01/02/2012

Ninguém é irrecuperável 3

Um vento de furacão

Mas «sor Torbellino» não evangeliza unicamente na prisão. Quando espera o metro ou autocarro observa as pessoas que estão com o rosto triste. Aproxima-se delas e sem pudor começa a falar: «mas não estejas triste, olha que palavra Deus tem para ti». «A gente não o rejeita, antes o compreende», assegurara sorridente. Numa ocasião encontrou-se com um preso que tinha feito um pacto com o diabo e exigiam-lhe que violasse uma mulher o mais jovem possível ou matá-lo-iam. «Tens que renunciar a satanás», dizia-lhe a irmã, «não posso, não posso», respondia ele. «Com Jesus Cristo podes porque Jesus vendeu o demónio».

Ainda assim adverte: «abrimos uma nesga a satanás quando nos deixamos levar, porque então a nossa vida não é verdadeiro amor aos nossos irmãos». «O que quero é dar alegria ao Senhor, dar-lhe descanso enquanto outros o rejeitam. Jesus é o mais pobre dos pobres, sempre tão só no sacrário», explica. Antes de entrar na prisão pede a Jesus: «a misericórdia com que tu amas a cada um dos nossos irmãos, só quero que conheçam quão maravilhoso é Deus». Sor Mari Luz assegura que um de os lugares em que se encontra mais à-vontade é na prisão Herrera da Mancha, em Manzanares, onde há uma capela em que pode rezar antes de começar as visitas.

Apesar da sua intensa actividade, vive em permanente oração seguindo os ensinamentos do fundador da sua ordem, São Vicente de Paulo, e do seu lema: «não abandoneis a oração, filhas». Sor Mari Luz sabe qual é o segredo para «viver continuamente a presença amorosa de Deus»: «Se eu posso fazer tudo isto é graças às minhas irmãzinhas, às minhas superioras e à Renovação Carismática»

(mónica vázquez, trad ama)   

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