Aqui o grande tema é a liberdade. Deus quis-nos
realmente livres face a Ele, mais livres que face ao resto dos homens, que hão-de
defender-se desses males através de leis. Deus assinalou-nos um caminho com a
lei natural, mas não coage, quer que a história de cada um seja uma história
verdadeira. Por certo, em muitas ocasiões, queixamo-nos de falta de liberdade
porque a Igreja, sem mais coacção que o amor, nos recorda os dez mandamentos.
Mas também deitamos a culpa a Deus quando a liberdade humana é capaz das tropelias
enunciadas previamente ao “saltar” a lei natural, inclusive e não poucas vezes,
de forma legal.
Não obstante, permanece o problema, sobretudo se se
pensa nas doenças das crianças dos débeis não originadas pela força do homem,
nas catástrofes naturais, mas também no mal moral. O mal físico e o mal moral
continuam perturbando muitos porque nenhuma filosofia está em condições de dar
razão a esse problema. E a teologia - afirma Fabro -, se não quer irritar, só
pode ajudar uma fé escorreita, ao abandono em Deus, que sabe mais. Mas nem
todos têm esse valor ao seu alcance. Este abandono é precisamente a prova do
nosso amor por Ele e o selo da fé. Para o cristão que deseja pertencer a Cristo
a receita é crer, amar e abandonar-se em Deus. Mas, insisto, nem toda a gente
tem essa atitude, nem todos utilizam tão amplamente a sua liberdade, porque
deixar-se levar por Deus exige o seu profundo e comprometido exercício.
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