3.
A Idade Média (até 1492, ano da chegada de Cristóvão Colombo à América) 2
Nos séculos VII-VIII,
nasceu a religião islâmica na Arábia; após a morte de Maomé os árabes
lançaram-se numa série de guerras de conquista que os conduziram à constituição
de um vastíssimo império; entre outros, subjugaram os povos cristãos da África
do Norte e da Península Ibérica e separaram o mundo bizantino do
latino-germânico. Um período, de aproximadamente 300 anos, que constituiu um
flagelo para os povos da Europa mediterrânica, por causa das incursões,
emboscadas, saques e deportações realizados de modo, praticamente, sistemático
e contínuo.
Nos finais do séc. VIII,
institucionalizou-se o poder temporal do papado (Estados Pontifícios), que já
existia de facto desde finais do séc. VI; tinha surgido para suprir o vazio de
poder criado na Itália central pelo desinteresse do poder imperial bizantino,
nominalmente soberano na região, mas incapaz de prover à administração e defesa
da população. Com o tempo, os Papas verificaram que um limitado poder temporal
era uma eficaz garantia de independência em relação aos diversos poderes
políticos (imperadores, reis, senhores feudais).
Na noite de Natal do ano
800 restaurou-se o império no Ocidente (Sacro-Império Romano): o Papa coroou
Carlos Magno na basílica de São Pedro; nasceu, assim, um estado católico com
aspirações universais, caracterizado por uma forte sacralização do poder
político, e um complexo entrecruzar de política com religião, que durará até
1806.
carlo
pioppi
Bibliografia básica
J. Orlandis, História
Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no
tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia
della Chiesa, Ares, Milano 1989.
(Resumos
da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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