A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Para ver, clicar SFF.
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6
Dizia também esta parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha.
Foi buscar fruto e não o encontrou. 7 Então disse ao vinhateiro: Eis
que há três anos venho buscar fruto a esta figueira e não o encontro; corta-a; para
que está ela inutilmente a ocupar terreno? 8 Ele, porém,
respondeu-lhe: Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a cavo em volta e
lhe deito estrume; 9 se com isto der fruto, bem está; senão,
cortá-la-ás depois».
10 Jesus estava a ensinar numa
sinagoga em dia de sábado. 11 Estava lá uma mulher possessa de um
espírito que a tinha doente havia dezoito anos; andava encurvada, e não podia
levantar a cabeça. 12 Jesus, vendo-a, chamou-a, e disse-lhe:
«Mulher, estás livre da tua doença». 13 Impôs-lhe as mãos e
imediatamente ficou direita e glorificava a Deus. 14 Mas, tomando a
palavra o chefe da sinagoga, indignado porque Jesus tivesse curado em dia de
sábado, disse ao povo: «Há seis dias para trabalhar; vinde, pois, nestes e sede
curados, mas não em dia de sábado». 15 O Senhor disse-lhe:
«Hipócritas, qualquer um de vós não solta aos sábados o seu boi ou o seu
jumento da manjedoura para os levar a beber? 16 E esta filha de
Abraão, que Satanás tinha presa há dezoito anos, não devia ser livre desta
prisão ao sábado?». 17 Dizendo estas coisas, todos os Seus
adversários envergonhavam-se e alegrava-se todo o povo com todas as maravilhas
que Ele realizava. 18
Dizia também: «A que é semelhante o reino de Deus; a que o compararei? 19
É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta;
cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu repousaram nos seus ramos». 20
Disse outra vez: «A que direi que o reino de Deus é semelhante? 21 É
semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de
farinha, até que tudo ficasse levedado». 22 Ia pelas cidades e aldeias ensinando, e caminhando para
Jerusalém. 23 Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se
salvam?». Ele respondeu-lhes: 24 «Esforçai-vos por entrar pela porta
estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não conseguirão. 25
Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, vós, estando fora,
começareis a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos. Ele vos responderá: Não
sei donde sois. 26 Então começareis a dizer: Comemos e bebemos em
tua presença, tu ensinaste nas nossas praças. 27 Ele vos dirá: Não
sei donde sois; “afastai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade”. 28
Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob, e
todos os profetas no reino de Deus, e vós serdes expulsos para fora. 29
Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e se sentarão à mesa
do reino de Deus. 30 Então haverá últimos que serão os primeiros, e
primeiros que serão os últimos».
A Confissão Frequente
I - O que significa confissão frequente?
Pode receber-se o
sacramento da penitência com frequência porque uma e outra vez se reincide no
pecado mortal e se quer obter de Deus o seu perdão. Aqui não falamos da
confissão frequente nesse sentido. O que aqui queremos significar é a confissão
frequente, repetida, de uma pessoa que normalmente não comete nenhum pecado
mortal, que, portanto, vive em união com Deus e que pelo amor está ligada a Ele.
Também incorre em toda a classe de infidelidades e faltas, e tem diferentes
debilidades, costumes torcidos e tendências na luta contra a concupiscência e o
amor-próprio. Não lhe é indiferente fracassar por vezes, ainda que não seja em
coisas graves, e actuar contra a sua consciência. Preocupa-se em purificar a
sua alma de toda a mancha de pecado e faltas, conservá-la limpa e fortalecer a
sua vontade na aspiração para Deus. Por essa razão acode com frequência, por
vezes até semanalmente, à santa confissão. Vai à procura da purificação
interior, da firmeza da vontade; procura nova força para tender sempre para a
união perfeita com Deus e com Cristo. Sabe bem que em consciência não está de
forma nenhuma obrigada a confessar os pecados veniais que cometeu. Sabe que é
ensinamento expresso da Igreja que os pecados veniais se podem omitir na
confissão, porque há muitos outros meios pelos quais se podem apagar da alma os
pecados veniais. Tais meios são todos os actos de verdadeiro arrependimento
sobrenatural, todas as orações em que se pede o perdão dos pecados, todas as
obras feitas com espírito de penitência e de expiação e todas as dores sofridas
com o mesmo espírito.
