08/04/2012

Leitura Espiritual para 08 Abr 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Lc 20, 27-47

27 Aproximaram-se depois alguns saduceus, que negam a ressurreição, e fizeram-Lhe a seguinte pergunta: 28 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: “Se morrer o irmão de algum homem, tendo mulher, e não deixar filhos, case-se com ela o seu irmão, para dar descendência ao irmão”. 29 Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou, e morreu sem filhos. 30 Casou também o segundo com a viúva, e morreu sem filhos. 31 Casou depois com ela o terceiro. E assim sucessivamente todos os sete; e morreram sem deixar filhos. 32 Morreu enfim também a mulher. 33 Na ressurreição, de qual deles será ela mulher, pois que o foi de todos os sete?». 34 Jesus disse-lhes: «Os filhos deste mundo casam e são dados em casamento, 35 mas os que forem julgados dignos do mundo futuro e da ressurreição dos mortos, não desposarão mulheres, nem as mulheres homens, 36 porque não poderão jamais morrer; porquanto são semelhantes aos anjos e são filhos de Deus, visto serem filhos da ressurreição. 37 Que os mortos hajam de ressuscitar, o mostrou também Moisés no episódio da sarça, quando chamou ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, e o Deus de Jacob. 38 Ora Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos são vivos». 39 Alguns dos escribas disseram-Lhe: «Mestre, falaste bem». 40 Dali em diante, não se atreveram mais a interrogá-l'O. 41 Jesus disse-lhes: «Como dizem que o Cristo é filho de David? 42 O próprio David, no livro dos Salmos, diz: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-Te à Minha direita, 43 até que Eu ponha os Teus inimigos por escabelo de Teus pés”. 44 Se David, então, Lhe chama Senhor, como pode Ele ser seu filho?». 45 Depois, ouvindo-O todo o povo, Jesus disse aos Seus discípulos: 46 «Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestidos compridos, de ser saudados nas praças, de ocupar as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes; 47 que devoram as casas das viúvas a pretexto de longas orações. Estes receberão uma condenação mais severa».




CARTA APOSTÓLICA
SALVIFICI DOLORIS
DO SUMO PONTÍFICE
JOÃO PAULO II
AOS BISPOS, AOS SACERDOTES,
ÀS FAMÍLIAS RELIGIOSAS
E AOS FIÉIS DA IGREJA CATÓLICA
SOBRE O SENTIDO CRISTÃO
DO SOFRIMENTO HUMANO



Veneráveis Irmãos no Episcopado e amados Irmãos e Irmãs em Cristo:

I

INTRODUÇÃO

1. «Completo na minha carne — diz o Apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do sofrimento — o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja». (1)

Estas palavras parecem encontrar-se no termo do longo caminho que se desenrola através do sofrimento inserido na história do homem e iluminado pela Palavra de Deus. Elas têm o valor de uma como que descoberta definitiva, que é acompanhada pela alegria: «Alegro-me nos sofrimentos suportados por vossa causa». (2) Esta alegria provém da descoberta do sentido do sofrimento; e muito embora Paulo de Tarso, que escreve estas palavras, participe de um modo personalíssimo nessa descoberta, ela é válida ao mesmo tempo para os outros. O Apóstolo comunica a sua própria descoberta e alegra-se por todos aqueles a quem ela pode servir de ajuda — como o ajudou a ele — para penetrar no sentido salvífico do sofrimento.

2. O tema do sofrimento — precisamente sob este ponto de vista do sentido salvífico — parece estar integrado profundamente no contexto do Ano da Redenção, o Jubileu extraordinário da Igreja; e também esta circunstância se apresenta de molde a favorecer directamente uma maior atenção a dispensar a tal tema exactamente durante este período. Mas, prescindindo deste facto, trata-se de um tema universal, que acompanha o homem em todos os quadrantes da longitude e da latitude terrestre; num certo sentido, coexiste com ele no mundo; e por isso, exige ser constantemente retomado. Ainda que São Paulo tenha escrito na Carta aos Romanos que «toda a criação tem gemido e sofrido as dores do parto, até ao presente», (3) e ainda que os sofrimentos do mundo dos animais sejam bem conhecidos e estejam próximos ao homem, aquilo que nós exprimimos com a palavra «sofrimento» parece entender particularmente algo essencial à natureza humana. É algo tão profundo como o homem, precisamente porque manifesta a seu modo aquela profundidade que é própria do homem e, a seu modo, a supera. O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem; é um daqueles pontos em que o homem está, em certo sentido, «destinado» a superar-se a si mesmo; e é chamado de modo misterioso a fazê-lo.

