E nesta armadilha demoníaca, ao faltar-lhe a oração e a graça divina, caiu um tal Calvino, que dizia: Que na predestinação, quer dizer, desde o principio da Criação Deus já tinha predeterminado, quem se salvaria e quem se condenaria. Fizesse o que fizesse, o que está predestinado ao inferno para ali irá, e o que está predestinado para o céu, para ali há-de ir, independentemente do que faça, Deus já predeterminado quem salvará ou não, e quem se condenará. Isto explicava-o Calvino dizendo que: Aqueles que obram e vivem no temor de Deus interpretam isto como um sintoma de que se é um dos poucos eleitos, os outros se vão para o fogo eterno. Como se pode supor, na prática esta teoria marginalizava a possibilidade de arrependimento e a acção da graça divina
Esta doutrina protestante, trata de encontrar a sua justificação bíblica na carta de São Paulo a os Efésios, quando esta diz: “Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos bendisse em Cristo com toda classe de bens espirituais no céu, e nos elegeu nele, antes da criação do mundo, para que fossemos santos e impecáveis na sua presença, pelo amor. Ele predestino-nos a ser seus filhos adoptivos por meio de Jesus Cristo, conforme o beneplácito da sua vontade, para louvor da glória da sua graça, que nos deu no seu Filho muito querido”. (Ef 1,3-6). Fomos sublinhando a frase que, colhida intencionalmente e retorcida na sua interpretação, dá origem à doutrina protestante.
(JUAN DO CARMELO, trad AMA)
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