Além disso, também
servem todos os actos de amor-perfeito a Deus e a Cristo, todos os actos e obras
de amor cristão ao próximo, feitos por motivos sobrenaturais, assim como todas
as obras e todos os sacrifícios realizados por amor sobrenatural. Também são
meios a prática bem-feita dos chamados sacramentais, por exemplo, da água
benta; além do mais, uma série de orações litúrgicas, como o Confiteor Deo, como o Asperges me, como em especial a
assistência ao santo sacrifício da Missa e a recepção da sagrada comunhão.
Mediante a sagrada comunhão «somos purificados das faltas diárias», diz o
Concílio tridentino[1]. Veja-se, pois,
quão fácil tornou a misericórdia de Deus a alma, animada de verdadeira ânsia de
perfeição, ao reparar imediatamente uma falta cometida.
1 - Se, pois, existem
tantos meios para que a alma se purifique dos seus pecados veniais sem o sacramento
da penitência, que sentido e que valor tem a confissão dos pecados veniais?
Onde está o «proveito» desta confissão, de que fala o Concílio de Trento? Diz:
«Os pecados veniais, que não nos privam da graça divina e em que tão amiúde
recaímos, confessam-se e acusam-se com motivo e proveito na confissão, como o
comprova a prática das pessoas devotas» [2].
a) - O fruto da
confissão dos pecados veniais funda-se antes de mais em que se trata da
recepção de um sacramento. O perdão dos
pecados consegue-se em virtude do sacramento, quer dizer, de Cristo. No
sacramento da penitência, «àqueles que depois do baptismo pecaram,
aplicam-se-lhes os méritos da morte de Cristo» [3].
No qual há que observar: no sacramento é essencial o arrependimento íntimo dos
pecados, que é elevado pelo sacramento à união, cheia de graça, com Deus. A
graça aqui outorgada, uma vez que se trata exclusivamente de pecados veniais,
não é, como quando se trata de um pecado mortal, a nova vida da graça, mas o
fortalecimento, o aumento e maior profundidade da vida sobrenatural, da santa
caridade no homem. O sacramento da penitência a primeira coisa que produz é o
positivo, o fortalecimento da nova vida, o aumento da graça santificante, e em
união com ela uma graça coadjuvante que estimula a nossa vontade para um acto
de amor ou de arrependimento. Esse acto de amor apaga os pecados veniais e
expulsa-os da alma, de forma semelhante à luz que afugenta e elimina as trevas.
O proveito da confissão
dos pecados veniais consiste, além disso, em que a virtude do sacramento não só
apaga os pecados, como além disso abarca e cura as suas consequências, de forma
mais perfeita do que acontece no perdão extra-sacramental dos pecados veniais.
Porque no sacramento da penitência se perdoa uma parte maior das penas
temporais dos pecados que pelos meios extra-sacramentais, ainda que exista
igual espírito de arrependimento. Mas o sacramento da penitência sobretudo cura
a alma das debilidade produzida pelos pecados veniais, do cansaço e da frieza
para as coisas divinas, da inclinação que com os pecados veniais renasce para
as coisas terrenas, do fortalecimento dos instintos e inclinações torcidas e do
poder da má concupiscência – e isto em virtude do sacramento, quer dizer, do
próprio Cristo -. Assim a confissão dos pecados veniais fornece à alma uma
frescura interior, um novo impulso para se entregar a Deus, a Cristo, e ao
cuidado da vida sobrenatural, o que normalmente acontece no perdão
extra-sacramental dos pecados veniais.
