12/01/2012

Leitura Espiritual para 12 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mt 24, 23-41


23 «Então, se alguém vos disser: “Eis, aqui está o Cristo”, ou “ei-lo acolá”, não deis crédito, 24 porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes milagres e prodígios, de tal modo que, se fosse possível, até os escolhidos seriam enganados. 25 Eis que Eu vos previno. 26 Se, pois, vos disserem: “Eis que ele está no deserto”, não vades lá; “ei-lo no lugar mais retirado da casa”, não deis crédito. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e brilha até ao Ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem. 28 Onde estiver um cadáver aí se ajuntarão as águias. 29 «Logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecer-se-á, a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. 30 Então aparecerá o sinal do Filho do Homem no céu, e todos os povos da terra baterão no peito, e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e majestade. 31 Mandará os Seus anjos com poderosas trombetas, e juntarão os Seus escolhidos dos quatro ventos, de um extremo dos céus ao outro. 32 Compreendei isto por uma comparação tirada da figueira: Quando os seus ramos estão tenros e as folhas brotam, sabeis que está próximo o Verão; 33 assim também quando virdes tudo isto, sabei que o Filho do Homem está para breve, está às portas. 34 Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que se cumpram todas estas coisas. 35 O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras não hão-de passar. 36 «Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe nada, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas só o Pai. 37 Assim como aconteceu nos dias de Noé, assim será também a segunda vinda do Filho do Homem. 38 Nos dias que precederam o dilúvio os homens comiam e bebiam, casavam-se e casavam os seus filhos, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 e não souberam nada até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40 «Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e o outro será deixado. 41 De duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e a outra deixada.

Talita Kum - Levanta-te
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Terão os discípulos percebido que fora a intervenção da Virgem que, definitivamente, decidira Jesus a fazer o milagre? Talvez não. Podemos supor que sendo a primeira vez que o poder divino de Jesus se manifestava de forma tão evidente, eles não estivessem preparados para dar atenção aos pormenores.

Mais tarde, sim.

No fragor dos dias que se seguiram à Crucifixão e Morte do Senhor, hão-de procurar refúgio junto da Mãe e, será junto dela, no Cenáculo, que receberão o Espírito Santo que lhes abrirá definitivamente a compreensão de todas as coisas.

Junto dela encontramos, sempre, refúgio e protecção, a luz necessária para distinguir os caminhos que Jesus quer que percorramos e, também, a compreensão das incidências e agruras que, inevitavelmente, surgem na vida de cada um.

Pedro, que será a coluna sobre a qual assentará a Igreja de Cristo, duvidará muito, terá momentos de desânimo, sem compreender o que Jesus lhe diz acerca do sofrimento, da Cruz… Maria, ajudá-lo-á a compreender, a confiar e, sobretudo, a aceitar. Repetirá, vezes sem conta, o que dissera em Caná:

«Fazei tudo o que Ele vos disser…» (Jo 2, 5).

«Estamos nas mãos de Deus. Todos os acontecimentos que Ele manda ou permite têm o seu significado e estão dirigidos para nosso proveito. (...) O que Eu faço não o entendes agora... Também a nós nos ocorre o mesmo que a Pedro: às vezes não compreendemos os acontecimentos que o Senhor permite: a dor, a enfermidade, a ruína económica, a perda do posto de trabalho, a morte de um ser querido quando estava nos começos da vida. Ele tem uns planos mais altos, que abarcam esta vida e a felicidade eterna. Não nos vamos fiar do Senhor e da Sua providência amorosa? Somente vamos confiar n’Ele quando os acontecimentos nos pareçam humanamente aceitáveis? Estamos nas Suas mãos, e em nenhum outro sítio poderíamos estar melhor. Um dia, no final da vida, o Senhor nos explicará com pormenores o porquê de tantas coisas que aqui não entendemos, e veremos a mão providente de Deus em tudo, até no mais insignificante. (...) Senhor, Tu sabes mais. Em Ti me abandono. Já entenderei mais tarde.» [1]

Chamá-los-á também para testemunhar a Sua Transfiguração, para verem com os seus olhos tão humanos a glória do Filho de Deus. Ainda aqui, não entendiam nada. Com os olhos carregados de sono, a Pedro só lhe ocorre dizer que se sente bem, que não quer afastar-se daquela visão, daquele local.
Depois, nos momentos derradeiros, convidá-los-á, aos mesmos três, para O acompanharem no Horto das Oliveiras para testemunharem a Sua Agonia.
Mais uma vez, o sono vence-os. Este sono é a figura do desânimo, da preocupação, da incerteza, do medo.

«A oração do Senhor prolongava-se entre lágrimas e eles não penetraram no seu mistério. A tristeza ia afundando-os num sopor paralisante. E adormeceram. O sono foi para eles a saída psicológica da tristeza, enquanto Jesus a superava permanecendo em vigília, orando com perseverança, clamando ao Pai de joelhos, sem Se dispensar do esforço». [2]

[3]…/


[1] Cf. F. F. Carvajal, Hablar com Dios, Tempo Comum, 30ª Sem., 4ª F. trad ama
[2] Cf. Javier Echevarria, Getsemani, cap. V, 4.
[3] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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