3. Se o tema do sofrimento deve ser tratado de modo especial no contexto do Ano Santo da Redenção, isso sucede, primeiro que tudo, porque a Redenção se realizou mediante a Cruz de Cristo, ou seja, pelo seu sofrimento. Ao mesmo tempo, no ano da Redenção há que repensar a verdade expressa na Encíclica Redemptor Hominis: em Cristo «cada um dos homens se torna o caminho da Igreja». (4) Pode dizer-se que o homem se torna caminho da Igreja de modo particular quando o sofrimento entra na sua vida. Isso acontece, como é sabido, em diversos momentos da vida; verifica-se de diversas maneiras e assume dimensões diferentes; mas, de uma forma ou de outra, o sofrimento parece ser, e é mesmo, quase inseparável da existência terrena do homem.

Dado, pois, que o homem no decorrer da sua vida terrena trilha, de um modo ou de outro, o caminho do sofrimento, a Igreja deveria, em todos os tempos — e talvez de um modo especial no Ano da Redenção — encontrar-se com o homem precisamente neste caminho. A Igreja, que nasce do mistério da Redenção na Cruz de Cristo, tem o dever de procurar o encontro com o homem, de modo particular no caminho do seu sofrimento. É em tal encontro que o homem «se torna o caminho da Igreja»; e este é um dos caminhos mais importantes.

4. Daqui tem a sua origem também a presente reflexão, precisamente neste Ano da Redenção: a reflexão sobre o sofrimento. O sofrimento humano suscita compaixão, inspira também respeito e, a seu modo, intimida. Nele, efectivamente, está contida a grandeza de um mistério específico. Este respeito particular por todo e qualquer sofrimento humano deve ficar assente no princípio de quanto vai ser explanado a seguir, que promana da necessidade mais profunda do coração, bem como de um imperativo da fé. Estes dois motivos parecem aproximar-se particularmente um do outro e unir-se entre si, quanto ao tema do sofrimento: a necessidade do coração impõe-nos vencer a timidez; e o imperativo da fé — formulado, por exemplo, nas palavras de São Paulo citadas no início — proporciona o conteúdo, em nome e em virtude da qual nós ousamos tocar naquilo que parece ser tão intangível em cada um dos homens; efectivamente, o homem no seu sofrimento permanece um mistério intangível.

II

O MUNDO DO SOFRIMENTO HUMANO

5. Se bem que na sua dimensão subjectiva, como facto pessoal, encerrado no concreto e irrepetível íntimo do homem, o sofrimento pareça ser algo quase inefável e não comunicável, talvez nenhuma outra coisa exija ao mesmo tempo tanto como ele — na sua «realidade objectiva» — ser tratada, meditada e concebida, dando ao problema uma forma explícita; e daí, que a seu respeito se levantem questões de fundo e que para estas se procurem as respostas. Não se trata aqui, como se verá, somente de fazer uma descrição do sofrimento. Existem outros critérios, que estão para além da esfera da descrição, dos quais devemos lançar mão quando queremos penetrar no mundo do sofrimento humano.

