05/02/2012

Leitura Espiritual para 05 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 7, 34-37; 8, 1-9

34 Depois, levantando os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «abre-te». 35 Imediatamente se lhe abriram os ouvidos, se lhe soltou a prisão da língua e falava claramente. 36 Ordenou-lhes que a ninguém o dissessem. Porém, quanto mais lho proibia mais o divulgavam. 37 E admiravam-se sobremaneira, dizendo: «Tudo fez bem! Faz ouvir os surdos e falar os mudos!».
1 Naqueles dias, havendo novamente grande multidão e não tendo de comer, chamando os discípulos disse-lhes: 2 «Tenho compaixão deste povo, porque há já três dias que não se afastam de Mim e não têm que comer. 3 Se os despedir em jejum para as suas casas desfalecerão no caminho, e alguns deles vieram de longe». 4 Os discípulos responderam-Lhe: «Como poderá alguém saciá-los de pão aqui num deserto?». 5 Jesus perguntou: «Quantos pães tendes?». Responderam: «Sete». 6 Então ordenou ao povo que se sentasse no chão. Depois, tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e dava-os a Seus discípulos para que os distribuíssem; e eles os distribuíram pelo povo. 7 Tinham também alguns peixinhos. Ele os abençou e mandou que fossem distribuidos. 8 Comeram, ficaram saciados e dos pedaços que sobejaram recolheram sete cestos. 9 Ora os que comeram eram cerca de quatro mil. Em seguida Jesus despediu-os.

Talita Kum - Levanta-te
…/34

«Jesus não tem qualquer hesitação em tocar, fisicamente, os que dele se aproximam à procura de remédio para os seus males. Esta é uma das atitudes de Jesus incompreensíveis para muitos judeus mas, principalmente, para os chefes, os fariseus, os escribas e os príncipes dos sacerdotes.
Algumas doenças, como a lepra ou aquela que a mulher do Evangelho sofria, eram consideradas como impuras. A impureza, segundo aqueles, concentrava-se na atitude, na aparência, no proceder. Jesus diz que não é assim. A impureza está no coração do homem, mora no seu íntimo. O Senhor assinala por várias vezes que é no coração do homem que se originam os sentimentos e as intenções. O trecho evangélico [1] recolhe as exortações do Mestre aos Seus discípulos, fazendo aquilo que nós poderíamos chamar - pôr os pontos nos i’s.
Os judeus, principalmente os seus chefes e mentores - fariseus, escribas, sacerdotes etc. - tinham por costume, que observavam com rigorosíssima cautela, lavar repetidas vezes os copos e pratos antes de por eles beber ou comer, bem assim como outras abluções das mãos, pés, etc., constituindo tudo, um ritual observado com minucioso rigor e não pouco aparato. Aquilo que tinha sido uma instrução de carácter meramente social - de higiene - dada por Moisés, a um povo inculto e semi-bárbaro viajando pelo deserto, tinha-se tornado com o tempo, uma obrigação, uma regra de observância obrigatória. Aqueles homens, que governavam o povo, escolhiam estas manifestações externas, algumas até ridículas e sem sentido, como sinais indispensáveis da autêntica religião, desejados e exigidos por Deus aos Seus súbditos, fazendo crer que, bastava a sua observância, para se cumprir a Lei de Deus, o Decálogo.

Deus aparecia assim como um ser exigente e distante, a quem era preciso satisfazer as vontades e aplacar as iras, observando escrupulosamente certas regras de conduta e comportamento social.
Jesus vem dizer que não é exactamente isso o que Deus quer, nem sequer é verdade que essas práticas tenham algo que ver com os Seus Mandamentos. O Mestre insiste, mais uma vez, que muito mais que as manifestações externas Lhe interessa o que o homem manifesta no seu íntimo, se o que apresenta no seu exterior, traduz de facto o que guarda na sua alma.
Jesus não procura o rosto, mas o coração. As lavagens e abluções feitas com cuidado e rigor, não conseguem limpar o coração, ou tornar a alma imaculada mas, tão só, criar uma aparente ilusão de pureza, tal como, as atitudes de reverência ou piedade, nada valem se o coração se mantém distante e orgulhoso.
O nosso aspecto exterior, o nosso comportamento social, é sem dúvida importante e devemos tê-los muito em consideração, até porque, dependerá muito da forma como nos apresentemos aos outros, limpos, arrumados com bons modos, etc., a influência que poderemos exercer sobre eles, levando-os, por exemplo, a aceitar um convite para uma actividade de carácter espiritual. Aliás, são vários os exemplos que Jesus nos dá, do Seu cuidado nas relações com os outros, na maneira de vestir e de se apresentar; por exemplo: Jesus repara que Simão não Lhe deu o beijo tradicional quando chegou a Sua casa [2]; ou o facto do Mestre, que não tinha onde repousar a cabeça, [3] possuir uma túnica que, por ser inconsútil, teria um valor apreciável o que levou os soldados sortearem-na entre si; [4] ou ainda, as recomendações minuciosas que faz aos apóstolos, sobre o modo de saudar os donos das casas que visitassem [5] [6]
[7]…/


[1] Cf. Mc 7, 14-23.
[2] Cf. Lc 7, 45.
[3] Cf. Mt 8, 20.
[4] Cf. Jo 19, 23.
[5] Cf. Mt 10, 5-14.
[6] ama, Palestra em Ponte de Lima, 1993.
[7] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões

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