26/09/2013

Leitura espiritual para 26 Set

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Lc 13, 6-30

6 Dizia também esta parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi buscar fruto e não o encontrou. 7 Então disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho buscar fruto a esta figueira e não o encontro; corta-a; para que está ela inutilmente a ocupar terreno? 8 Ele, porém, respondeu-lhe: Senhor, deixa-a ainda este ano, enquanto eu a cavo em volta e lhe deito estrume; 9 se com isto der fruto, bem está; senão, cortá-la-ás depois». 10 Jesus estava a ensinar numa sinagoga em dia de sábado. 11 Estava lá uma mulher possessa de um espírito que a tinha doente havia dezoito anos; andava encurvada, e não podia levantar a cabeça. 12 Jesus, vendo-a, chamou-a, e disse-lhe: «Mulher, estás livre da tua doença». 13 Impôs-lhe as mãos e imediatamente ficou direita e glorificava a Deus. 14 Mas, tomando a palavra o chefe da sinagoga, indignado porque Jesus tivesse curado em dia de sábado, disse ao povo: «Há seis dias para trabalhar; vinde, pois, nestes e sede curados, mas não em dia de sábado». 15 O Senhor disse-lhe: «Hipócritas, qualquer um de vós não solta aos sábados o seu boi ou o seu jumento da manjedoura para os levar a beber? 16 E esta filha de Abraão, que Satanás tinha presa há dezoito anos, não devia ser livre desta prisão ao sábado?». 17 Dizendo estas coisas, todos os Seus adversários envergonhavam-se e alegrava-se todo o povo com todas as maravilhas que Ele realizava. 18 Dizia também: «A que é semelhante o reino de Deus; a que o compararei? 19 É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou na sua horta; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu repousaram nos seus ramos». 20 Disse outra vez: «A que direi que o reino de Deus é semelhante? 21 É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até que tudo ficasse levedado». 22 Ia pelas cidades e aldeias ensinando, e caminhando para Jerusalém. 23 Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?». Ele respondeu-lhes: 24 «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não conseguirão. 25 Quando o pai de família tiver entrado e fechado a porta, vós, estando fora, começareis a bater à porta, dizendo: Senhor, abre-nos. Ele vos responderá: Não sei donde sois. 26 Então começareis a dizer: Comemos e bebemos em tua presença, tu ensinaste nas nossas praças. 27 Ele vos dirá: Não sei donde sois; “afastai-vos de mim vós todos os que praticais a iniquidade”. 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob, e todos os profetas no reino de Deus, e vós serdes expulsos para fora. 29 Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, e se sentarão à mesa do reino de Deus. 30 Então haverá últimos que serão os primeiros, e primeiros que serão os últimos».


A Confissão Frequente

I - O que significa confissão frequente?

Pode receber-se o sacramento da penitência com frequência porque uma e outra vez se reincide no pecado mortal e se quer obter de Deus o seu perdão. Aqui não falamos da confissão frequente nesse sentido. O que aqui queremos significar é a confissão frequente, repetida, de uma pessoa que normalmente não comete nenhum pecado mortal, que, portanto, vive em união com Deus e que pelo amor está ligada a Ele. Também incorre em toda a classe de infidelidades e faltas, e tem diferentes debilidades, costumes torcidos e tendências na luta contra a concupiscência e o amor-próprio. Não lhe é indiferente fracassar por vezes, ainda que não seja em coisas graves, e actuar contra a sua consciência. Preocupa-se em purificar a sua alma de toda a mancha de pecado e faltas, conservá-la limpa e fortalecer a sua vontade na aspiração para Deus. Por essa razão acode com frequência, por vezes até semanalmente, à santa confissão. Vai à procura da purificação interior, da firmeza da vontade; procura nova força para tender sempre para a união perfeita com Deus e com Cristo. Sabe bem que em consciência não está de forma nenhuma obrigada a confessar os pecados veniais que cometeu. Sabe que é ensinamento expresso da Igreja que os pecados veniais se podem omitir na confissão, porque há muitos outros meios pelos quais se podem apagar da alma os pecados veniais. Tais meios são todos os actos de verdadeiro arrependimento sobrenatural, todas as orações em que se pede o perdão dos pecados, todas as obras feitas com espírito de penitência e de expiação e todas as dores sofridas com o mesmo espírito.
Além disso, também servem todos os actos de amor-perfeito a Deus e a Cristo, todos os actos e obras de amor cristão ao próximo, feitos por motivos sobrenaturais, assim como todas as obras e todos os sacrifícios realizados por amor sobrenatural. Também são meios a prática bem-feita dos chamados sacramentais, por exemplo, da água benta; além do mais, uma série de orações litúrgicas, como o Confiteor Deo, como o Asperges me, como em especial a assistência ao santo sacrifício da Missa e a recepção da sagrada comunhão. Mediante a sagrada comunhão «somos purificados das faltas diárias», diz o Concílio tridentino[1]. Veja-se, pois, quão fácil tornou a misericórdia de Deus a alma, animada de verdadeira ânsia de perfeição, ao reparar imediatamente uma falta cometida.