A medicina, enquanto ciência e, conjuntamente, como arte de curar, descobre no vasto terreno dos sofrimentos do homem o seu sector mais conhecido; ou seja, aquele que é identificado com maior precisão e, correlativamente, contrabalançado pelos métodos do «reagir» (isto é, da terapia). Contudo, isso é apenas um sector. O campo do sofrimento humano é muito mais vasto, muito mais diversificado e mais pluridimensional. O homem sofre de diversas maneiras, que nem sempre são consideradas pela medicina, nem sequer pelos seus ramos mais avançados. O sofrimento é algo mais amplo e mais complexo do que a doença e, ao mesmo tempo, algo mais profundamente enraizado na própria humanidade. É-nos dada uma certa ideia quanto a este problema pela distinção entre sofrimento físico e sofrimento moral. Esta distinção toma como fundamento a dupla dimensão do ser humano e indica o elemento corporal e espiritual como o imediato ou directo sujeito do sofrimento. Ainda que se possam usar, até certo ponto, como sinónimas as palavras «sofrimento» e «dor», o sofrimento físico dá-se quando, seja de que modo for, «dói» o corpo; enquanto o sofrimento moral é «dor da alma». Trata-se, de facto, da dor de tipo espiritual e não apenas da dimensão «psíquica» da dor, que anda sempre junta tanto com o sofrimento moral, como com o sofrimento físico. A amplidão do sofrimento moral e a multiplicidade das suas formas não são menores do que as do sofrimento físico; mas, ao mesmo tempo, o primeiro apresenta-se como algo mais difícil de identificar e de ser atingido pela terapia.

6. A Sagrada Escritura é um grande livro sobre o sofrimento. Do Antigo Testamento fazemos menção apenas de alguns exemplos de situações que patenteiam as marcas do sofrimento; e, em primeiro lugar, do sofrimento moral: o perigo de morte; (5) a morte dos próprios filhos (6) e especialmente a morte do filho primogénito e único; (7) e depois também: a falta de descendência; (8) a saudade da pátria; (9) a perseguição e a hostilidade do meio ambiente; (10) o escárnio e a zombaria em relação a quem sofre; (11) a solidão e o abandono; (12) e ainda outros, como: os remorsos de consciência; (l3) a dificuldade em compreender a razão por que os maus prosperam e os justos sofrem; (l4) a infidelidade e a ingratidão da parte dos amigos e vizinhos; (15) e, finalmente, as desventuras da própria nação. (16)

O Antigo Testamento, considerando o homem como um «conjunto» psicofísico, associa frequentemente os sofrimentos «morais» à dor de determinadas partes do organismo: dos ossos," dos rins, (18) do fígado, (19) das vísceras (20) e do coração. (21) Não se pode negar, efectivamente, que os sofrimentos morais têm também uma componente «física», ou somática, e que frequentemente se reflectem no estado geral do organismo.

7. Como se vê pelos exemplos referidos, na Sagrada Escritura encontramos um vasto elenco de situações dolorosas, por diversos motivos, para o homem. Este elenco diversificado não esgota, certamente, tudo aquilo que sobre o tema do sofrimento já disse e constantemente repete o livro da história do homem (que é prevalentemente um «livro não escrito»); e menos ainda o que disse o livro da história da humanidade, lido através da história de cada homem.

Pode-se dizer que o homem sofre, quando ele experimenta um mal qualquer. A relação entre sofrimento e mal, no vocabulário do Antigo Testamento, é posta em evidência como identidade. Com efeito, este vocabulário não possuía uma palavra específica para designar o «sofrimento»; por isso, definia como «mal» tudo aquilo que era sofrimento». (22) Somente a língua grega — e, conjuntamente, o Novo Testamento (e as versões gregas do Antigo) — se serve do verbo «pasko sou afectado por..., experimento uma sensação, sofro»; e graças a este termo o sofrimento já não é directamente identificável com o mal (objectivo), mas exprime uma situação na qual o homem sente o mal e, sentindo-o, torna-se sujeito de sofrimento. Este, de facto, possui ao mesmo tempo carácter activo e passivo (de «patior»). Mesmo quando o homem se provoca por si próprio um sofrimento, quando é autor do mesmo, esse sofrimento permanece como algo passivo na sua essência metafísica.

Isto, contudo, não quer dizer que o sofrimento em sentido psicológico não seja assinalado por uma «actividade» específica. Há, de facto, uma «actividade» múltipla e subjectivamente diferenciada de dor, de tristeza, de desilusão, de abatimento ou, até, de desespero, conforme a intensidade do sofrimento, a sua profundidade e, indirectamente, conforme toda a estrutura do sujeito que sofre e a sua sensibilidade específica. No âmago daquilo que constitui a forma psicológica do sofrimento encontra-se sempre uma experiência do mal, por motivo do qual o homem sofre.

