nós, e inflama-nos com uma nova esperança. Vemos um novo sentido para
a vida, iluminada pela fé e o amor de Cristo, e temos necessidade de correr ao
encontro dos outros, para contagiá-los com a nossa esperança, como fizeram os
discípulos de Emaús depois que Jesus os deixou.
Lição
de fé, lição de amor, lição de esperança. Vêm a calhar palavras com que São
Josemaria começava uma homilia sobre a esperança: “Há já bastantes anos, com a
força de uma convicção que crescia de dia para dia, escrevi: Espera tudo de
Jesus; tu nada tens, nada vales, nada podes. Ele agirá, se nele te abandonares.
Passou o tempo, e essa minha convicção tornou-se ainda mais vigorosa, mais
funda. Tenho visto, em muitas vidas, que a esperança em Deus acende
maravilhosas fogueiras de amor, com um fogo que mantém palpitante o coração,
sem desânimos, sem decaimentos, embora ao longo do caminho se sofra, e às vezes
se sofra deveras” ii
Isto
foi o que aconteceu com os discípulos de Emaús. Com o coração inflamado pela
esperança, desfizeram o caminho dos desertores, voltaram a reunir-se com os
Apóstolos e as santas mulheres no Cenáculo e participaram da alegria que – no
meio ainda de sombras e hesitações – começava a alastrar entre eles e que
anunciava, mesmo que muitos ainda não o percebessem plenamente e estivessem
ainda atingidos pelo temor, um futuro de esperança pelos séculos dos séculos,
até ao fim do mundo: “O Senhor ressuscitou verdadeiramente!…” Esta é a grande
verdade! A esperança cristã acabava de nascer com a ressurreição de Cristo, e
já não morreria nunca mais.
_____________________________________
Notas:
i
São Josemaria Escrivá, Amigos de Deus, n. 313
i]
Amigos de Deus, n. 205
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