1 - Se, pois, existem tantos meios para que a alma se purifique dos seus pecados veniais sem o sacramento da penitência, que sentido e que valor tem a confissão dos pecados veniais? Onde está o «proveito» desta confissão, de que fala o Concílio de Trento? Diz: «Os pecados veniais, que não nos privam da graça divina e em que tão amiúde recaímos, confessam-se e acusam-se com motivo e proveito na confissão, como o comprova a prática das pessoas devotas» [2].

a) - O fruto da confissão dos pecados veniais funda-se antes de mais em que se trata da recepção de um sacramento. O perdão dos pecados consegue-se em virtude do sacramento, quer dizer, de Cristo. No sacramento da penitência, «àqueles que depois do baptismo pecaram, aplicam-se-lhes os méritos da morte de Cristo» [3]. No qual há que observar: no sacramento é essencial o arrependimento íntimo dos pecados, que é elevado pelo sacramento à união, cheia de graça, com Deus. A graça aqui outorgada, uma vez que se trata exclusivamente de pecados veniais, não é, como quando se trata de um pecado mortal, a nova vida da graça, mas o fortalecimento, o aumento e maior profundidade da vida sobrenatural, da santa caridade no homem. O sacramento da penitência a primeira coisa que produz é o positivo, o fortalecimento da nova vida, o aumento da graça santificante, e em união com ela uma graça coadjuvante que estimula a nossa vontade para um acto de amor ou de arrependimento. Esse acto de amor apaga os pecados veniais e expulsa-os da alma, de forma semelhante à luz que afugenta e elimina as trevas.
O proveito da confissão dos pecados veniais consiste, além disso, em que a virtude do sacramento não só apaga os pecados, como além disso abarca e cura as suas consequências, de forma mais perfeita do que acontece no perdão extra-sacramental dos pecados veniais. Porque no sacramento da penitência se perdoa uma parte maior das penas temporais dos pecados que pelos meios extra-sacramentais, ainda que exista igual espírito de arrependimento. Mas o sacramento da penitência sobretudo cura a alma das debilidade produzida pelos pecados veniais, do cansaço e da frieza para as coisas divinas, da inclinação que com os pecados veniais renasce para as coisas terrenas, do fortalecimento dos instintos e inclinações torcidas e do poder da má concupiscência – e isto em virtude do sacramento, quer dizer, do próprio Cristo -. Assim a confissão dos pecados veniais fornece à alma uma frescura interior, um novo impulso para se entregar a Deus, a Cristo, e ao cuidado da vida sobrenatural, o que normalmente acontece no perdão extra-sacramental dos pecados veniais.

