A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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33 Estava na sinagoga
um homem possesso de um demónio imundo, o qual exclamou em alta voz: 34
«Deixa-nos. Que tens Tu que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos
perder? Sei quem és: o Santo de Deus». 35 Jesus o repreendeu,
dizendo: «Cala-te e sai desse homem». E o demónio, depois de o ter lançado por
terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer nenhum mal. 36 Todos
se atemorizaram e falavam uns com os outros, dizendo: «Que é isto, Ele manda
com autoridade e poder aos espíritos imundos, e estes saem?» 37 E a
Sua fama ia-se espalhando por todos os lugares da região. 38 Saindo
Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão. Ora a sogra de Simão estava com
febre muito alta. Pediram-Lhe por ela. 39 Ele, inclinando-Se para
ela, ordenou à febre, e a febre deixou-a. Ela, levantando-se logo, servia-os. 40
Quando foi sol-posto, todos os que tinham doentes de diversas moléstias,
traziam-Lhos. E Ele, impondo as mãos sobre cada um, curava-os. 41 De
muitos saíam os demónios, gritando: «Tu és o Filho de Deus». Mas Ele
repreendia-os severamente e impunha-lhes silêncio, porque sabiam que Ele era o
Cristo. 42 Quando se fez dia, tendo saído, foi para um lugar
solitário. As multidões foram à Sua procura e, tendo-O encontrado, tentavam
retê-l'O para que não se afastasse deles. 43 Mas Ele disse-lhes: «É
necessário que Eu anuncie também às outras cidades a boa nova do reino de Deus,
pois para isso é que fui enviado». 44 E andava pregando nas
sinagogas da Judeia.
5 1 Um
dia, comprimindo-se as multidões em volta d'Ele para ouvir a palavra de Deus,
Jesus estava junto do lago de Genesaré. 2 Viu duas barcas acostadas
à margem do lago; os pescadores tinham saído e lavavam as redes. 3
Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, pediu-lhe que se afastasse um
pouco da terra. Depois, estando sentado, ensinava o povo desde a barca. 4
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo, e lançai as redes para
pescar». 5 Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, tendo trabalhado toda a
noite, não apanhámos nada; porém, sobre a Tua palavra, lançarei as redes». 6
Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que as redes se
rompiam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros, que estavam na
outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram tanto ambas as
barcas, que quase se afundavam. 8 Simão Pedro, vendo isto, lançou-se
aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-Te de mim, Senhor, pois eu sou um homem
pecador». 9 Porque, tanto ele como todos os que se encontravam com
ele, ficaram possuidos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. 10
O mesmo tinha acontecido a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram
companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo; desta hora em
diante serás pescador de homens». 11 Trazidas as barcas para terra,
deixando tudo, seguiram-n'O.
CARTA ENCÍCLICA
MYSTERIUM FIDEI
DE SUA SANTIDADE PAPA PAULO VI
AOS VENERÁVEIS IRMÃOS PATRIARCAS, PRIMAZES, ARCEBISPOS,
BISPOS
E A TODOS OS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM PAZ E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
E AO CLERO E AOS FIÉIS DE TODO O MUNDO CATÓLICO
SOBRE O CULTO DA SAGRADA EUCARISTIA
…/2
O Mistério Eucarístico realiza-se no
Sacrifício da Missa
26.
Para comum edificação e conforto, apraz-nos, Veneráveis Irmãos, recordar a
doutrina que a Igreja Católica recebeu da tradição e ensina com consenso
unânime.
27.
Convém recordar primeiramente aquilo que é, por assim dizer, a síntese e o
ponto mais sublime desta doutrina: que no Mistério Eucarístico é representado
de modo admirável o Sacrifício da Cruz, consumado uma vez para sempre no
Calvário; e que nele se relembra perenemente a sua eficácia salutar na remissão
dos pecados que todos os dias cometemos. 12
28.
Nosso Senhor Jesus Cristo, ao instituir o Mistério Eucarístico, sancionou com o
seu sangue o Novo Testamento de que é Mediador, do mesmo modo que Moisés
sancionara o Velho com o sangue dos vitelos. 13 Segundo contam os
Evangelistas, na última Ceia, "tomou um pão, deu graças, partiu e
distribui-o a eles, dizendo, 'isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto
em minha memória'. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: 'Este
cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós"' 14.
