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Quem oculta ao seu director uma tentação, tem um segredo a meias com o demónio: fez-se amigo do inimigo. (Sulco, 323)
Começai
por contar o que não quereríeis que se soubesse. Abaixo o demónio mudo! De uma
coisa de nada, dando-lhe voltas e mais voltas, faz-se uma grande bola como com
a neve, e acaba-se por ficar fechado lá dentro. Porquê?... Abri a alma!
Asseguro-vos a felicidade, que é fidelidade à vocação cristã, se fordes
sinceros. A clareza e a simplicidade são disposições absolutamente
indispensáveis. Abramos pois, de par em par a nossa alma, de modo que o sol de
Deus possa entrar e com ele a caridade do Amor.
Para
se afastar da sinceridade total nem sempre é preciso má intenção; às vezes,
basta um erro de consciência. Há pessoas que formaram (isto é, deformaram) de
tal modo a consciência que o seu mutismo, a sua falta de simplicidade lhes
parece bom; até pensam que é bom calar. Acontece que às vezes até receberam uma
boa preparação e conhecem as coisas de Deus e talvez, por isso, se convençam de
que é conveniente calar. Enganam-se, porém, porque a sinceridade é sempre
necessária e não cabem desculpas, ainda que pareçam boas. (Amigos
de Deus, 189).
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