09/02/2012

Leitura Espiritual para 09 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 9, 30-50

30 Tendo partido dali, atravessaram a Galileia; e Jesus não queria que se soubesse. 31 Ia instruindo os Seus discípulos e dizia-lhes: «O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens e Lhe darão a morte, mas ressuscitará ao terceiro dia depois da Sua morte». 32 Mas eles não compreendiam estas palavras e temiam interrogá-l'O. 33 Nisto chegaram a Cafarnaum. Quando estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «De que discutíeis pelo caminho?». 34 Eles, porém, calaram-se, porque no caminho tinham discutido entre si qual deles era o maior. 35 Então, sentando-Se, chamou os doze e disse-lhes: «Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de todos». 36 Em seguida, tomando uma criança, pô-la no meio deles e, depois de a abraçar, disse-lhes:37 «Todo aquele que receber uma destas crianças em Meu nome, a Mim recebe, e todo aquele que Me receber a Mim, não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou». 38 João disse-lhe: «Mestre, vimos um homem, que não anda connosco, expulsar os demónios em Teu nome e nós lho proibimos porque não nos segue». 39 Jesus, porém, respondeu: «Não lho proibais, porque não há ninguém que faça um milagre em Meu nome e que possa logo dizer mal de Mim. 40 Porque quem não é contra nós, está connosco. 41 «Quem vos der um copo de água, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. 42 «Quem escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó que um asno faz girar, e que o lançassem ao mar. 43 Se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; melhor te é entrar na vida eterna mutilado, do que, tendo as duas mãos, ir para a Geena, para o fogo inextinguível. 44 Omitido pela Neo-Vulgata. 45 Se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor te é entrar na vida eterna coxo, do que, tendo os dois pés, ser lançado na Geena. 46 Omitido pela Neo-Vulgata. 47 Se o teu olho é para ti ocasião de pecado, lança-o fora; melhor te é entrar no reino de Deus sem um olho do que, tendo dois, ser lançado na Geena, 48 “onde o seu verme não morre e o seu fogo não se apaga”. 49 Todo o homem será salgado no fogo. 50 O sal é uma coisa boa; porém, se se tornar insípido, com que haveis de lhe dar o sabor? Tende sal em vós, e tende paz uns com os outros».

Talita Kum - Levanta-te
…/38

Assim como nos dedicaremos ao exame que atrás falava, também diariamente nos deveríamos propor algum pequeno acto de mortificação, que não tem que ser nem violento nem espalhafatoso:

-        qualquer pequena privação na comida ou na bebida;
-        o cigarro que se deixa de fumar ou que se fuma mais tarde e não logo que apetece;
-        um esforço por sermos mais afáveis em casa;
-        dedicarmos alguma atenção extra aos nossos filhos, à nossa mulher;
-        não evitarmos aquele sujeito "maçador" que nos importuna;
-        completarmos com perfeição o nosso trabalho de cada dia;
-        a arrumação daquela gaveta que há tanto tempo vimos adiando;

enfim... pequenas coisas que, todos sabemos bem, que nos custam.

Desta sucessão de pequenos esforços, pequenos sacrifícios em suma, nascerá uma atitude mais consciente perante os outros e, sobretudo, perante nós próprios. Ser-nos-á mais fácil, evidenciar as nossas fraquezas e deficiências. Em concreto, será muito útil para o exame já referido.
Sempre que alguma tarefa mais importante ou definitiva se aproximava, Jesus retirava-se para orar. Os Evangelistas relatam inúmeras vezes, este facto. [1]

Esta atitude do Mestre é uma indicação clara da necessidade de recolhimento e tranquilidade para um melhor encontro com Deus. Nesta Quaresma, faremos um esforço para nos aproximarmos mais amiúde do Senhor presente no Sacrário da nossa Igreja. A alguma hora do dia, havemos de descobrir uns momentos para Lhe fazer uma visita, breve que seja, alguns minutos apenas, mas que serão muito provavelmente o suficiente para nos animar nos propósitos que temos intenção de concretizar nesta Quaresma.
Nestes quarenta dias temos também de descobrir algum tempo diário - 15 minutos, não mais - para lermos uma passagem do Evangelho e algum trecho de leitura espiritual. Desta forma completaremos uma linha mestra de atitudes de reflexão e de verdadeira união com Deus. Tudo isto se traduzirá, de forma muito concreta, na nossa atitude e não deixará de influenciar o ambiente em que nos movemos.
Em nossa casa, por exemplo, os nossos filhos mais pequenos, e mesmo os outros, dar-se-ão conta que vivemos um tempo "especial" em que se evidencia uma certa moderação nos costumes: na comida e na bebida, nos divertimentos, (na utilização excessiva da televisão, muito concretamente).
Significa isto que vamos viver 'conventualmente'?
É evidente que não é disso que se trata. Somos homens comuns e correntes e não monges ou religiosos de qualquer congregação. Mas somos cristãos, fiéis da Igreja de Cristo Nosso Senhor e, por isso mesmo, parece justificável que nos comportemos como a Santa Igreja nos aconselha. De resto, hoje em dia, as limitações, por assim dizer, que a Igreja nos recomenda expressamente para este tempo, resumem-se, diria, apenas ao jejum na Quarta Feira de Cinzas e na Sexta Feira Santa, e a uma moderação nas refeições nas Sextas-feiras, tudo o resto, é apenas no plano interior, espiritual.

E, se acaso nos assaltarem respeitos humanos - que todos mais ou menos temos - lembremo-nos que somos livres de proceder como muito bem entendermos e que ninguém se pode escandalizar por querermos cumprir os preceitos que a Santa Igreja nos recomenda.
Os Muçulmanos têm aquele longo tempo do Ramadão que crentes e não crentes respeitam e compreendem.
Não parece, portanto, aceitável alguma crítica a um cristão que pretenda viver mais autenticamente o tempo de preparação da sua maior festa.

Somos o que somos... temos de viver de acordo» [2].



[3]…/



[1] ama, Palestras no Minho, 1993.
[2] ama, Palestras no Minho, 1993.
[3] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões

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