22/08/2013

Leitura espiritual para 22 Ago

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Mc 14, 53-72

53 Levaram Jesus ao sumo-sacerdote e juntaram-se todos os príncipes dos sacerdotes, os anciãos e os escribas. 54 Pedro foi-O seguindo de longe, até dentro do pátio do sumo-sacerdote. Estava sentado ao fogo com os criados, e aquecia-se. 55 Os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para O fazerem morrer, e não o encontravam. 56 Muitos depunham falsamente contra Ele, mas não concordavam os seus depoimentos. 57 Levantaram-se uns que depunham falsamente contra Ele, dizendo: 58 «Nós ouvimo-l'O dizer: “Destruirei este templo, feito pela mão do homem, e em três dias edificarei outro, que não será feito pela mão do homem”». 59 Porém, nem estes testemunhos eram concordes. 60 Então, levantando-se do meio da assembleia o sumo sacerdote, interrogou Jesus, dizendo: «Não respondes nada ao que estes depõem contra Ti?». 61 Ele, porém, estava em silêncio e nada respondeu. Interrogou-O de novo o sumo-sacerdote e disse-Lhe: «És Tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?». 62 Jesus respondeu: «Eu sou, e vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu». 63 Então, o sumo-sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: «Que necessidade temos de mais testemunhas? 64 Ouvistes a blasfémia. Que vos parece?». E todos O condenaram como réu de morte. 65 Então começaram alguns a cuspir-Lhe, a cobrir-Lhe o rosto e a dar-Lhe murros, dizendo-Lhe: «Profetiza!». Os criados receberam-n'O a bofetadas. 66 Entretanto, estando Pedro em baixo no átrio, chegou uma das criadas do sumo-sacerdote. 67 Vendo Pedro, que se aquecia, encarando-o disse: «Tu também estavas com Jesus Nazareno». 68 Mas ele negou: «Não sei, nem compreendo o que dizes». E saiu para fora, para a entrada do pátio, e o galo cantou. 69 Tendo-o visto a criada, começou novamente a dizer aos que estavam presentes: «Este é daqueles». 70 Mas ele o negou de novo. Pouco depois, os que ali estavam presentes diziam de novo a Pedro: «Verdadeiramente tu és um deles, porque também és galileu». 71 Ele começou a fazer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem de quem falais». 72 Imediatamente cantou o galo segunda vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus tinha dito: «Antes que o galo cante duas vezes, Me negarás três». E começou a chorar.



JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR

Iniciação à Cristologia

SEGUNDA PARTE
A OBRA REDENTORA DE JESUS CRISTO

Capítulo X

A PAIXÃO E MORTE DE CRISTO E A NOSSA REDENÇÃO

4. Os padecimentos de Cristo na sua Paixão

    Os quatro Evangelhos narram-nos passo a passo a dolorosa história da Paixão do Senhor: desde a agonia no horto de Getsémani, seguindo pelo iníquo processo religioso ante as autoridades judias, passando pelo injusto processo civil ante Pilatos com todas as suas vicissitudes – com a flagelação, a coroação de espinhos e a condenação à morte -, e chegando á «via crucis» com a terrível crucifixão, agonia e morte do Senhor na cruz.

    Jesus padeceu por parte dos judeus e dos gentios; por parte das autoridades, da multidão e, do que é mais penoso, por parte dos seus íntimos: de Judas que o entregou, Pedro que o negou, e os seus que o abandonaram.
    Padeceu interiormente na sua alma até entrar em agonia pela tristeza e o temor ante a morte certa. Teve uma imensa pena pelos peados de todo o género humano, assim como pela ruína do seu povo, pela queda Judas e pelo escândalo dos seus discípulos. Sofreu também moralmente pelas humilhações, injustiças, troças e insultos... de todos os que o perseguiam.
    E padeceu tremendamente no seu corpo pelas terríveis feridas da flagelação, a coroação de espinhos, a dolorosíssima crucifixão com todos os sofrimentos físicos que comportava e a horrível agonia na cruz até à morte.
    Isaías já tinha profetizado os padecimentos do Servo de Yahwé, que parecia «desprezível e desprezado de homens, varão de dores e sabedor de dolências (...) Tivemo-lo por açoitado, ferido de Deus e humilhado. Ele foi ferido pelas nossas rebeldias, moído pelas nossas culpas» (Is 53,3-5).

