Agora bem, na cultura dominante, o diálogo é uma palavra “mágica”. Os políticos utilizam este termo constantemente; em muitas ocasiões com uma forte carga de ideologia, que é utilizada para neutralizar o adversário. Mas é evidente que as atitudes de diálogo são vitais nas relações familiares, sociais e eclesiais. Por isso é conveniente que aclaremos: O que é o diálogo? Quais são as suas propriedades e dimensões? Toda a conversação ou recepção de informação é diálogo?
O diálogo é a característica essencial da pessoa, que é “espírito encarnado” e está dotada de razão. A sua estrutura dialogal capacita-o para se abrir aos seus semelhantes e ao próprio Deus. Por isso, podemos definir o diálogo como o acontecimento relacional que tem por objecto a compreensão daquilo sobre o que se conversa, e daquele com quem se conversa. Agora bem, se tudo fosse expressão falada, o diálogo não seria nada. Para que haja colóquio é importante saber “o que se diz”, “como se diz” e “quem diz”. Quer dizer, entram no jogo as dimensões humanas do pensamento, da estética e da ética.
(Mons. João do Rio, trad ama)
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