A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
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1 Logo pela manhã, os príncipes dos sacerdotes
tiveram conselho com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio. Manietando
Jesus, O levaram e entregaram a Pilatos. 2 Pilatos perguntou-Lhe:
«Tu és o Rei dos Judeus?». Ele respondeu: «Tu o dizes». 3 Os
príncipes dos sacerdotes acusavam-n'O de muitas coisas .4 Pilatos
interrogou-O novamente: «Não respondes coisa alguma? Vê de quantas coisas Te
acusam». 5 Mas Jesus não respondeu mais nada, de forma que Pilatos
estava admirado. 6 Ora ele costumava, pela Páscoa, soltar-lhes um
dos presos que eles pedissem. 7 Havia um, chamado Barrabás - que estava preso com outros sediciosos - que,
num motim, tinha cometido um homicídio. 8 Juntando-se o povo começou
a pedir o indulto que sempre lhes concedia. 9 Pilatos
respondeu-lhes: «Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?».10 Porque
sabia que os príncipes dos sacerdotes O tinham entregue por inveja. 11
Porém, os príncipes dos sacerdotes incitaram o povo a que pedisse antes a
liberdade de Barrabás. 12 Pilatos falando outra vez, disse-lhes:
«Que hei-de fazer, então, d'Aquele que vós chamais o Rei dos Judeus?». 13
Eles tornaram a gritar: «Crucifica-O!». 14 Pilatos, porém,
dizia-lhes: «Que mal fez Ele?». Mas eles cada vez gritavam mais:
«Crucifica-O!». 15 Então Pilatos, querendo satisfazer o povo,
soltou-lhes Barrabás. Depois de fazer açoitar Jesus, entregou-O para ser
crucificado. 16 Os soldados conduziram-n'O ao interior do átrio,
isto é, o Pretório, e ali juntaram toda a coorte. 17 Revestiram-n'O
de púrpura e cingiram-Lhe a cabeça com uma coroa entretecida de espinhos. 18
E começaram a saudá-l'O: «Salve, Rei dos Judeus!». 19 E davam-Lhe na
cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe no rosto, e, pondo-se de joelhos, faziam-Lhe
reverências. 20 Depois de O terem escarnecido, despojaram-n'O da
púrpura, vestiram-Lhe os Seus vestidos e levaram-n'O para O crucificar. 21
Obrigaram um certo homem que ia a passar, Simão de Cirene, que vinha do campo,
pai de Alexandre e de Rufo, a levar a cruz. 22 Conduziram-n'O ao
lugar do Gólgota, que quer dizer lugar do Crânio.
JESUS
CRISTO NOSSO SALVADOR
Iniciação
à Cristologia
SEGUNDA PARTE
A OBRA REDENTORA DE JESUS CRISTO
Capítulo X
A PAIXÃO E MORTE DE CRISTO E A NOSSA REDENÇÃO
6. A contemplação da Paixão de Cristo
A contemplação da Paixão de Cristo fez
muitos santos. Oxalá seja também este o nosso caso! Oxalá possamos parecer-nos
com são Paulo, que dizia: «Não me gloriei entre vós de saber outra coisa senão
a Jesus Cristo, e a este, crucificado» (1 Cor 2,2).
Para isto temos de juntar a piedade com a
doutrina; temos de meditar atentamente e com carinho esses acontecimentos de
modo que nos interpelem pessoalmente, sabendo que Jesus, durante a sua vida e a
sua Paixão nos tinha presentes e nos amava a todos; por cada um de nós
ofereceu-se e padeceu esses sofrimentos: «o Filho de Deus amou-me e entregou-se
a si mesmo por mim’ (Gal 2,20)» [i]
Deste modo, a contemplação da Paixão de
Cristo move-nos a amá-lo, já que Ele nos deu provas da verdade e da grandeza do
seu amor: «Ninguém tem maior amor que o de dar a sua vida pelos seus amigos»
(Jo 15,13). E amor com amor se paga.
Por isso mesmo a contrição, a conversão
movem-nos a evitar o pecado, já que apreciamos mais claramente a malícia do
pecado e o que lhe custámos: «Fostes comprados mediante um preço; glorificai,
portanto, a Deus no vosso corpo» (1Cor 6,20; Pd 1,18-19).
Também nos move ao desagravo, pois assim
como fomos causa do seu pesar (pois Ele via-nos em Getsémani e no Calvário)
também podemos ser-lhe causa de algum consolo com a nossa boa conduta.