5. O valor salvífico que a Paixão de Cristo tem para nos comunicar os seus frutos.

    A fé diz-nos que toda a obra de Cristo, especialmente a sua Paixão e Morte, alcança-nos o perdão dos pecados. E agora perguntamo-nos que valor tem a Paixão de Cristo para nos libertar do pecado? De que modo o consegue?
    Recordemos que a obra redentora é um mistério divino que supera todas as categorias humanas e não se pode encerrar em nenhuma delas. Por isso, a Tradição da Igreja a apresentou sob diversos aspectos, como modos diferentes – complementares – de nos alcançar a salvação. Vejamos os principais.

a) Carácter meritório da Paixão de Cristo

    Noção de mérito. «Mérito» é uma noção do âmbito da justiça humana, e é o direito a um prémio ou retribuição por uma obra realizada. Mas com relação a Deus devemos atender à analogia da linguagem, pois o homem propriamente não tem nenhum direito ante Deus. Se o homem pode «merecer» algo ante Deus é porque Ele prévia e livremente estabeleceu retribuir algumas acções nossas nascidas do amor, e só em relação a esse ordenamento as nossas obras podem ser dignas do prémio prometido. Além do mais, Deus concede graciosamente ao homem, aquilo com que o pode merecer. Ele premeia ou coroa em nós os seus próprios dons, como diz Santo Agostinho.

    A Paixão de Cristo merece-nos a salvação. «Por sua sacratíssima Paixão no madeiro da cruz mereceu-nos a justificação», ensina o concílio de Trento [i]. Ainda que a palavra «mérito» não se encontre na Escritura, o seu conteúdo sim está expresso de outras formas: p. ex. Jesus adquiriu-nos a salvação como fruto do seu sacrifício (cf. Ef 5,2).
Com efeito, Cristo merece porque as suas obras, nascidas do seu amor e liberdade, são dignas ante Deus para alcançar o fim a que estavam destinadas: a nossa salvação. Portanto, todas as suas acções são meritórias e obtêm de Deus Pai a nossa salvação. Mas Cristo na sua Paixão – voluntariamente aceite – mereceu além do mais de modo particular: como prémio da tremenda e injusta humilhação que aceitou para nos redimir (cf. Flp 2,8-9; Lc 14,11).
    Na sua Paixão mereceu a vida sobrenatural para todos os homens; mereceu para todos a graça que tira o pecado, pois ofereceu-se por nós como nossa Cabeça.

b) Carácter satisfatório da Paixão e Morte de Cristo

    Noção de satisfação. A satisfação é outra noção que procede do âmbito jurídico e que consiste na reparação de uma falta ou ofensa mediante a entrega de alguma compensação proporcionada. Mas também aqui, com relação a Deus, temos de atender à analogia da linguagem, e empregamo-la para significar a acção que Deus requer do homem para cancelar o seu pecado. E, em concreto, que tem de fazer o homem para ser perdoado? Para falar apropriadamente, e não de modo figurado, digamos que a satisfação que Deus solicita do pecador não consiste em que ele não sofra um castigo (como sustentava Lutero), nem que lhe ofereça uma compensação adequada por um mal que tivesse acusado (como dizia Santo Anselmo) [ii], senão que se arrependa de ter-se afastado de Deus e o mostre com obras de penitência, assumindo voluntariamente as penalidades que são consequência do pecado.
    Com efeito, as obras de penitência servem para reparar a desordem que existe no coração do homem, pois supõem a renúncia a si mesmo e submissão a Deus, disposições que rectificam a desordem do pecado. Assim pois, para satisfazer requer-se «a modo de matéria» levar as penas temporais que derivam do pecado, e «por princípio e fonte da eficácia satisfatória», a caridade penitente [iii]

A Paixão de Cristo satisfaz pelos pecados do mundo.

