21/11/2012

CULTIVAR A FÉ 1


Fazer frutificar os talentos

Uma parte não pequena de uma vida com êxito consiste precisamente nisso, em desenvolver as capacidades recebidas. Neste artigo medita-se a parábola dos talentos.

Não foi por serdes mais numerosos que outros povos que o SENHOR se agradou de vós e vos escolheu; vós até éreis o mais pequeno de todos os povos. Porque o Senhor vos ama e é fiel ao juramento que fez a vossos pais [i]. Cada homem foi fruto de um amor de predileção; ao dar a vida às criaturas humanas, Deus quer que todas participem da Sua bondade e felicidade, quer ser amado livremente por elas.

Apesar dos homens o esquecerem ou desprezarem, Ele não cessa de os procurar, de andar à sua volta, de pedir a sua correspondência; o Seu desígnio não se altera, o Seu amor nunca acaba. Ele é o Deus fiel; pelo Seu amor infinito, não se arrepende dos Seus dons.

As primeiras páginas do Antigo Testamento mostram como a fidelidade do Criador não depende das debilidades e traições das Suas criaturas. Ao pecado de Adão e Eva, o Senhor responde com os Seus cuidados paternais: veste-os com amor, promete-lhes um redentor; perante as infidelidades do povo de Israel, o Senhor manifesta-se sempre como um Deus compassivo e misericordioso, lento para a ira e rico em misericórdia e fidelidade [ii], disposto a perdoar, a acolher as petições dos profetas em favor do povo pela fidelidade às suas promessas [iii].

No Novo Testamento, a fidelidade e o amor divinos atingem a sua máxima expressão: a Encarnação do Filho sela de um modo novo a Aliança de Deus com toda a humanidade. Jesus Cristo constituiu-nos parte do Seu Corpo Místico e assim o homem pode ser autenticamente filho de Deus no Filho unigénito, participando da vida divina. Cristo realiza, plenamente e para sempre, o que Moisés tinha pedido a Yahvé: «Se tu mesmo não vieres connosco, não nos obrigues a partir deste lugar. Como havemos de saber que eu e o teu povo alcançámos graça aos teus olhos? Para isso, não será indispensável que caminhes connosco? [iv].

m. díez, j. morales, j. verdiá, 2012.02.27

Nota: Revisão gráfica por ama.



[i] Dt 7, 7-8.
[ii] Ex 34, 6; cfr. Gn 3, 21; 3, 15.
[iii] Cfr. Gn 32, 9-18.
[iv] Ex 33, 15-16.

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