E mandando aos Apóstolos que fizessem isto em sua memória, mostrou a vontade de
que este Mistério se renovasse. Na realidade, foi o que a Igreja primitiva
realizou fielmente, perseverando na doutrina dos Apóstolos e reunindo-se para
celebrar o Sacrifício Eucarístico. Como testemunha São Lucas, "eles
mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à
fração do pão e às orações". 15 E assim, chegavam a tal fervor,
que deles se podia dizer: "A multidão dos que haviam crido era um só o
coração e uma só a alma". 16
29.
O Apóstolo São Paulo, que com toda a fidelidade nos transmitiu aquilo que
recebera do Senhor, 17 fala claramente do sacrifício eucarístico, ao
mostrar que os cristãos não podem tomar parte nos sacrifícios dos pagãos,
exatamente porque já participavam da mesa do Senhor. Assim se exprime: "O
cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão
que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo?... Não podeis beber o cálice
do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do Senhor e da
mesa dos demônios. 18 Esta nova oblação do Novo Testamento, que
Malaquias profetizara, 19 sempre a ofereceu a Igreja, ensinada pelo
Senhor e pelos Apóstolos, "não só pelos pecados, penas, expiações e outras
necessidades dos fiéis vivos, mas também em sufrágio dos defuntos em Cristo,
ainda não de todo purificados". 20
30.
Passando em silêncio outros testemunhos, queremos recordar apenas o de São
Cirilo de Jerusalém. Instruindo os neófitos na fé cristã, pronunciou estas
palavras memoráveis: "Depois de terminado o sacrifício espiritual, rito
incruento, pedimos a Deus, sobre esta hóstia de propiciação, pela paz universal
da Igreja, pela justa ordem do mundo, pelos imperadores, pelos nossos soldados
e pelos aliados, pelos doentes, pelos aflitos, e todos nós rogamos por todos,
em geral, quantos precisam de ajuda; oferecemos esta vítima... e depois
recomendamos também os santos padres e bispos, e em conjunto todos os nossos
defuntos, convencidos como estamos que esta será a maior ajuda para as almas,
por quem se oferece a oração, enquanto está presente a Vítima santa que infunde
o maior respeito". Confirmando o fato com o exemplo da coroa, que se tece
ao imperador, para que ele conceda perdão aos exilados, o mesmo santo Doutor
conclui: "Do mesmo modo também nós, oferecendo orações a Deus pelos defuntos,
mesmo pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas oferecemos-lhe Cristo imolado
pelos nossos pecados, procurando conciliar a clemência de Deus em nosso favor e
em favor deles". 21 Este costume, de oferecer "o
sacrifício do nosso preço" também pelos defuntos, vigorava na Igreja
Romana, como testemunha Santo Agostinho, 22 que declara ser, além
disso, observado por toda a Igreja, como herança recebida dos Padres. 23
31.
Mas há outra coisa, que nos apraz acrescentar, por ser muito útil para aclarar
o Mistério da Igreja: desempenhando esta, em união com Cristo, as funções de
sacerdote e de vítima, é ela toda que oferece o Sacrifício da Missa, como
também ela toda é oferecida no mesmo. Admirável doutrina, já ensinada pelos
Padres, 24 exposta recentemente pelo nosso predecessor Pio XII de
feliz memória, 25 que foi expressa ultimamente pelo Concílio Ecuménico
Vaticano II na Constituição De Ecclesia, ao tratar do povo de Deus. 26
Muito desejamos que seja cada vez mais explicada e mais profundamente inculcada
no ânimo dos féis, salva contudo a justa distinção, não só de grau, mas também
de essência, entre o sacerdócio dos féis e o sacerdócio hierárquico. 27
Muito ajudou esta doutrina a alimentar a piedade eucarística e a tornar
conhecida a dignidade de todos os féis, e não menos a estimular a alma para que
suba até à mais alta santidade. Esta não consiste senão em pormo-nos
inteiramente ao serviço da divina Majestade, com generosa oblação de nós
mesmos.
32.