A confissão dos pecados
veniais produz um proveito muito especial e notório por estas circunstâncias:
que em geral os actos do exame de
consciência, em especial do arrependimento, do propósito, da vontade de
satisfação e de penitência, são muito mais perfeitos e melhor elaborados que no
perdão extra-sacramental dos pecados veniais por meio de uma jaculatória ou
pelo uso piedoso da água benta. Todos sabemos o que custa acusar-se devidamente
ante o sacerdote; todos sabemos como devemos preocupar-nos em, realizar bem os
actos de arrependimento e de propósito e incitar a vontade à penitência e à
satisfação. Com plena consciência dedicamo-nos a fazer bem esses actos.
E com razão. Porque
esses actos de aversão interior às faltas não constituem unicamente uma
condição prévia da alma para a recepção do sacramento da penitência, são parte
essencial. Deles depende que haja um verdadeiro sacramento, eles determinam a
medida da eficácia do sacramento, no crescimento na vida divina e no perdão dos
pecados. O sacramento da penitência, assim como o sacramento do matrimónio, é o
sacramento mais pessoal. A participação pessoal do penitente, os seus actos
pessoais de arrependimento, de acusação e de vontade de satisfação, são
decisivos para a eficácia do sacramento. Essa depende essencialmente do nosso
juízo pessoal sobre o pecado cometido e do nosso regresso pessoal a Deus e a
Cristo. No sacramento da penitência que recebemos, os nossos actos pessoais de
penitência são elevados da esfera meramente pessoal e são unidos às virtudes
dos padecimentos e morte de Cristo, que operam no sacramento. Aqui é onde
resplandecem toda a graça e o proveito do sacramento da penitência.
A chamada graça
sacramental, que é própria unicamente do sacramento da penitência e que por
nenhum outro sacramento se produz ou pode produzir-se, é a graça santificante,
com carácter e força especial para fazer desaparecer a debilidade causada pelos
pecados veniais, o défice de força, valor e impulso espiritual, para fortalecer
a alma e afastar os obstáculos que se opõem à graça e à sua acção eficaz na alma.
Um significado e
proveito especial da confissão frequente consiste em que os pecados veniais se
confessam ao sacerdote como representante da Igreja, quer dizer, à Igreja, à comunidade. O que peca
venialmente continua a ser membro vivo da Igreja. Com o pecado venial não pecou
somente contra Cristo, contra Deus e o bem da sua própria alma: ao mesmo tempo
causou um dano à Igreja, à comunidade; o seu pecado é uma «mancha» uma «ruga»
da esposa de Cristo; é um obstáculo a que o amor que o Espírito santo derrama
sobre a Igreja posa desenvolver-se livremente em todos os membros da Igreja de
Cristo. O pecado venial é um dano inferido à comunidade, é uma falta de amor
para com a Igreja, da qual unicamente manam a vida e a salvação para o cristão.
Por isso não pode expiar-se forma mais adequada que dando-o a conhecer ao
representante da Igreja, recebendo o seu perdão e cumprindo a penitência por
ele imposta.
b) O significado da
confissão frequente não se esgota em perdoar-se neste sacramento as faltas
cometidas e curar-se debilidade íntima da alma. A confissão frequente não olha
só para trás, para o que foi, para as faltas cometidas no passado: também olha
para a frente, para o porvir. Também aspira a construir, quer efectuar um
trabalho para o futuro. Cabalmente, com a sua frequência, aspira a um fim
eminentemente positivo: ao fortalecimento e a nova vida da vontade na sua luta
pela verdadeira virtude cristã, pela pureza perfeita e a entrega total a Deus,
pelo triunfo completo do homem espiritual e sobrenatural em nós, pelo domínio
do espírito sobre os apetites, os sentimentos, as paixões e as para debilidades
do homem velho em nós. A confissão frequente serve para que nos vamos
identificando mais e mais com o espírito e o ânimo de Cristo, em especial com o
ódio que Cristo sente contra tudo o que em nós possa desagradar a Deus, e
façamos nosso o espírito de satisfação e expiação de Cristo pelos nossos
próprios pecados e pelos dos outros. Do Sentimento genuíno da penitência brotam
a prontidão para todo o sacrifício, toda a dor, todas as dificuldades e provas
a que o Senhor haja por bem submeter-nos, valores de alto preço de que
participamos, tanto mais com melhor disposição e com maior frequência recebemos
o santo sacramento da penitência.