Pela sua sacratíssima Paixão no madeiro da cruz (…) satisfez a Deus Pai por nós», ensina a propósito o concílio de Trento [iv]. Cristo satisfaz porque, sendo Santo e sem pecado, como cabeça do género humano, por a mor e por obediência a seu Pai aceita a morte, pena do pecado comum, com i fim de reparar os pecados de todos os homens.
A Paixão de Cristo é uma satisfação vicária: de um para todos (cf. 2 Cor 5,14), «do justo para os injustos» 1 Pd 3,18). O Filho de Deus, santo e Justo, mas feito solidário connosco, pecadores, por amor, representando-nos a todos e levando as penalidades do nosso pecado, como vítima do pecado, intercede por nós para cancelar a nossa falta [v].

c) Carácter sacrificial da Paixão e Morte de Cristo

Noção de sacrifício. Sacrifício é o oferecimento feito a Deus de algo próprio, sinal da entrega interior a Deus e da renúncia a si mesmo, para reconciliar-nos com Ele.
No sacrifício há um elemento interior e outro exterior: «Todo o sacrifício visível é sacramento do sacrifício invisível, quer dizer, sinal sagrado» [vi] O valor do sacrifício exterior, da oblação e imolação da vítima, está em ser sinal do sacrifício interior ou espiritual, da entrega da alma a Deus por amor, que constitui o elemento principal do sacrifício: «O sacrifício a Deus é um espírito contrito» (Sal 51/50,18-19) [vii].
O valor redentor de um sacrifício radica em que compreende a razão de mérito, enquanto é um acto voluntário que procede da caridade, e da satisfação, e enquanto é a entrega a Deus de algo nosso a que renunciamos em sinal de arrependimento [viii].

A Paixão de Cristo é um sacrifício. Os racionalistas negam que a Paixão e Morte de Cristo fosse um sacrifício; para eles constituiu um simples acto de justiça. Segundo eles, Cristo nunca teria tido a intenção de se oferecer para reparar os pecados do mundo. O valor da Morte de Cristo estaria somente na exemplaridade da sua «não-violência» com que enfrenta a perseguição, ou o seu abandono na divina Providência.
Todavia, a Escritura ensina-nos abertamente que a Paixão e Morte de Cristo constituíram um verdadeiro sacrifício: «Entregou-se por nós em oblação e hóstia de suave olor» (Ef 5,2); como «vítima propiciatória» ou como «sacrifício de propiciação» (Rom 3,25; Jo 2,2). E Jesus na última ceia apresenta a sua Morte como o sacrifício da Nova Aliança selada com o seu sangue. A propósito o Magistério da Igreja ensina universalmente que nosso Senhor Jesus Cristo nos redimiu pelo sacrifício da cruz.
A Paixão é um sacrifício porque, nela, Cristo oferece-se voluntariamente a seu Pai para reconciliar os homens com Deus.[ix]. Certamente o sacrifício interior de Jesus foi real e perfeito desde a Encarnação (cf. Heb 10,5-10), mas o sacrifício exterior da sua vida só se consumou na sua Paixão e Morte.

A Paixão de Cristo é um sacrifício perfeitíssimo. O sacrifício de Cristo é maximamente aceito por Deus e tem como efeito a reconciliação de todos os homens com Deus. Seguindo Santo Agostinho, vejamos algumas razões da sua perfeição e eficácia [x].
Em primeiro lugar, o oferente é o próprio Filho de Deus feito homem, que oferece o sacrifício em plena liberdade e por amor, movido pelo Espírito Santo (cf. Heb 9,14). E como Ele é um com o Pai, a quem se oferecia, o seu sacrifício não pode ser rejeitado.
Em segundo lugar, o oferecido era a vida humana do Filho de Deus: «Entregou-se a si mesmo» (Ef 5,2), a sua alma e o seu corpo. E como esta vítima oferecida tinha uma dignidade infinita, era maximamente aceitável por Deus.
E em terceiro lugar se consideramos por quem se oferecia, veremos que Cristo não ofereceu o seu sacrifício em favor de si mesmo, pois não tinha necessidade de reconciliar-se com se Pai, mas por nós, «pelos pecados de todo o mundo» (1 Jo 2,2), como nossa Cabeça e fazendo-se por amor um de nós. E como é uno com o Pai e, ao mesmo tempo, se faz um connosco, pelos quais se oferecia, o seu sacrifício é maximamente eficaz e alcança o seu fim, que é a nossa reconciliação com Deus.

