E como é que vou conseguir – parece
que me perguntas – actuar sempre com esse espírito, que me leve a concluir com
perfeição o meu trabalho profissional? A resposta não é minha. Vem de S. Paulo:
Trabalhai varonilmente, sede fortes. Que tudo, entre vós, se realize na
caridade. Fazei tudo por Amor e livremente. Nunca actueis por medo ou por
rotina: servi ao Nosso Pai Deus.
Gosto muito de repetir – porque tenho
experimentado bem a sua mensagem – aqueles versos pouco artísticos, mas muito
gráficos: Minha vida é toda amor / Se em amor sou entendido, / Foi pela força
da dor, / Pois ninguém ama melhor / Que quem muito haja sofrido.
Ocupa-te dos teus deveres
profissionais por Amor. Faz tudo por Amor – insisto – e comprovarás as
maravilhas que produz o teu trabalho, precisamente porque amas, embora tenhas
de saborear a amargura da incompreensão, da injustiça, da ingratidão e até do
próprio fracasso humano. Frutos saborosos, sementes de eternidade!
Acontece, porém, que algumas pessoas –
são boas, bondosas – afirmam por palavras que aspiram a difundir o formoso
ideal da nossa fé, mas se contentam na prática com uma conduta profissional
superficial e descuidada, própria de cabeças-no-ar. Se nos encontrarmos com
alguns destes cristãos de fachada, temos de ajudá-los com carinho e com clareza
e recorrer, quando for necessário, a esse remédio evangélico da correcção
fraterna: Irmãos, se porventura alguém for surpreendido nalguma falta, vós, os
espirituais, corrigi-o com espírito de mansidão; e tu, acautela-te a ti mesmo,
não venhas também a cair na tentação. Levai os fardos uns dos outros e desse
modo cumprireis a lei de Cristo. (Amigos de Deus, nn.
68–69)
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