Assim, a realidade do sofrimento levanta uma pergunta quanto à essência do mal: o que é o mal?

Esta pergunta parece inseparável, num certo sentido, do tema do «sofrimento». A resposta cristã neste ponto é diversa daquela que é dada por certas tradições culturais e religiosas, para as quais a existência é um mal de que é necessário libertar-se. O Cristianismo proclama que a existência é essencialmente um bem e o bem daquilo que existe; professa a bondade do Criador e proclama o bem das criaturas. O homem sofre por causa do mal, que é uma certa falta, limitação ou distorção do bem. Poder-se-ia dizer que o homem sofre por causa de um bem do qual não participa, do qual é, num certo sentido, excluído, ou do qual ele próprio se privou. Sofre em particular quando «deveria» ter participação num determinado bem — segundo a ordem normal das coisas — e não a tem.

Por conseguinte, no conceito cristão a realidade do sofrimento explica-se por meio do mal que, de certa maneira, está sempre em referência a um bem.

8. O sofrimento humano constitui em si próprio como que um «mundo» específico, que existe juntamente com o homem, que surge nele e passa, ou então que as vezes não passa, mas se consolida e aprofunda nele. Este mundo do sofrimento, abrangendo muitos, numerosíssimos sujeitos, existe por assim dizer na dispersão. Cada um dos homens, mediante o seu sofrimento pessoal, por um lado constitui só uma pequena parte desse «mundo»; mas, ao mesmo tempo, esse «mundo» está nele como uma entidade finita e irrepetível. A par disso existe também a dimensão inter-humana e social. O mundo do sofrimento possui como que uma sua própria capacidade. Os homens que sofrem tornam-se semelhantes entre si por efeito da analogia da sua situação, da provação do destino partilhado, ou da necessidade de compreensão e de cuidados; mas sobretudo, talvez, por causa do persistente interrogar-se sobre o sentido do sofrimento. Embora o mundo do sofrimento exista na dispersão, contém em si, ao mesmo tempo, um singular desafio à comunhão e à solidariedade. Procuraremos dar ouvidos também a este apelo na presente reflexão.

Ao pensar no mundo do sofrimento e no seu significado pessoal e ao mesmo tempo colectivo, não se pode, enfim, deixar de notar o facto de que este mundo como que se adensa de modo particular nalguns períodos de tempo e em certos espaços da existência humana. É o que acontece, por exemplo, nos casos de calamidades naturais, de epidemias, catástrofes e cataclismos, ou de diversos flagelos sociais; pense-se, entre outros, no caso de um período de má colheita e relacionado com isso — ou por diversas outras causas — no flagelo da fome.

Pensemos, por fim, na guerra. Refiro-me a ela de modo especial. E falo das últimas duas guerras mundiais; destas foi a segunda que fez uma ceifa muito maior de vidas e uma acumulação mais penosa de sofrimentos humanos. E acontece que a segunda metade do nosso século — como que em proporção com os erros e transgressões da nossa civilização contemporânea — contém em si por sua vez uma ameaça tão horrível de guerra nuclear, que não podemos pensar neste período senão em termos de acumulação incomparável de sofrimentos, que vão até à possível autodestruição da humanidade. Deste modo, aquele mundo de sofrimento, que afinal tem o seu sujeito em cada homem, parece transformar-se na nossa época — talvez mais do que em qualquer outro momento — num particular «sofrimento do mundo»: de um mundo que se acha, como nunca, transformado pelo progresso operado pelo homem; e está ao mesmo tempo, como nunca, em perigo por causa dos erros e culpas do mesmo homem.

