26/01/2012

Leitura Espiritual para 26 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 2, 23-28; 3, 1-12

23 Sucedeu também que, caminhando Jesus em dia de sábado, por entre campos de trigo, os discípulos começaram a colher espigas, enquanto caminhavam. 24 Os fariseus diziam-Lhe: «Como é que fazem ao sábado o que não é permitido?». 25 Ele respondeu: «Nunca lestes o que fez David, quando se viu necessitado, e teve fome, ele e os que com ele estavam? 26 Como entrou na casa de Deus, sendo sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, dos quais não era permitido comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que o acompanhavam?». 27 E acrescentou: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. 28 Por isso o Filho do Homem é Senhor também do sábado».
3 1 Novamente entrou Jesus na sinagoga, e encontrava-se lá um homem que tinha uma das mãos atrofiada. 2 Observavam-n'O a ver se curaria em dia de sábado, para O acusarem. 3 Jesus disse ao homem que tinha a mão atrofiada: «Vem para o meio». 4 Depois disse-lhes: «É lícito em dia de sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida a uma pessoa ou tirá-la?». Eles, porém, calaram-se. 5 Então olhando-os com indignação, contristado da cegueira de seus corações, disse ao homem: «Estende a tua mão». Ele estendeu-a, e a mão ficou curada. 6 Mas os fariseus, retirando-se, reuniram-se logo em conselho com os herodianos contra Ele para ver como O haviam de matar. 7 Jesus retirou-Se com Seus discípulos para o mar, e segiu-O uma grande multidão do povo da Galileia; também da Judeia, 8 de Jerusalém, da Idumeia, da Transjordânia e das vizinhanças de Tiro e de Sidónia, tendo ouvido as coisas que fazia, foram em grande multidão ter com Ele. 9 Mandou aos Seus discípulos que Lhe aprontassem uma barca para que a multidão não O apertasse. 10 Porque, como curava muitos, todos os que padeciam algum mal lançavam-se sobre Ele para O tocarem. 11 E os espíritos imundos, quando O viam, prostravam-se diante d'Ele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». 12 Mas Ele ordenava-lhes com severidade que não O manifestassem.

Talita Kum - Levanta-te
…/25
       
No nosso círculo de confidentes e amigos – onde levamos acabo o nosso “apostolado de amizade e confidência” – conhecem-nos pelo nosso olhar franco, aberto, claro, bem-disposto? O nosso olhar inspira confiança? Transmite tranquilidade? Perguntas que devemos colocar-nos cada dia.
Os olhos são o espelho da alma, costuma dizer-se, e, que preocupação devemos ter que, de facto, o sejam! Com os mesmos olhos com que contemplamos, embevecidos, a hóstia santa que o Sacerdote nos mostra na hora de comungar, poderemos contemplar imagens impuras ou impróprias? Os olhos que se perdem na vastidão do infinito Amor de Deus poderão ser os mesmos que se deixam absorver pela passageira e fugaz imagem do prazer do momento?

Podem, sim, sabemos que podem!

Somos humanos, fracos, débeis, volúveis. Que remédio teremos, senão pedir, constantemente, à nossa Mãe do Céu que proteja o nosso olhar, que guie o nosso olhar? Que poderemos mais senão implorar que nos ajude a guardar a vista como um bem precioso e caríssimo que não queremos desperdiçar? Que mais desejar que manter o olhar de crianças, límpido, puro, franco e aberto

«Olho para Ti, olhos nos olhos, e digo-te que Te amo e, não tenho medo que não acredites, Sei que o vês nos meus olhos. Quero guardar para Ti, - só para Ti – o meu olhar. Se possível fosse, ter estes olhos com que agora Te contemplo, bem guardados num cofre donde só os retiraria para Te contemplar. Outros olhos, para o dia-a-dia, seriam ‘reforçados’ com lentes especiais que só me permitissem ver o que pode ser visto. Ou, se preferires, Senhor, ser cego para tudo quanto não sejas Tu. A Tua Face que quero contemplar tão cedo quanto Tu mo permitires, há-de iluminar os meus olhos com a mesma luz do Céu, aquela luz onde se movem os anjos e os santos que Te contemplam. Olhos só para Ti, Senhor, só para Ti, para mais nada os quero a não ser… a não ser…, para ver as maravilhas que Tu criaste e, por elas, dar-te graças continuamente». [1]

O lógico é que, quem tem olhos… veja. Não precise, para ver, mais que luz, claridade e, aqui, bate o ponto: como é possível ver no escuro?
Como pode descortinar-se o quer que seja, permanecendo na comodidade (e cobardia) do ensimesmamento, da clausura em si mesmo, recusando-se sistematicamente a tomar conhecimento do que a Igreja legisla, o Papa esclarece, Jesus Cristo adverte? Ninguém pode dizer que não sabe se não quer ver, se recusa, pelo menos, tomar conhecimento.

«Eu sou a luz do mundo; aquele que me seguir não andará nas trevas» [2], disse o Senhor

Aparentemente estamos perante uma dificuldade: para se ter luz é preciso seguir Cristo e, só seguindo Cristo se andará na Luz. Parece difícil de resolver, mas não é. Trata-se apenas de uma norma de conduta, de vida. Fazer o bem ou fazer o mal, nada mais que isto.

Com efeito, o próprio Jesus nos dá esta mesma razão:

«É que todo aquele que pratica más acções odeia a Luz e não se aproxima da Luz, para não serem expostas a descoberto as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, para se tornar bem claro que as suas obras estão realizadas em Deus.» [3]

Quem se esconde e desvia da luz, quem procura as sombras, o anonimato da escuridão, quer passar despercebido, não quer ser visto, notado. Deseja refugiar-se num anonimato sem rosto nem nome pelo qual possa ser reconhecido ou chamado.
Antes de mais, é conduzido pela cobardia. Não quer assumir uma responsabilidade, assumir uma posição inequívoca, o seu desejo é estar de bem com tudo e com todos, transigir, condescender, não ter critério próprio. Vive como que metido numa carapaça pretendendo uma identidade que não é a sua. No fundo, não se conhece ou, pior, recusa conhecer-se e foge da luta para o conseguir. «Ó Deus que me conheces perfeitamente tal como sou, ajuda-me a conhecer-me a mim mesmo, para que possa combater com eficácia os enormes defeitos do meu carácter, em particular...

Chamaste-me Senhor, pelo meu nome e eu aqui estou: com as minhas misérias, as minhas debilidades, com palavras maiores que os actos, intenções mais vastas que as obras e desejos que ultrapassam a vontade. Porque não sou nada, não valho nada, não sei nada e não posso nada, entrego-me totalmente nas Tuas mãos para que, por intercessão de minha Mãe, Maria Santíssima, de São José, meu pai e senhor, do Anjo da minha Guarda e do Beato Josemaria, possa adquirir um espírito de luta perseverante.» [4]

[5]…/


[1] AMA, Diário, 2008.
[2] Jo 8, 12.
[3] Cf. Jo 21.
[4] ama, Orações diárias, 1987.
[5] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões

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