E necessário recordar ainda a conclusão, que deriva desta doutrina, acerca da
"natureza pública e social de toda e qualquer Missa". 28
Toda a Missa, ainda que celebrada privadamente por um sacerdote, não é acção
privada, mas acção de Cristo e da Igreja. Esta, no sacrifício que oferece,
aprende a oferecer-se a si mesma como sacrifício universal, e aplica, pela
salvação do mundo inteiro, a única e infinita eficácia redentora do Sacrifício
da Cruz. Na realidade qualquer Missa celebrada oferece-se não apenas pela
salvação de alguns mas pela salvação do mundo inteiro. Donde se conclui: se
muito convém que à celebração da Missa, quase por sua natureza, participe
ativamente grande número de fiéis, não se deve condenar, mas sim aprovar, a
Missa que um sacerdote, por justa causa e segundo as prescrições e tradições
legítimas da Santa Igreja, reza privadamente, embora haja apenas um acólito
para ajudar e responder; de tal Missa deriva grande abundância de graças
particulares, para bem tanto do sacerdote, como do povo fiel e de toda a
Igreja, e mesmo do mundo inteiro; graças estas, que não se obtêm em igual
medida só por meio da sagrada Comunhão.
33.
Os sacerdotes, que são mais que ninguém a nossa alegria e a nossa coroa no
Senhor, lembram-se do poder que receberam do Bispo ordenante para oferecer a
Deus o Sacrifício e celebrar Missas tanto pelos vivos como pelos defuntos no
nome do Senhor. 29 Recomendamos-lhes com paternal insistência que
celebrem todos os dias com dignidade e devoção, a fim de que, eles mesmos e os
outros cristãos em geral, beneficiem da aplicação dos frutos copiosos que
provêm do Sacrifício da Cruz. Deste modo, contribuirão muito para a salvação do
género humano.
No sacrifício da missa
Cristo torna-se presente sacramentalmente
34.
O pouco, que a propósito do Sacrifício da Missa expusemos, leva-nos a dizer
também alguma coisa do Sacramento da Eucaristia. Um e outro, Sacrifício e
Sacramento, fazem parte do mesmo Mistério, tanto que não é possível separar um
do outro. O Senhor imola-se de modo incruento no Sacrifício da Missa, que
representa o Sacrifício da Cruz e lhe aplica a eficácia salutar, no momento em
que, pelas palavras da consagração, começa a estar sacramentalmente presente,
como alimento espiritual dos féis, sob as espécies de pão e de vinho.
35.
Bem sabemos todos que vários são os modos da presença de Cristo na sua Igreja.
Esta verdade muito consoladora, que a Constituição da Sagrada Liturgia expôs
brevemente, 30 é útil que a lembremos com mais demora. Cristo está
presente à sua Igreja enquanto esta ora, sendo Ele quem "roga por nós,
roga em nós e por nós é rogado; roga por nós como nosso Sacerdote; roga em nós
como nossa Cabeça; é rogado por nós como nosso Deus". 31 Ele
mesmo prometeu: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali
estou eu no meio deles". 32 Ele está presente na sua Igreja
enquanto ela pratica as obras de misericórdia; isto não só porque, quando nós
fazemos algum bem a um dos seus irmãos mais humildes, o fazemos ao mesmo
Cristo, 33 mas também porque Cristo é quem faz estas obras por meio
da sua Igreja, não deixando nunca de socorrer os homens com a sua divina
caridade. Está presente à sua Igreja enquanto esta peregrina e anseia por
chegar ao porto da vida eterna: habita nos nossos corações por meio da fé, 34
e neles difunde a caridade por meio da acção do Espírito Santo, que nos dá. 35
36.
De outro modo, também verdadeiríssimo, Cristo está presente à sua Igreja
enquanto ela prega, sendo o Evangelho, assim anunciado, Palavra de Deus, que é
anunciada em nome de Cristo, Verbo de Deus Encarnado, e com a sua autoridade e
assistência, para que haja "um só rebanho, cuja segurança virá de ser um
só o pastor". 36
37.
Está presente à sua Igreja, enquanto esta dirige e governa o povo de Deus,
porque de Cristo deriva o poder sagrado, e Cristo, "Pastor dos
Pastores", assiste os Pastores que o exercem, 37 segundo a
promessa feita aos Apóstolos: "Eu estarei convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos". 38
38.