c) - Muitos fazem
sobressair como um novo proveito da confissão frequente a direcção da alma por meio do confessor. A verdade é que a perfeição
das almas que aspiram à perfeição da vida religiosa e cristã é altamente
desejável e útil, e por vezes até moralmente necessária. Hoje a maior parte
acodem à direcção da alma pelo confessor. E com razão. Um dos principais
motivos pelos quais a Santa Igreja prescreve positivamente a confissão
frequente, e até semanal, aos sacerdotes, aos seminaristas e a todas as ordens
religiosas, é cabalmente este: que mediante ela fica assegurada da maneira mais
simples a direcção espiritual dos que estão obrigados a aspirar à perfeição
cristã num modo muito especial. Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, um dos
deveres fundamentais do confessor é ser director espiritual. Todavia, seria um
equívoco dizer que a direcção das almas está essencialmente ligada à confissão
ou à confissão frequente. Tão-pouco seria próprio unir a direcção espiritual
com a confissão frequente tão estreitamente que, como costuma acontecer, quase
se passe por alto o lado sacramental da santa confissão para dar o primeiro
lugar ao remédio pastoral. O religioso e a religiosa encontram normalmente a
direcção espiritual na estreita união com a vida de comunidade ordenada, com a
vida claustral tal como a enformam a regra e os superiores. Ela oferece-lhes
normalmente os meios que necessitam para conseguir o fim da vida da ordem: a
santidade.
2 - Os pecados que já
devidamente se confessaram antes, sejam mortais ou veniais, podemos
confessá-los de novo, «inclui-los»? Já antes observámos que são essenciais na
confissão, não os pecados, mas sim os actos interiores de aversão da vontade
para com os pecados cometidos, os actos de arrependimento e de vontade de
satisfação, etc. Mas o pecado cometido fica como um facto histórico, ainda
quando tenha sido perdoado. Mesmo assim é possível que o homem uma e outra vez
se arrependa interiormente do pecado cometido, o condene, o deteste, com
vontade de o evitar, de corrigir, de fazer penitência. Quando se dá esta
atitude interior, não há impedimento algum para que, mediante a virtude Cristo
que opera no sacramento da penitência, se eleve num retorno a Deus cheio de
graça. Também neste caso em que se confessam pecados já confessados e perdoados,
o sacramento produz o efeito que lhe é essencial: aumenta a graça santificante,
a qual, como fruto do sacramento da penitência, em virtude da sua íntima natureza
apaga o pecado se o houver. A graça produzida pelo sacramento da penitência não
há que concebê-la sem relação com o pecado, que apaga da alma, se a encontra em
estado de pecado. Por isso as palavras do sacerdote «Eu te absolvo dos teus
pecados» têm pleno sentido, ainda no caso em que só e unicamente produzam a
graça (o seu aumento), sem perdoar o pecado, porque já não existe nenhum que
posa ser perdoado. Por isso a Igreja considera como matéria suficiente, quer
dizer, como suficiente objecto da sagrada confissão dos pecados já devidamente
confessados e perdoados [4].
Bento XI, em 1304, declara
«proveitoso» confessar de novo os pecados já confessados.
3 - Pelo que se disse
pode compreender-se em que sentido se pode falar de confissão frequente. Confissão frequente é aquela que é adequada
para produzir e conseguir o duplo fim de purificar a alma dos pecados veniais
e, ao mesmo tempo, confirmar a vontade na sua aspiração ao bem e à união mais
perfeita com Deus. Este fim, segundo a doutrina comum e a experiência,
consegue-se com a confissão praticada cada semana, ou cada quinze dias, ou cada
três ou quatro semanas: a Santa Igreja conta com o caso de que alguém se
confesse mais que uma vez por semana [5]. Por outro lado, se
não há nada que confessar, podem ganhar-se todas as indulgências desde que se
confesse pelo menos duas vezes por mês ou receba a sagrada comunhão diária ou
quase diariamente [6].