A confissão dos pecados veniais produz um proveito muito especial e notório por estas circunstâncias: que em geral os actos do exame de consciência, em especial do arrependimento, do propósito, da vontade de satisfação e de penitência, são muito mais perfeitos e melhor elaborados que no perdão extra-sacramental dos pecados veniais por meio de uma jaculatória ou pelo uso piedoso da água benta. Todos sabemos o que custa acusar-se devidamente ante o sacerdote; todos sabemos como devemos preocupar-nos em, realizar bem os actos de arrependimento e de propósito e incitar a vontade à penitência e à satisfação. Com plena consciência dedicamo-nos a fazer bem esses actos.
E com razão. Porque esses actos de aversão interior às faltas não constituem unicamente uma condição prévia da alma para a recepção do sacramento da penitência, são parte essencial. Deles depende que haja um verdadeiro sacramento, eles determinam a medida da eficácia do sacramento, no crescimento na vida divina e no perdão dos pecados. O sacramento da penitência, assim como o sacramento do matrimónio, é o sacramento mais pessoal. A participação pessoal do penitente, os seus actos pessoais de arrependimento, de acusação e de vontade de satisfação, são decisivos para a eficácia do sacramento. Essa depende essencialmente do nosso juízo pessoal sobre o pecado cometido e do nosso regresso pessoal a Deus e a Cristo. No sacramento da penitência que recebemos, os nossos actos pessoais de penitência são elevados da esfera meramente pessoal e são unidos às virtudes dos padecimentos e morte de Cristo, que operam no sacramento. Aqui é onde resplandecem toda a graça e o proveito do sacramento da penitência.
A chamada graça sacramental, que é própria unicamente do sacramento da penitência e que por nenhum outro sacramento se produz ou pode produzir-se, é a graça santificante, com carácter e força especial para fazer desaparecer a debilidade causada pelos pecados veniais, o défice de força, valor e impulso espiritual, para fortalecer a alma e afastar os obstáculos que se opõem à graça e à sua acção eficaz na alma.
Um significado e proveito especial da confissão frequente consiste em que os pecados veniais se confessam ao sacerdote como representante da Igreja, quer dizer, à Igreja, à comunidade. O que peca venialmente continua a ser membro vivo da Igreja. Com o pecado venial não pecou somente contra Cristo, contra Deus e o bem da sua própria alma: ao mesmo tempo causou um dano à Igreja, à comunidade; o seu pecado é uma «mancha» uma «ruga» da esposa de Cristo; é um obstáculo a que o amor que o Espírito santo derrama sobre a Igreja posa desenvolver-se livremente em todos os membros da Igreja de Cristo. O pecado venial é um dano inferido à comunidade, é uma falta de amor para com a Igreja, da qual unicamente manam a vida e a salvação para o cristão. Por isso não pode expiar-se forma mais adequada que dando-o a conhecer ao representante da Igreja, recebendo o seu perdão e cumprindo a penitência por ele imposta.

b) O significado da confissão frequente não se esgota em perdoar-se neste sacramento as faltas cometidas e curar-se debilidade íntima da alma. A confissão frequente não olha só para trás, para o que foi, para as faltas cometidas no passado: também olha para a frente, para o porvir. Também aspira a construir, quer efectuar um trabalho para o futuro. Cabalmente, com a sua frequência, aspira a um fim eminentemente positivo: ao fortalecimento e a nova vida da vontade na sua luta pela verdadeira virtude cristã, pela pureza perfeita e a entrega total a Deus, pelo triunfo completo do homem espiritual e sobrenatural em nós, pelo domínio do espírito sobre os apetites, os sentimentos, as paixões e as para debilidades do homem velho em nós. A confissão frequente serve para que nos vamos identificando mais e mais com o espírito e o ânimo de Cristo, em especial com o ódio que Cristo sente contra tudo o que em nós possa desagradar a Deus, e façamos nosso o espírito de satisfação e expiação de Cristo pelos nossos próprios pecados e pelos dos outros. Do Sentimento genuíno da penitência brotam a prontidão para todo o sacrifício, toda a dor, todas as dificuldades e provas a que o Senhor haja por bem submeter-nos, valores de alto preço de que participamos, tanto mais com melhor disposição e com maior frequência recebemos o santo sacramento da penitência.