Notas:
(1) Col. 1, 24.
(2) Col. 1, 24.
(3) Rom. 8, 22.
(4) Cfr. IOANNIS PAULI PP. II Redemptor Hominis, 14. 18. 21. 22.
(5) Quod Ezechias subiit (cfr. Is. 38, 1-3).
(6) Sic ut Agar timuit (cfr. Gen. 15, 16), Iacob mente finxit (cfr. Gen. 37, 33-35), David expertus est (cfr. 2 Sam. 19, 1).
(7) Id Anna metuit, Tobiae mater (cfr. Tob. 10, 1-7; cfr. edam Ier. 6, 26; Am. 8, 10; Zac. 12, 10).
(8) Talis fuit Abrahae (cfr. Gen. 15, 2), Rachelis (cfr. Gen. 30, 1), Annae, Samuelis matris (cfr. 1 Sam. 1, 6-10), temptatio.
(9) Ut exsulum Babylonica lamentatio (cfr. Ps. 137 [136]).
(10) Quibus v. gr. affectus est Psaltes (cfr. Ps. 22 [21], 17-21), Ieremias (cfr. Ier. 18, 18).
(11) Sic ut accidit Iob (cfr. Iob 19, 18; 30, 1. 9), nonnullis Psaltibus (cfr. Ps. 22 [21], 7-9; Ps. 42 [41], 11; Ps. 44 [43], 16-17), Ieremiae (cfr. Ier. 20, 7), Servo patienti (cfr. Is. 53, 3).
(12) Quibus iterum oppressi sunt nonnulli Psaltes (cfr. Ps. 22 [21], 2-3; Ps. 31 [30], 13; Ps. 38 [37], 12; Ps. 88 [87], 9. 19); Ieremias (cfr. Ier. 15, 17) atque Servus patiens (cfr. Is. 53, 3).
(13) His Psaltes (Ps. 51 [50], 5), testes aerumnarum Servi (cfr. Is. 53, 3-6) et Zacharias Propheta (cfr. Zac. 12, 10) confusi sunt.
(14) Talia passi sunt tum Psaltes (cfr. Ps. 73 [72], 3-14), tum Qoelet (cfr. Qo. 4, 1-3).
(15) Haec perpessi sunt sive Iob (cfr. Iob 19, 19), sive Psaltes nonnulli (cfr. Ps. 41 [40], 10; Ps. 55 [54], 13-15), sive Ieremias (cfr. Ier. 20, 10); Siracides vero de hac miseria meditatur (cfr. Sir. 37, 1-6).
(16) Praeter plures Lamentationum locos, cfr. psalmistarum questus (cfr. Ps. 44 [43], 10-17; Ps. 77 [76], 3-11; Ps. 79 [78], 11; Ps. 89 [88], 51), prophetarum (cfr. Is. 22, 4; Ier. 4, 8; 13, 17; 14, 17-18; Ez. 9, 8; 21, 11-12). Cfr. etiam Azariae orationes (cfr. Dan. 3, 31-40), et Danielis (cfr. Dan. 9, 16-19).
(17) Cfr. e. gr. Is. 38, 13; Ier. 23, 9; Ps. 31 (30), 10-11; Ps. 42 (41), 10-11.
(18) Cfr. Ps. 73 (72), 21; Iob 16, 13; Lam. 3, 13.
(19) Cfr. Lam. 2, 11.
(20) Cfr. Is. 16, 11; Ier. 4, 19; Iob 30, 27; Lam. 1, 20.
(21) Cfr. 1 Sam. 1, 8; Ier. 4, 19; 8, 18; Lam. 1, 20-22; Ps. 38 (37), 9. 11.
(22) Meminisse iuvat radicem Hebraicam r" designare in universum quod malum est et bono oppositum (ţōb), nullamque admittere distinctionem inter sensum physicum, psychicum, ethicum. Invenitur etiam in substantiva forma ra' et rā'ā, significante sine discrimine sive quod malum est in se, sive malam actionem, sive etiam male agentem. In formis verbalibus praeter simplicem illam formam (qal), quae, varia quidem ratione, designat « aliquid malum esse », invenitur etiam forma reflexiva-passiva (niphal), id est « malum subire », « maio corripi », atque forma causativa (hiphil), « malum inferre » seu « irrogare » alicui. Cum autem careat lingua Hebraica verbo Graecae formae respondente, idcirco fortasse verbum id raro in versione a Septuaginta occurrit.




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