Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemaria, Caminho 116)
Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.
Evangelho: Mc 11, 1-26
1 Quando estavam já perto de Jerusalém, nas proximidades de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois dos Seus discípulos, 2 e disse-lhes: «Ide à aldeia que está diante de vós. Logo que entrardes nela, encontrareis preso um jumentinho, em que ainda não montou homem algum; soltai-o e trazei-o. 3 Se alguém vos disser: “Porque fazeis isto?”, dizei-lhe: “O Senhor tem necessidade dele”; e logo o deixará trazer». 4 Indo eles, encontraram o jumentinho preso fora da porta, numa encruzilhada; e soltaram-no. 5 Alguns dos que estavam ali disseram-lhes: «Que fazeis a desatar o jumentinho?». 6 Eles responderam-lhes como Jesus tinha mandado, e deixaram-no levar. 7 Levaram o jumentinho a Jesus, puseram sobre ele os mantos, e Jesus montou em cima. 8 Muitos estenderam os seus mantos pelo caminho, outros cortavam ramos das árvores nos campos e juncavam com eles a estrada. 9 Os que iam adiante, e os que seguiam atrás, clamavam, dizendo: «Hossana! Bendito O que vem em nome do Senhor! 10 Bendito o reino do nosso pai David que vem! Hossana no mais alto dos céus!». 11 Entrou em Jerusalém, no templo, e, tendo observado tudo, como fosse já tarde, foi para Betânia com os doze. 12 Ao outro dia, depois de sairem de Betânia, teve fome. 13 Vendo ao longe uma figueira que tinha folhas, foi lá ver se encontrava nela algum fruto. Aproximando-Se, nada encontrou senão folhas, porque não era tempo de figos. 14 Então disse à figueira: «Nunca mais alguém coma fruto de ti». Os discípulos ouviram-n'O. 15 Chegaram a Jerusalém. Tendo entrado no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo e derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam as pombas. 16 E não consentia que ninguém transportasse nenhum objecto pelo templo; 17 e os ensinava dizendo: «Porventura não está escrito: “A minha casa será chamada casa de oração por todas as gentes”? Mas vós fizestes dela “um covil de ladrões”». 18 Ouvindo isto os príncipes dos sacerdotes e os escribas procuravam o modo de O matar; porque O temiam, visto todo o povo admirar a Sua doutrina. 19 Quando se fez tarde, sairam da cidade. 20 No outro dia pela manhã, ao passarem, viram a figueira seca até às raízes. 21 Então Pedro, recordando-se, disse-Lhe: «Olha, Mestre, como se secou a figueira que amaldiçoaste». 22 Jesus, respondendo-lhe, disse-lhes: «Tende fé em Deus. 23 Em verdade vos digo que todo aquele que disser a este monte: “Tira-te daí e lança-te no mar”, e não hesitar no seu coração, mas tiver fé de que tudo o que disse será feito, assim acontecerá. 24 Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes na oração, crede que o haveis de conseguir e o obtereis. 25 Quando estiverdes a orar, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados. 26 Porque, se vós não perdoardes, também o vosso Pai que está nos céus, não perdoará os vossos pecados.
Talita Kum - Levanta-te
…/42
As palavras de Jesus contrastam com as dos servos do chefe da sinagoga; eles dizem: «A tua filha morreu»; Jesus, pelo contrário: «Não morreu, mas dorme». Estava morta para os homens, que não podiam despertá-la; para Deus dormia, porque a sua alma vivia submetida ao poder divino, e a carne descansava para a ressurreição. Daqui que se tenha introduzido entre os cristãos o costume de designar os mortos, que sabemos que ressuscitarão, com o nome de “adormecidos”.
A expressão de Jesus revela que a morte é para Deus nada mais que um sono, porque Ele pode despertar para a vida quando quer. É o mesmo que aconteceu com a morte e ressurreição de Lázaro. Jesus diz: «Lázaro, nosso amigo, está adormecido, mas vou despertá-lo». E quando os discípulos pensam que se tratava do sono natural, o Senhor afirma claramente: «Lázaro morreu» [1] [2]
«Quem Me tocou nos vestidos?», pergunta Jesus. «Diziam-lhe os discípulos: Vês que a multidão Te aperta e perguntas: Quem Me tocou?»
Jesus não precisa de ver para sentir, mas necessita que nos mostremos para que outros vejam que Lhe tocámos e, assim, com o nosso exemplo, levemos os demais a quererem, de facto, aproximar-se dele e tocar-lhe.
É o que se passa com a pobre mulher.
Tremendo de medo, vem prostrar-se aos Seus pés. Sabe-se curada e, o seu desejo é fugir dali, afastar-se para longe da multidão para poder dar largas à sua alegria. Mais tarde, há-de procurar o Mestre para Lhe agradecer, do fundo do coração, a sua cura.
Mas, perante a atitude de Jesus, não tem mais remédio e mostra-se a todos na atitude mais humilde de que é capaz: prostrando-se reverentemente.
Os circunstantes dão-se conta do insólito: uma mulher, que muitos sabem ser ‘impura’ aos olhos da lei, atreveu-se a insinuar-se no meio deles e, além disso, a tocar os vestidos do Senhor! Há um movimento de espanto e assombro. Qual será a reacção de Jesus? Saberá Ele quem é esta mulher?
Ouvem então as palavras do Rabi que, em tom carinhoso e tranquilizador diz à pobre que está curada e que se vá em paz.
Não é a primeira vez que, pelo menos alguns, ouviram estas mesmas palavras: “A tua fé te salvou”; “fica curado do teu mal”; “vai em paz”… Mas, como sempre, não percebem muito bem o que se está a passar e todos procuram interrogar a mulher que entretanto se retirara para saber o que se tinha passado. E, ela, naturalmente chorosa e tremendo, ia repetindo o que o Senhor lhe tinha feito e dito:
Curou-me e mandou-me embora em paz!
[3]…/
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.