c) - Muitos fazem sobressair como um novo proveito da confissão frequente a direcção da alma por meio do confessor. A verdade é que a perfeição das almas que aspiram à perfeição da vida religiosa e cristã é altamente desejável e útil, e por vezes até moralmente necessária. Hoje a maior parte acodem à direcção da alma pelo confessor. E com razão. Um dos principais motivos pelos quais a Santa Igreja prescreve positivamente a confissão frequente, e até semanal, aos sacerdotes, aos seminaristas e a todas as ordens religiosas, é cabalmente este: que mediante ela fica assegurada da maneira mais simples a direcção espiritual dos que estão obrigados a aspirar à perfeição cristã num modo muito especial. Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, um dos deveres fundamentais do confessor é ser director espiritual. Todavia, seria um equívoco dizer que a direcção das almas está essencialmente ligada à confissão ou à confissão frequente. Tão-pouco seria próprio unir a direcção espiritual com a confissão frequente tão estreitamente que, como costuma acontecer, quase se passe por alto o lado sacramental da santa confissão para dar o primeiro lugar ao remédio pastoral. O religioso e a religiosa encontram normalmente a direcção espiritual na estreita união com a vida de comunidade ordenada, com a vida claustral tal como a enformam a regra e os superiores. Ela oferece-lhes normalmente os meios que necessitam para conseguir o fim da vida da ordem: a santidade.
2 - Os pecados que já devidamente se confessaram antes, sejam mortais ou veniais, podemos confessá-los de novo, «inclui-los»? Já antes observámos que são essenciais na confissão, não os pecados, mas sim os actos interiores de aversão da vontade para com os pecados cometidos, os actos de arrependimento e de vontade de satisfação, etc. Mas o pecado cometido fica como um facto histórico, ainda quando tenha sido perdoado. Mesmo assim é possível que o homem uma e outra vez se arrependa interiormente do pecado cometido, o condene, o deteste, com vontade de o evitar, de corrigir, de fazer penitência. Quando se dá esta atitude interior, não há impedimento algum para que, mediante a virtude Cristo que opera no sacramento da penitência, se eleve num retorno a Deus cheio de graça. Também neste caso em que se confessam pecados já confessados e perdoados, o sacramento produz o efeito que lhe é essencial: aumenta a graça santificante, a qual, como fruto do sacramento da penitência, em virtude da sua íntima natureza apaga o pecado se o houver. A graça produzida pelo sacramento da penitência não há que concebê-la sem relação com o pecado, que apaga da alma, se a encontra em estado de pecado. Por isso as palavras do sacerdote «Eu te absolvo dos teus pecados» têm pleno sentido, ainda no caso em que só e unicamente produzam a graça (o seu aumento), sem perdoar o pecado, porque já não existe nenhum que posa ser perdoado. Por isso a Igreja considera como matéria suficiente, quer dizer, como suficiente objecto da sagrada confissão dos pecados já devidamente confessados e perdoados [4].    
Bento XI, em 1304, declara «proveitoso» confessar de novo os pecados já confessados.

