
Questão
113: Da guarda dos bons
anjos.
Art. 6 — Se o anjo da guarda às vezes abandona o homem para cuja guarda foi deputado.
(II Sent., dist., XI, part. I,
a. 4).
O
sexto discute-se assim. — Parece que o anjo da guarda às vezes abandona o
homem, à cuja guarda foi deputado.
1.
— Pois, diz a Escritura, falando da pessoa dos anjos: Medicamos Babilónia, e
ela não sarou, deixemo-la — e, noutro passo: Arrancar-lhe-ei a sebe, e ficará
exposta ao roubo, e diz a Glossa, que isso se refere à guarda dos anjos.
2.
Demais. — Deus guarda mais que o anjo. Ora, ele às vezes abandona o homem, conforme
está na Escritura: Ó Deus, Deus meu, olha para mim, porque me desamparaste?
Logo, com maior razão, o anjo da guarda abandona o homem.
3.
Demais. — Como diz Damasceno, os anjos, estando connosco, neste mundo, não
estão no céu. Ora, como às vezes estão no céu, às vezes nos abandonam.
Mas,
em contrário. — Os demónios sempre nos atacam, conforme a Escritura: O demónio,
vosso adversário, anda ao redor de vós como um leão que ruge, buscando a quem
devorar. Logo, com maior razão, os bons anjos sempre nos guardam.
RESPOSTA
À TERCEIRA. — Embora o anjo abandone às vezes o homem, localmente, não o
abandona contudo quanto ao efeito da guarda, porque, mesmo quando está no céu,
sabe o que deve fazer em relacção ao homem, nem precisa de intervalo de tempo
para locomover-se, mas pode estar presente imediatamente.
Nota:
Revisão da tradução portuguesa por ama
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