Além disso, de modo ainda mais sublime, está Cristo presente à sua Igreja
enquanto esta, em seu nome, celebra o Sacrifício da Missa e administra os
Sacramentos. Quanto à presença de Cristo na oferta do Sacrifício da Missa,
apraz-nos recordar o que São João Crisóstomo, cheio de admiração, diz com
verdade e eloquência: "Quero acrescentar uma coisa verdadeiramente
estupenda, mas não vos espanteis nem vos perturbeis. Que coisa é? A oblação é a
mesma, seja quem for o oferente, chame-se ele Pedro ou Paulo; é a mesma que
Jesus Cristo confiou aos discípulos e agora realizam os sacerdotes: esta última
não é menor que a primeira, porque não são os homens que a tornam santa, mas
Aquele que a santificou. Como as palavras pronunciadas por Deus são exatamente
as mesmas que agora diz o sacerdote, assim a oblação é também a mesma". 39
39.
E ninguém ignora serem os Sacramentos ações de Cristo, que os administra por
meio dos homens. Por isso, são santos por si mesmos e, quando tocam nos corpos,
infundem, por virtude de Cristo, a graça nas almas.
40.
Estas várias maneiras de presença enchem o espírito de assombro e levam-nos a
contemplar o Mistério da Igreja. Outra é, contudo, e verdadeiramente sublime, a
presença de Cristo na sua Igreja pelo Sacramento da Eucaristia. Por causa dela,
é este Sacramento, comparado com os outros, "mais suave para a devoção,
mais belo para a inteligência, mais santo pelo que encerra"; 40
contém, de fato, o próprio Cristo e é "como que a perfeição da vida
espiritual e o fim de todos os Sacramentos". 41
41.
Esta presença chama-se "real", não por exclusão como se as outras não
fossem "reais", mas por antonomásia porque é substancial, quer dizer,
por ela está presente, de fato, Cristo completo, Deus e homem. 42
Erro seria, portanto, explicar esta maneira de presença imaginando uma natureza
"pneumática", como lhe chamam, do corpo de Cristo, natureza esta que
estaria presente em toda a parte; ou reduzindo a presença a puro simbolismo,
como se tão augusto Sacramento consistisse apenas num sinal eficaz "da
presença espiritual de Cristo e da sua íntima união com os féis, membros do
Corpo Místico". 43
42.
E certo que do simbolismo eucarístico, especialmente em relação com a unidade
da Igreja, muito trataram os Padres e os Doutores Escolásticos, cuja doutrina
resumiu o Concílio de Trento, ensinando que o nosso Salvador deixou a
Eucaristia à sua Igreja "como símbolo... da unidade desta e da caridade
que Ele quis unisse intimamente todos os cristãos uns com os outros",
"mais ainda, como símbolo daquele corpo único, de que Ele é a
Cabeça". 44
43.
Logo nos primórdios da literatura cristã, assim escrevia o autor desconhecido
da "Didaché ou Doutrina dos doze Apóstolos": "Quanto à
Eucaristia, dai graças deste modo: ...como este pão, agora partido, estava
antes disperso pelos montes, mas, ao ser reunido, se tornou um só, do mesmo
modo se reúna a tua Igreja, dos confins da terra, no teu reino". 45
44.
Escreve igualmente São Cipriano, ao defender a unidade da Igreja contra o
cisma: "Por fim, os mesmos Sacrifícios do Senhor põem em evidência a
unanimidade dos cristãos, cimentada em caridade firme e indivisível. Pois,
quando o Senhor chama seu Corpo ao pão, composto de muitos grãos juntos, indica
o nosso povo reunido, por Ele sustentado; e quando chama seu Sangue ao vinho,
espremido de muitos cachos e bagos, reduzidos à unidade, indica de maneira semelhante
o nosso rebanho, composto de uma multidão reduzida à unidade". 46
45.
Antes que ninguém, já o dissera o Apóstolo São Paulo, dirigindo-se aos
coríntios: "Nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos
participamos desse único pão". 47
46.
