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Voltemos
ao Santo Evangelho e detenhamo-nos no que refere S. Mateus, no capítulo
vigésimo primeiro. Conta-nos que Jesus, quando voltava para a cidade, teve
fome. Vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela. Que alegria,
Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto do poço de Sicar!. (...)
Como
te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em
tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas
más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o
cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve
sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor
permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos
céus. (...)
Abeirou-se
da figueira, mas não encontrou senão folhas . É lamentável. Não acontecerá
assim também na nossa vida? Não haverá nela, infelizmente, falta de fé e de
vibração de humildade, ausência de sacrifícios e de obras? Não será que
apresentamos um cristianismo só de fachada e sem frutos? É terrível, porque
Jesus ordena: Nunca mais nasça fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira.
Entristece-nos esta passagem da Sagrada Escritura, ao mesmo tempo que, por
outro lado, nos anima a avivar a fé, a viver conformes à fé, para que Cristo
receba sempre algum lucro da nossa parte. (Amigos de Deus 201–202).
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