De qualquer forma, do
que até agora foi dito deduz-se que a confissão frequente pressupõe e exige uma
séria aspiração à pureza interior e à virtude, à união com Deus e com Cristo,
quer dizer, uma verdadeira vida interior. O que quer conformar-se em evitar
unicamente o pecado mortal, sem se preocupar com os pecados veniais, com
determinadas infidelidades e faltas; o que não está resolvido a combatê-los com
toda a seriedade, esse não se encontra em condições de fazer com proveito uma
confissão frequente. A confissão frequente é inconciliável com uma vida de
tibieza: pelo contrário, segundo a sua mais íntima finalidade, é um dos meios
mais eficazes para superar e eliminar a tibieza. Pratica-se com plena consciência,
impulsiona necessariamente o anseio pelo bom, pelo perfeito, a luta contra o
mais íntimo pecado consciente encontra uma infidelidade ou descuido.
As almas perfeitas
procuram e encontram na confissão frequente força e valor para lutar pela
virtude e por uma vida para Deus e com Deus. Mas ao mesmo tempo procuram antes
de mais a pureza perfeita da alma. A elas é-lhes muito doloroso causar, com uma
infidelidade, pena ao seu amoroso Pai. Têm sempre presente ante o seu olhar
Cristo, esposo da sua alma, cheio de formosura, de pureza imaculada e de
santidade. Querem partilhar a sua vida, vivê-la, continuá-la e ser outro
Cristo. Levadas pelo amor ao Pai, pelo amor a Jesus, ao qual querem
assemelhar-se cada dia mais, acodem amiúde à santa confissão. É o santo amor a
Deus e a Cristo o que leva estas almas a receber com frequência o sacramento da
confissão. A confissão frequente é para elas uma necessidade.
As almas menos perfeitas
procuram e encontram com frequência na sagrada confissão, um meio muito
excelente para a luta eficaz contra as imperfeições, o fracasso diário, as
inclinações e costumes retorcidos e, sobretudo, contra o cansaço espiritual e o
perigo do desalento. Estas almas experimentam cabalmente na recepção do
sacramento da penitência, em si mesmas, que nelas e com elas triunfa alguém
mais forte, Cristo, o Senhor, o que triunfou do pecado, e quer e pode vencê-lo
nos seus membros.
«É, pois, evidente que, com essas
falsas doutrinas, o mistério de que tratamos não se utiliza para proveito
espiritual dos fiéis, mas converte-se em triste causa de sua ruína. O mesmo
sucede com a falsa opinião dos que pretendem que não se deve ter em conta a
confissão frequente das faltas veniais; pois que mais importante é a confissão
geral, que a esposa de Cristo, com seus filhos a ela unidos no Senhor, faz
todos os dias, por meio dos sacerdotes antes de subirem ao altar de Deus. É
verdade, e vós bem sabeis, veneráveis irmãos, que há muitos modos e todos muito
louváveis, de obter o perdão dessas faltas; mas para progredir mais rapidamente
no caminho da virtude, recomendamos vivamente o pio uso, introduzido pela
Igreja sob a inspiração do Espírito Santo, da confissão frequente, que aumenta
o conhecimento próprio, desenvolve a humildade cristã, desarreiga os maus
costumes, combate a negligência e tibieza espiritual, purifica a consciência,
fortifica a vontade, presta-se à direcção espiritual, e, por virtude do mesmo
sacramento, aumenta a graça. Portanto os que menosprezam e fazem perder a
estima da confissão frequente à juventude eclesiástica, saibam que fazem uma
coisa contrária ao Espírito de Cristo e funestíssima ao corpo místico do
Salvador». [7]
(Compilação por ama,
2010)
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