d) Carácter eficiente da Paixão e Morte de Cristo

    Jesus não só mereceu que Deus Pai nos outorgue a graça que tira o pecado e nos reconcilia com Ele, como que o mesmo Cristo é quem nos comunica essa graça. Com efeito, a salvação de cada um dos homens procede da nossa Cabeça, como a vida dos sarmentos procede da vide.
Como ensinam os Padres da Igreja, sobretudo os orientais, a causa eficiente da graça da salvação só pode ser Deus; mas Deus produz esta graça em nós mediante a humanidade de Jesus Cristo que é o instrumento da divindade para comunicar – e não só para merecer – todas as graças aos homens.
    Referimo-nos à eficiência actual de Cristo glorioso em nós e a eficiência sempre actual dos mistérios da sua existência terrena par nos comunicar a salvação. Não se trata, evidentemente, de que Jesus Cristo seja hoje, de alguma forma, um menino, ou que hoje esteja morrendo na cruz, nas sim que as acções realizadas por Cristo no passado têm um poder divino e alcançam com a sua eficiência toda a história [xi].
    A Paixão de Cristo e todos os mistérios da sua vida obram eficientemente a nossa salvação quando nos unimos a Ele pela fé viva e os sacramentos. Assim por exemplo, no baptismo Cristo faz-nos participes da sua Morte e Ressurreição (cf. Rom 6,3-4).

Vicente Ferrer Barriendos

(trad do original castelhano por ama)

Bibliografia:
Alguns documentos do Magistério da Igreja

JOÃO PAULO II, Enc. Redemptor hominis, 1979.
JOÃO PAULO II, Catequesis sobre el Credo, em Creo en Jesucristo, Pa­labra, Madrid 1996.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium Filii Dei, 1972.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis nun­tius, 1984.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis cons­cientia, 1986.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Dominus Iesus, 2000.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, p. I, secção 2, cap. 2, nn. 422-682.
CONFERENCIA EPISCOPAL ESPANHOLA, COMISSÃO EPIS­COPAL PARA A DOUTRINA DA FÉ, Cristo presente na Igreja. Nota doutrinal sobre algumas questões cristológicas e im­plicações eclesiológicas, 1992.

Relação de abreviaturas:

Sagrada Escritura

Am                  Amos
Ap                    Apocalipse
Col                   Epístola aos Colossenses
1 Cor               Primeira Epístola aos Coríntios
2 Cor               Segunda Epístola aos Coríntios
1 Cro               Livro I das Crónicas e Paralipómenos
2 Cro               Livro II das Crónicas e Paralipómenos
Dan                  Daniel
Dt                    Deuteronómio
Ef                     Epístola aos Efésios
Ex                    Êxodo
Ez                    Ezequiel
Flp                   Epístola aos Filipenses
Gal                   Epístola aos Gálatas
Gen                 Génesis
Act                   Actos dos Apóstolos
Heb                 Epístola aos Hebreus
Is                     Isaías
Jb                    Job
Jer                   Jeremias
Jo                    Evangelho de São João
1 Jo                 Primeira Epístola de São João
2 Jo                 Segunda Epístola de São João
3 Jo                 Terceira Epístola de São João
Lc                    Evangelho de São Lucas
Lv                    Levítico
Mal                   Malaquias
Mc                   Evangelho de São Marcos
Miq                  Miqueias
Mt                    Evangelho de São Mateus
Os                    Oseias
1 Pd                 Primeira Epístola de São Pedro
2 Pd                 Segunda Epístola de São Pedro
Qo                   Livro de Qohélet (Eclesiastes)
1 Re                 Livro I dos Reis
2 Re                 Livro II dos Reis
Rom                Epístola aos Romanos
Sab                  Livro da Sabedoria
Sal                   Salmos
1 Sam              Livro I de Samuel
2 Sam              Livro II de Samuel
Tg                    Epístola de São Tiago
Sir                    Livro de Bem Sirá (Eclesiástico)
1 Tes               Primeira Epístola aos Tesalonicenses
2 Tes               Segunda Epístola aos Tesalonicenses
1 Tim               Primeira Epístola a Timóteo
1 Tim               Senda Epístola a Timóteo
Tit                    Epístola a Tito
Zc                    Zacarias