A Paixão de Cristo move-nos a segui-lo e a
emita-lo: «Cristo padeceu por vós, dando-vos exemplo para que sigais as suas pegadas»
(1 Pd 2,21). Com efeito, Jesus é exemplo de caridade (cf. Jo 15,13), de
fortaleza e paciência, de humildade e obediência (cf. Fil 2,7-8), assim como de
toda a virtude.
A contemplação da Paixão de Cristo também
nos move à generosidade para abraçar a vontade de Deus, ainda que por vezes
suponha carregar com a cruz. Para seguir Cristo não há outro caminho: «Se
alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e
siga-me» (Lc 9 ,23).
A paixão de Cristo ensina-nos o sentido da
dor e do sofrimento, pois Ele chegou à glória através da sua Paixão: «Não era
mister que Cristo padecesse tudo isto, e entrasse assim na sua glória?» (Lc 24 ,26). Desta forma
ensinava-nos que «é necessário que passemos por muitas tribulações para entrar
no reino de Deus» (Act 14,21). Jesus não eliminou os nossos sofrimentos nem nos
evita a morte, mas transformou todas essas penalidades: agora os nossos sofrimentos
não são uma simples pena do pecado, mas sim servem de purificação e de mérito,
são participação da sua cruz e da sua obra redentora, são caminho da salvação e
da verdadeira vida.
Capítulo XI
A GLORIFICAÇÃO DE CRISTO E O SEU VALOR SALVÍFICO
A pregação dos Apóstolos sobre Jesus não
termina na sua Morte, mas na sua exaltação a partir da sua ressurreição dentre
os mortos. Por exemplo, São Paulo escreve aos coríntios como um resumo
essencial dos seus ensinamentos: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que por
minha vez recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras; que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
escrituras; que apareceu a Cefas e depois aos Doze» (1 Cor 15,3-4).
1. A Ressurreição de Cristo, acontecimento
histórico e transcendente
a) Teorias que negam a realidade histórica da
Ressurreição
Para o racionalismo só são «históricos»
aqueles acontecimentos cujas causas e efeitos são intra-mundanos e comprováveis
pela experiência. E, de acordo com essa mentalidade, a crítica histórica
rejeitou como mito não histórico o facto da Ressurreição de Cristo. Segundo
esses autores, na mente dos discípulos foi-se abrindo, pouco a pouco, a crença
na Ressurreição, que realmente nunca aconteceu: foi a fé em Jesus que criou a
ideia da Ressurreição (que seria um «produto da fé ou da credulidade da primeira
comunidade cristã), e não a Ressurreição de Cristo que a fé n’Ele engendrou.
Em
concreto, para uns, o mito da Ressurreição de Cristo seria uma expressão
simbólica da crença em Cristo como Salvador, isto é, expressão da fé no valor
redentor da sua Paixão, o que teria sido confirmado por Deus ressuscitando-o.
Para outros, seria um modo figurado de expressar a experiência subjectiva e
interior da visão de Cristo que alguns cristãos tiveram (como São Paulo no
episódio da sua conversão no caminho de Damasco) que se interpretaram como
aparições externas e reais. E para outros, seria o modo figurado de figurar a
sobrevivência do influxo da memória de Cristo nos seus discípulos. Assim,
chegam a conceder que Cristo ressuscitou «na fé dos discípulos» [ii].
Por outro lado, há outros autores, também
católicos, que ainda que aceitando a verdade da Ressurreição, a qualificam como
acontecimento «ahistórico» ou «metahistórico», e não propriamente «histórico».
Mas empregando essa terminologia – ainda que afirmem o facto da Ressurreição –
existe o risco de negar o seu carácter real, já que na linguagem usual o que
não é histórico não se pode dizer que tenha ocorrido verdadeiramente.
b) A revelação afirma indubitavelmente a realidade
histórica da Ressurreição
A Escritura insiste de muitas formas na
realidade da Ressurreição; p. ex. «O Senhor ressuscitou realmente e apareceu a
Simão!» 8Lc 24 ,34).
Da mesma forma a Tradição repete que Jesus ressuscitou
verdadeiramente, de modo paralelo como afirma que nasceu verdadeiramente de
Maria Virgem, e morreu verdadeiramente na cruz.
