Se o Universo é um conjunto de seres contingentes – que não têm em si mesmos a sua razão de ser –, necessariamente teve que ser criado. Criar não é transformar algo, mas sim produzir radicalmente esse algo. A evolução, em troca, ocupa-se da mudança de certos seres que previamente existem. Desta forma se vê claro que a criação e a evolução não podem entrar em conflito, porque se movem em dois planos e em duas cronologias diferentes. Uma certeira comparação de Ernst Jünger aclara esta questão: "A teoria de Darwin não coloca nenhum problema teológico. A evolução transcorre no tempo; a criação, pelo contrário, é o seu pressuposto. Portanto, cria-se um mundo, com o qual se proporciona também a evolução: estende-se o tapete e este começa a rodar com os seus debuxos.
(jose ramón ayllón, trad. ama)
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