O simbolismo eucarístico, se nos faz compreender bem o efeito próprio do
Sacramento, que é a unidade do Corpo Místico, não explica todavia nem exprime a
natureza que distingue este Sacramento dos outros. A instrução dada
constantemente pela Igreja aos catecúmenos, o sentido do povo cristão, a
doutrina definida pelo Concílio Tridentino e as mesmas palavras que usou
Cristo, ao instituir a sagrada Eucaristia, vão mais longe: obrigam-nos a
professar "que a Eucaristia é a Carne do nosso Salvador Jesus Cristo, a
qual sofreu pelos nossos pecados e foi ressuscitada pelo Pai na sua
benignidade". 48 Às palavras do mártir Santo Inácio apraz-nos
acrescentar as de Teodoro de Mopsuéstia, neste particular testemunha fiel da
crença da Igreja: "O Senhor não disse: Isto é o símbolo do meu Corpo e
isto é o símbolo do meu Sangue, mas, Isto é o meu Corpo e o meu Sangue, ensinando-nos
a não considerar a natureza visível que os sentidos atingem, mas a (crer) que
ela pela acção da graça se mudou em carne e sangue". 49
47.
0 Concílio Tridentino, baseando-se nesta fé da Igreja, "afirma clara e
simplesmente que, no augusto Sacramento da santa Eucaristia, depois da
consagração do pão e do vinho, Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e
verdadeiro Homem, está presente verdadeira, real e substancialmente, sob a
aparência destas realidades sensíveis". Portanto, o nosso Salvador, está
presente com a sua humanidade não só à direita do Pai, segundo o modo de
existir natural, mas também no Sacramento da Eucaristia "segundo um modo
de existir, que nós, com palavras mal conseguimos exprimir, mas com a
inteligência iluminada pela fé podemos reconhecer como possível a Deus, e que
devemos aceitar firmissimamente como real". 50
(Revisão
da tradução portuguesa por ama)
___________________________________________________
Notas:
12
Cf. Conc. Tr id., Doctrina de Ss. Missa e Sacrificio , c. 1.
13
Cf. Ex 24, 8.
14 Lc 22,19-20; Cf. Mt
26,26-29; Mc 14,22-24.
15 At 2,42.
16 At 4,32.
17 1 Cor 11,23.
18 1 Cor 10,16.
19Cf. Ml 1,11.
20 Conc.Trid., Doctrina de Ss.
Missae Sacrificio, c. 2.
21 Catech. 23 (mist. 5), 8,18;
PG 33,1116.
22 Confess. IX,12, 32; PL 32,
777; Cf. ibid. 9,11, 27; PL 32, 775.
23
Cf. Serm.172, 2; PL 38, 936; Cf. De Cura gerenda pro mortuis, 13; PL 40, 34.
593.
24
Cf. Santo Agostinho, De civit. Dei, X, 6; PL 41, 284.
25
Cf. Carta Enc. Mediator Dei; AAS 39,1947, p. 552.
26 Cf. Const. Dogm. Lumen
Gentium, c. 2, n.11; AAS 57,1965, p.15.
27
Cf. ibid, c. 2, n.10; AAS 57,1965, p.14.
28
Const. De sacra Liturgia,, c. 1, n. 27; AAS 56,1964, p.107.
29 Cf. Pontif. Rom.
30 Cf. AAS 56,1964, pp.100-101.
31
Santo Agostinho, In Ps. 81,1; PL 37,1081.
32 Mt 18,20.
33 Cf. Mt 25,40.
34 Cf. Ef 3,17.
35Cf.
Rm 5,5.
36
Santo Agostinho, Contra Litt. Petiliani, 3,10, 43, 353.
37
Santo Agostinho, In Ps. 86, 3; PL 37,1102.
38 Mt 28,20.
39 In Epist. 2. ad Tim., hom.
2,4; PG 62,612.
40 Egídio Rom., Theoremata de
Corpore Christi, theor. 50; Venetiae 1521, p. 127.
41 Santo Tomás, Summa Theol.
III, q. 73, a. 3 c.
42 Cf. Conc.Trid., Decr. De SS.
Euchar, c.3.
43 Pio XII, Carta Enc. Humani
Generis; AAS 42,1950, p. 578.
44 Decr. De SS. Euchar., Proem.
e c. 2.
45 Didaquê, 9,1; Funk, Patres
Apostolici, l, 20.
46 Epist. ad Magnum, 6; PL
3,1189.
47 1 Cor 10,17.
48 Santo Inácio M., Epist. ad
Smyrn., 7,1; PG 5, 713.
49 In Matth. Comm., c. 26; PG
66, 714.
50 Decr. De Ss. Euchar., c. 1.
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