06/06/2013

Resumos da Fé cristã


TEMA 32. O segundo e o terceiro mandamentos do Decálogo

O segundo mandamento da Lei de Deus prescreve respeitar o nome do Senhor, enquanto o terceiro manda santificar os dias de festa

1. O segundo mandamento

O segundo mandamento da Lei de Deus é: Não invocar o santo nome de Deus em vão. Este mandamento «manda respeitar o nome do Senhor» (Catecismo, 2142) e manda honrar o nome de Deus. Não se há-de pronunciar «senão para o bendizer, louvar e glorificar» (Catecismo, 2143).

1.1. O nome de Deus

«O nome exprime a essência, a identidade da pessoa e o sentido da sua vida. Deus tem um nome. Não é uma força anónima» (Catecismo, 203). No entanto, Deus não pode ser abarcado pelos conceitos humanos, nem existe nenhuma ideia capaz de O representar, nem nome que possa expressar a essência divina. Deus é “Santo”, o que significa que é absolutamente superior, que está acima de todas as criaturas, que é transcendente.

Apesar de tudo, para que O possamos invocar e dirigirmo-nos pessoalmente a Ele, no Antigo Testamento «revelou-se progressivamente e sob diversos nomes ao seu povo» (Catecismo, 204). O nome que manifestou a Moisés indica que Deus é Ser por essência. «Deus disse a Moisés: “Eu sou Aquele que sou”. Ele disse: “Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou enviou-me a vós!” (…) “Este é o meu nome para sempre”» (Ex 3,13-15; cf. Catecismo, 213). Por respeito pela santidade de Deus, o povo de Israel não pronunciava este nome, que substituía pelo título de “Senhor” (Adonai, em hebreu; Kyrios, em grego) (cf. Catecismo, 209). Outros nomes de Deus no Antigo Testamento são: Élohim, termo que é o plural majestático de plenitude ou de grandeza; El-Saddai, que significa poderoso, omnipotente.

No Novo Testamento, Deus dá a conhecer o mistério da sua vida trinitária, um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus ensina-nos a chamar a Deus “Pai” (Mt 6.9): Abbá que é o modo familiar de dizer Pai em hebreu (cf. Rm 8,15). Deus é Pai de Jesus e nosso Pai, embora de modo diverso, porque Ele é o Filho Unigénito e nós filhos adoptivos. Mas somos verdadeiramente filhos (cf. 1 Jo 3,1), irmãos de Jesus Cristo (Rm 8,29), porque o Espírito Santo foi enviado aos nossos corações e participamos da natureza divina (cf. Gl 4,6; 2 Pe 1,4). Somos filhos de Deus em Cristo. Como consequência, podemos dirigir-nos a Deus chamando-Lhe com verdade “Pai”, como aconselha S. Josemaria: «Deus é um Pai cheio de ternura, de amor infinito. Chama-Lhe Pai muitas vezes durante o dia e diz-Lhe – a sós, na intimidade do teu coração – que O amas, que O adoras, que sentes o orgulho e a força de seres seu filho» 1.

javier lópez

Bibliografia básica:
Segundo mandamento: Catecismo da Igreja Católica, 203-213; 2142-2195.
Terceiro mandamento: Catecismo da Igreja Católica, 2168-2188; João Paulo II, Carta Ap. Dies Domini, 31-V-1998.
Bento XVI-Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, A Esfera dos Livros, Lisboa 2007, pp. 189-193 (cap. V, 2).

Leituras recomendadas:
S. Josemaria, Homilia «A intimidade com Deus», em Amigos de Deus, 142-153.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:
1 S. Josemaria, Amigos de Deus, 150.

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