Outras siglas empregues

a.                     Artigo
Cap.                 Capítulo
CCE                  Catecismo da Igreja Católica (Cathecismus Catholicae Ecclesiae)
cf.                    Confira-se
Conc.               Concílio
Congr.             Congregação
Const.              Constituição
Decl.                Declaração
DS                   Enchiridion Symbolorum de Dezinguer-Schönmetzer
DV                   Constituição Dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II
Enc.                 Encíclica
GS                   Constituição dogmática Gaudium et spes do Concílio Vaticano II
LG                    Constituição dogmática Lumen gentium do Concílio Vaticano II
p. / pp.            Página / páginas
p. ex.               Por exemplo
p.                     Pergunta
s. / ss.             Seguinte / Seguintes
S. Th.               Summa Theologiae de São Tomás de Aquino
t.                     Tomo





[i] CONC. TRENTO, DS, 1529; cf. CC, 617.
[ii] Veja-se o dito no capítulo VII sobre o sentido teológico das expressões analógicas.
[iii] Cf. S. Th. III,14,1 ad 1; cf. S. Th. I-II, 87,6-8; CCE, 616; CONC. DE TRENTO, DS, 1690.
[iv] CONC. TREBTO, DS, 1529.
[v] Este é o sentido das expressões metafóricas de São Paulo que, por vezes, são mal interpretadas (como é o caso de Lutero e de outros): «a quem não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós» (2 Cor 5,21); «redimiu-nos da  maldição da Lei fazendo-se por nós maldição» (Gal 3,13). Cf. CCE, 602-603.
[vi] SANTO AGOSTINHO, De civitate dei, 10.
[vii] Cf. CCE, 2009-2100.
[viii] Cf. S. Th. III,22,4, obie. 2 e Ad 2. O Catecismo da Igreja Católica expõe a Paixão de Cristo centrando-se na noção bíblica de sacrifício, mas assinala que o seu valor salvífico está em relação com o mérito e a satisfação que encerra (cf. CCE, 615-617).
[ix] Por parte dos que crucificaram Cristo a Paixão não foi nenhum sacrifício, mas sim iniquidade; mas por parte de Cristo, que padecia livremente e por amor, foi um acto supremo de entrega, um verdadeiro sacrifício.
[x] Cf. SANTO AGOSTINHO, De Trinitate, IV: « Considerando que há quatro aspectos em cada sacrifício, isto é: a quem se oferece, quem o oferece, , que se oferece, e por quem se oferece; resulta que o único e verdadeiro Mediador nos reconcilia com deus pelo seu sacrifício de paz, sendo uno com Aquele a quem oferecia, fazendo-se um com aqueles pelos quais oferecia, sendo um mesmo quem oferecia e o que oferecia».
[xi] Cf. S. Th. III,56,1, ad 3: «Todas as coisas que Cristo fez ou padeceu na sua humanidade foram-nos saudáveis pelo poder da divindade (…) E este poder alcança com a sua presença todos os lugares e os tempos, e tal contacto virtual basta para explicar esta eficiência». Cf. S. Th. III,52,8; III, 48,6, ad 2.

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