2. No que se refere ao culto, há que ter em conta que este se dirige a Deus, pois é um modo de manifestar a nossa dependência d’Ele, de O adorar. Por este motivo o culto que tributamos a Deus distingue-se do culto aos mártires e aos santos, que começou desde muito cedo na Igreja, ou do culto à Santíssima Virgem.
A Deus tributa-se-Lhe um culto de
adoração, de latria; e aos mártires e aos santos de veneração, de dulia. No
caso de Nossa Senhora fala-se de culto de hiperdulia. Estes pontos foram
estudados com particular detalhe pelo II Concílio de Niceia (787), que
ratificou a legitimidade do culto às imagens e distinguiu entre o culto de
latria, próprio de Deus a quem o cristão adora, e o culto de dulia, próprio dos
santos, das suas relíquias e imagens, a quem se venera, ao mesmo tempo que
reservava o chamado culto de hiperdulia à Santíssima Virgem.
J. A. Riestra
Novembro 2010
Bibliografia básica
1. Em primeiro lugar figuram, como é
óbvio, os escritos de S.Josemaria publicados. Podem ser particularmente úteis,
enquanto se centram sobre o tema em questão, as homilias sobre Nossa Senhora
publicadas em Cristo que passa e Amigos de Deus, “Recuerdos del Pilar”,
Caminho, etc.
2. Uma boa ajuda para este tema
encontra-se também em Álvaro Del Portillo, Entrevista sobre o fundador do Opus
Dei, Quadrante, 1994 Javier Echevarría, Lembrando o Beato Josemaría
Escrivá, Diel, 2000; Idem, El amor a
María Santísima en las enseñanzas de Mons. Escrivá de Balaguer, em Palabra nn.
156-157 (1978), pp. 341-345. Encontram-se também numerosos episódios que
manifestam a piedade mariana de S.Josemaria nas diversas biografias publicadas.
3. Outros trabalhos que podem ajudar
são: Federico Delclaux, Santa Maria nos escritos Beato Josemaría Escrivá, Rei
dos Livros, 1996; José Antonio Riestra, La maternità spirituale di Maria
nell’esperienza mariana di San Josémaría Escrivá, em "Annales
Theologici" n. 16 (2002), pp. 473-489; A. Blanco, Madre de Dios y Madre de
los hombres. Studio sulla devozione mariana di San Josemaría e sul rapporto con
l’unità di vita, em Romana n. 19 (2003), pp. 292-320.
4. Para una visão de conjunto podem
consultar-se: José Luis Bastero Eleizalde, María, Madre del Redentor, 2ª ed.,
Eunsa; M. Ponce Cuéllar, María, Madre del Redentor y Madre de la Iglesia,
Herder; S. De Fiores – S. Meo
(edd.), Nuevo diccionario de mariología, Ediciones Paulinas.
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