A Ressurreição de Cristo é um acontecimento
real verificado numa circunstância precisa de lugar e de tempo, que teve
manifestações historicamente comprovadas por testemunhos fiáveis que no-lo
transmitiram, e que teve os sinais suficientes para poder afirmar que
verdadeiramente sucedeu. Por isso goza pelo menos da mesma historicidade que
qualquer outro acontecimento real acontecido no passado.
O
sinal do sepulcro vazio. A ausência do corpo de Cristo no sepulcro não é em
si prova directa da Ressurreição, pois poderia explicar-se de outro modo (cf.
Jo 20,13; Mt 28,11-15). Apesar disso, o sepulcro vazio constitui um sinal
essencial e necessário para poder comprovar que realmente tinha ressuscitado. O
sepulcro vazio e as mortalhas no solo preparam os discípulos para o
reconhecimento do facto da Ressurreição, como sucedeu em primeiro lugar com as
santas mulheres e depois com Pedro.
A
comprovação da Ressurreição pelas aparições de Jesus ressuscitado. O
próprio Jesus, ao qual tinham visto morto, manifestou-se vivo e glorioso aos
seus (a sua Mãe, a Maria de Magadala e às santas mulheres; a Pedro; aos dois de
Emaús; aos discípulos no cenáculo; outra aparição aos oito dias com Tomé, etc.
Com as aparições deu-lhes provas
concludentes da verdade da sua Ressurreição: que vive verdadeiramente; que o
seu corpo é verdadeiro, de carne e osso, e não um espírito; e que é Ele mesmo,
o que tinha sido crucificado (continua levando as marcas da sua Paixão: (cf. Lc 24 ,40; Jo 20,20.27). Realmente
Cristo voltou á vida: surrexit Dominus
vere!
c) A fé na Ressurreição não procede da credulidade
dos apóstolos, mas sim da experiência directa da realidade de Jesus
ressuscitado
«Ante estes testemunhos é impossível
interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física, e não a reconhecer
como um facto histórico. Sabemos
pelos acontecimentos que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da
Paixão e da Morte na cruz do seu Mestre (…) Os Evangelhos, longe de nos mostrar
uma comunidade arrebatada por uma exaltação mística, apresentam-nos os
discípulos abatidos (‘a cara sombria’: Lc 24 ,17) e assustados (cf. Jo 20,19). Por isso não
acreditaram nas santas mulheres que regressavam do sepulcro e ‘as suas palavras
pareciam-lhes como desatinos’ (Lc
24 ,11; cf. Mc 16,11.13). Quando Jesus se manifesta aos onze
na tarde de Páscoa ‘atirou-lhe à cara a sua incredulidade e a sua dureza de
cabeça por não terem acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado’ (Mc
16,14)» [iii].
Tão impossível parece este facto aos
discípulos que, inclusive postos perante a realidade de Jesus ressuscitado,
todavia duvidam (cf. Lc 24 ,38):
julgam ver um espírito (cf. Lc 24 ,39).
«Não conseguem acreditar por causa da alegria, e estavam assombrados» (Lc 24 ,41). Por isto a hipótese
segundo a qual a Ressurreição teria sido um produto
da fé (ou da credulidade, ou da sugestão) dos apóstolos não tem consistência.
«pelo contrário, a sua fé na Ressurreição nasceu – sob a acção da graça divina
– da experiência directa da realidade de Jesus ressuscitado» [iv].
d) A Ressurreição, além de ser um facto histórico,
é também uma verdade de fé, um mistério, que transcende a história
«Acontecimento histórico demonstrável pelo
sinal do sepulcro vazio e pela realidade dos encontros dos apóstolos com Cristo
Ressuscitado, nem por isso a Ressurreição pertence menos ao centro do mistério
da fé naquilo que transcende e ultrapassa a história»[v].
Este facto histórico é ao mesmo tempo um mistério que transcende a história
naqueles assuntos que se relacionam com a vida e a acção de Deus Uno e Trino.
Em primeiro lugar, a Ressurreição de Cristo
é objecto de fé enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na história,
enquanto é obra da Santíssima Trindade.
Em segundo lugar, é um facto
misteriosamente transcendente no que se refere à glorificação de Cristo, à
perfeita participação da sua humanidade na vida divina.
E, em terceiro lugar, é objecto de fé
enquanto ao sentido e ao valor salvífico que tem para nós: Cristo ressuscitado
revela-se definitivamente como nosso Deus e Senhor; Ele é o nosso Salvador que
nos livra do pecado e nos comunica a vida de Deus.