3 - Pelo que se disse pode compreender-se em que sentido se pode falar de confissão frequente. Confissão frequente é aquela que é adequada para produzir e conseguir o duplo fim de purificar a alma dos pecados veniais e, ao mesmo tempo, confirmar a vontade na sua aspiração ao bem e à união mais perfeita com Deus. Este fim, segundo a doutrina comum e a experiência, consegue-se com a confissão praticada cada semana, ou cada quinze dias, ou cada três ou quatro semanas: a Santa Igreja conta com o caso de que alguém se confesse mais que uma vez por semana [5]. Por outro lado, se não há nada que confessar, podem ganhar-se todas as indulgências desde que se confesse pelo menos duas vezes por mês ou receba a sagrada comunhão diária ou quase diariamente [6].
De qualquer forma, do que até agora foi dito deduz-se que a confissão frequente pressupõe e exige uma séria aspiração à pureza interior e à virtude, à união com Deus e com Cristo, quer dizer, uma verdadeira vida interior. O que quer conformar-se em evitar unicamente o pecado mortal, sem se preocupar com os pecados veniais, com determinadas infidelidades e faltas; o que não está resolvido a combatê-los com toda a seriedade, esse não se encontra em condições de fazer com proveito uma confissão frequente. A confissão frequente é inconciliável com uma vida de tibieza: pelo contrário, segundo a sua mais íntima finalidade, é um dos meios mais eficazes para superar e eliminar a tibieza. Pratica-se com plena consciência, impulsiona necessariamente o anseio pelo bom, pelo perfeito, a luta contra o mais íntimo pecado consciente encontra uma infidelidade ou descuido.
As almas perfeitas procuram e encontram na confissão frequente força e valor para lutar pela virtude e por uma vida para Deus e com Deus. Mas ao mesmo tempo procuram antes de mais a pureza perfeita da alma. A elas é-lhes muito doloroso causar, com uma infidelidade, pena ao seu amoroso Pai. Têm sempre presente ante o seu olhar Cristo, esposo da sua alma, cheio de formosura, de pureza imaculada e de santidade. Querem partilhar a sua vida, vivê-la, continuá-la e ser outro Cristo. Levadas pelo amor ao Pai, pelo amor a Jesus, ao qual querem assemelhar-se cada dia mais, acodem amiúde à santa confissão. É o santo amor a Deus e a Cristo o que leva estas almas a receber com frequência o sacramento da confissão. A confissão frequente é para elas uma necessidade.
As almas menos perfeitas procuram e encontram com frequência na sagrada confissão, um meio muito excelente para a luta eficaz contra as imperfeições, o fracasso diário, as inclinações e costumes retorcidos e, sobretudo, contra o cansaço espiritual e o perigo do desalento. Estas almas experimentam cabalmente na recepção do sacramento da penitência, em si mesmas, que nelas e com elas triunfa alguém mais forte, Cristo, o Senhor, o que triunfou do pecado, e quer e pode vencê-lo nos seus membros.
«É, pois, evidente que, com essas falsas doutrinas, o mistério de que tratamos não se utiliza para proveito espiritual dos fiéis, mas converte-se em triste causa de sua ruína. O mesmo sucede com a falsa opinião dos que pretendem que não se deve ter em conta a confissão frequente das faltas veniais; pois que mais importante é a confissão geral, que a esposa de Cristo, com seus filhos a ela unidos no Senhor, faz todos os dias, por meio dos sacerdotes antes de subirem ao altar de Deus. É verdade, e vós bem sabeis, veneráveis irmãos, que há muitos modos e todos muito louváveis, de obter o perdão dessas faltas; mas para progredir mais rapidamente no caminho da virtude, recomendamos vivamente o pio uso, introduzido pela Igreja sob a inspiração do Espírito Santo, da confissão frequente, que aumenta o conhecimento próprio, desenvolve a humildade cristã, desarreiga os maus costumes, combate a negligência e tibieza espiritual, purifica a consciência, fortifica a vontade, presta-se à direcção espiritual, e, por virtude do mesmo sacramento, aumenta a graça. Portanto os que menosprezam e fazem perder a estima da confissão frequente à juventude eclesiástica, saibam que fazem uma coisa contrária ao Espírito de Cristo e funestíssima ao corpo místico do Salvador». [7]

(Compilação por ama, 2010)





[1] conc. trid. Sessão 13, cap. 2º
[2] conc. trento, Sessão 14, cap. 5º
[3] conc. trento, Sessão 14, cap. 1º
[4] cód. dirt. danónico, can. 902
[5] cód. dirt. danónico, can. 595)
[6] cód. dirt. danónico, can. 931, 3)
[7] pio xii, Enc. Mystici Coporis, 1943.06.29

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