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Indo Jesus para Jerusalém, passou pela Samaria e pela Galileia.12 Ao
entrar numa aldeia, saíram-Lhe ao encontro dez homens leprosos, que pararam ao
longe, 13 e levantaram a voz, dizendo: «Jesus, Mestre, tem compaixão
de nós!». 14 Ele tendo-os visto, disse-lhes: «Ide, mostrai-vos aos
sacerdotes». Aconteceu que, enquanto iam, ficaram limpos. 15 Um
deles, quando viu que tinha ficado limpo, voltou atrás, glorificando a Deus em
alta voz, 16 e prostrou-se por terra a Seus pés, dando-Lhe graças.
Era um samaritano. 17 Jesus disse: «Não são dez os que foram
curados? Onde estão os outros nove? 18 Não se encontrou quem
voltasse e desse glória a Deus, senão este estrangeiro?». 19 Depois
disse-lhe: «Levanta-te, vai; a tua fé te salvou».
Comentário:
‘É de bem-nascido ser agradecido’ diz o povo com
justificada razão e eminente sabedoria. E, nós, pobres homens, não deveríamos
fazer outra coisa que dar contínuamente graças ao Senhor por todos os
benefícios que, constantemente, nos faz, o primeiro dos quais, a própria vida.
Diria que ‘nos fica bem’ agradecer sobretudo por
aquelas pequenas coisas que nos sucedem diariamente e que quase não nos demos
conta.
Agradecer as inspirações que o Espírito Santo incute na
nossa alma e que nos levam a fazer actos bons;
Agradecer como já se disse o dom da vida que, mesmo com
vicissitudes, dificuldades ou outros inconvenientes, não deixa de ser um bem
extraordinário que nós não podemos, de forma alguma, manter ou conservar por
vontade própria;
Agradecer o reconhecimento dos nossos defeitos e
debilidades que nos proporciona o ensejo de corrigir, de melhorar;
Agradecer, finalmente, a Filiação Divina, que é o maior
bem a que poderíamos alguma vez aspirar.
“A própria
ordem natural requer que quem recebeu um favor responda com gratidão ao que o
beneficiou.”
(S. Tomás de Aquino, Suma teológica, 2-2,
q. 106, a. 3c.)
(ama,
comentário sobre Lc 17, 11-19, 202.11.14)
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