Assim, pois a Ressurreição de Cristo, que é
em si mesma um facto plenamente histórico (não ahistórico» ou «metahistórico»),
tem também alguns aspectos transcendentes (ou metahistóricos, se se quiser
chamá-los assim) que superam a pura dimensão histórica.
Vicente Ferrer Barriendos
(trad do original castelhano por ama)
Bibliografia:
Alguns
documentos do Magistério da Igreja
JOÃO PAULO II, Enc. Redemptor hominis, 1979.
JOÃO PAULO II, Catequesis
sobre el Credo, em Creo en Jesucristo, Palabra,
Madrid 1996.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium Filii Dei, 1972.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis nuntius, 1984.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis conscientia, 1986.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Dominus Iesus, 2000.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, p. I, secção 2, cap.
2, nn. 422-682.
CONFERENCIA EPISCOPAL ESPANHOLA, COMISSÃO EPISCOPAL
PARA A DOUTRINA DA FÉ, Cristo presente na
Igreja. Nota doutrinal sobre algumas questões cristológicas e implicações
eclesiológicas, 1992.
Relação de abreviaturas:
Sagrada
Escritura
Am Amos
Ap Apocalipse
Col Epístola
aos Colossenses
1 Cor Primeira
Epístola aos Coríntios
2 Cor Segunda
Epístola aos Coríntios
1 Cro Livro
I das Crónicas e Paralipómenos
2 Cro Livro
II das Crónicas e Paralipómenos
Dan Daniel
Dt Deuteronómio
Ef Epístola
aos Efésios
Ex Êxodo
Ez Ezequiel
Flp Epístola
aos Filipenses
Gal Epístola
aos Gálatas
Gen Génesis
Act Actos
dos Apóstolos
Heb Epístola
aos Hebreus
Is Isaías
Jb Job
Jer Jeremias
Jo Evangelho
de São João
1 Jo Primeira
Epístola de São João
2 Jo Segunda
Epístola de São João
3 Jo Terceira
Epístola de São João
Lc Evangelho
de São Lucas
Lv Levítico
Mal Malaquias
Mc Evangelho
de São Marcos
Miq Miqueias
Mt Evangelho
de São Mateus
Os Oseias
1 Pd Primeira
Epístola de São Pedro
2 Pd Segunda
Epístola de São Pedro
Qo Livro
de Qohélet (Eclesiastes)
1 Re Livro
I dos Reis
2 Re Livro
II dos Reis
Rom Epístola
aos Romanos
Sab Livro
da Sabedoria
Sal Salmos
1 Sam Livro
I de Samuel
2 Sam Livro
II de Samuel
Tg Epístola
de São Tiago
Sir Livro
de Bem Sirá (Eclesiástico)
1 Tes Primeira
Epístola aos Tesalonicenses
2 Tes Segunda
Epístola aos Tesalonicenses
1 Tim Primeira
Epístola a Timóteo
1 Tim Senda
Epístola a Timóteo
Tit Epístola
a Tito
Zc Zacarias
Outras
siglas empregues
a. Artigo
Cap. Capítulo
CCE Catecismo
da Igreja Católica (Cathecismus Catholicae Ecclesiae)
cf. Confira-se
Conc. Concílio
Congr. Congregação
Const. Constituição
Decl. Declaração
DS Enchiridion
Symbolorum de Dezinguer-Schönmetzer
DV Constituição
Dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II
Enc. Encíclica
GS Constituição
dogmática Gaudium et spes do Concílio Vaticano II
LG Constituição
dogmática Lumen gentium do Concílio Vaticano II
p. / pp. Página
/ páginas
p. ex. Por
exemplo
p. Pergunta
s. / ss. Seguinte
/ Seguintes
S. Th. Summa
Theologiae de São Tomás de Aquino
t. Tomo
[i] Cf. CEC, 478.
[ii] Esta expressão é um
tópico que se difundiu também entre alguns católicos. Para justificar que a
Ressurreição não é um facto histórico, aduz-se frequentemente que ninguém foi
testemunha ocular desse acontecimento e que nenhum evangelista o descreve:
portanto, ninguém poderia dizer como sucedeu fisicamente. Este é um raciocínio
tão néscio como negar a realidade histórica da morte de uma pessoa, cujo
cadáver estamos contemplando, pela simples razão de não ter visto o transe da
sua morte.
[iii] CCE, 643.
[iv] CCE, 644; cf. 656.
[v] CCE, 647.
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