São Gregório Nazianzeno Doutores da Igreja
Evangelho: Jo 1, 19-28
19 Eis o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas a perguntar-lhe: «Quem és tu?». 20 Ele confessou a verdade, não a negou; e confessou: «Eu não sou o Cristo». 21 Eles perguntaram-lhe: «Quem és, pois? És tu Elias?». Ele respondeu: «Não sou». «És tu o profeta?». Respondeu: «Não». 22 Disseram-lhe então: «Quem és, pois, para que possamos dar resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?». 23 Disse-lhes então: «”Eu sou a voz do que clama no deserto. Endireitai o caminho do Senhor”, como disse o profeta Isaías». 24 Ora os que tinham sido enviados eram fariseus. 25 Interrogaram-no, dizendo: «Como baptizas, pois, se não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?». 26 João respondeu-lhes: «Eu baptizo em água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis. 27 Esse é O que há-de vir depois de mim, e eu não sou digno de desatar-Lhe as correias das sandálias». 28 Estas coisas passaram-se em Betânia, além Jordão, onde João estava a baptizar.
Comentários:
Esta
extraordinária página escrita por São João que testemunhou o que relata, marcou
para sempre a vida dos homens.
Fazem-se
filmes, peças de teatro escrevem-se livros e, tudo, baseado na mesma história
dramática sangrenta com que se conclui a salvação da humanidade.
Esta não pode
ficar indiferente ao que se passou não tanto pela tragédia, que a houve de
facto, mas pela suma importância de que se revestiu.
Não nos cabe
julgar os desígnios de Deus ao escolher esta forma para, consumar a Sua
promessa aos nossos primeiros pais, mas é muito possível que o tenha feito
exactamente para vincar de forma iniludível o quanto devemos considerar que,
Ele, cumpre sempre as Suas promessas.
(ama
comentário sobre Jo 1, 19-28, 2012.03-29)
Já
publicados:
Este,
sim, é um testemunho verdadeiro, autêntico, esclarecedor!
Verdadeiro
porque é o próprio que o faz, directamente, sem subterfúgios; autêntico porque
fica registada humildade de quem o presta e, finalmente, esclarecedor, porque
não deixando nada na sombra da dúvida revela o suficiente para elucidar quem
pergunta.
Serei
eu, assim, capaz de testemunhar a verdade mesmo quando seria, talvez, possível
colaborar num engano, numa dúvida?
Serei
eu, assim, capaz de me despir de falsas roupagens e assumir a minha verdadeira
identidade e estatura?
Serei eu, assim, capaz, de ser humilde,
reconhecendo o meu nada perante a Grandeza do Senhor meu Deus?
(ama, meditação sobre J 1, 19-28,
2009.11.26)
«Está
no meio de vós»
“O
Senhor está próximo, não vos inquieteis com nada" (Fil 4,5-6). No profeta
Isaías, Deus Pai fala assim: “Faço aproximar a minha justiça” – isto é o seu
Filho; “ele não está longe e a minha salvação não se fará esperar. Darei a Sião
a salvação e a minha glória a Israel” (46,13). É o que se diz no evangelho de
hoje: “No meio de vós está aquele que não conheceis”. Mediador entre Deus e os
homens, um homem (1 Tm 2,5), Jesus Cristo, eleva-se no campo de batalha do
mundo para combater o diabo; vencedor, ele liberta o homem e reconcilia-o com
Deus Pai. Mas vós não o conheceis.
“Alimentei
e criei filhos, mas eles desprezaram-me. O boi conhece o seu dono, o burro
conhece o estábulo do seu senhor, mas Israel não me conheceu e o meu povo não
me compreendeu” (Is 1,2-3). Como o Senhor está perto de nós! E nós não o
conhecemos! Alimentei os meus filhos com o meu sangue, diz-nos ele, como uma
mãe alimenta os seus filhos com o seu leite. Elevei acima dos coros dos anjos a
natureza humana que tomei, a quem me uni. Poderia dar-vos maior honra? E eles desprezaram-me.
Vede se há dor comparável à minha (Lm 1,12).
Então, "não vos inquieteis com
nada", uma vez que é a preocupação com as coisas materiais que nos faz
esquecer o Senhor.
(Santo António Sermões para os Domingos
e festas dos santos)
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