16 «Ninguém, pois, acendendo uma lâmpada a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama, mas põe-na sobre um candeeiro, para que os que entram vejam a luz. 17 Porque nada há oculto que não acabe por ser manifestado, nem escondido que não deva saber-se e tornar-se público. 18 Vede, pois, como ouvis. Porque àquele que tem, lhe será dado; e ao que não tem, ainda aquilo mesmo que julga ter, lhe será tirado».
Comentário:
Este trecho do Evangelho tem sido comentado ao longo dos séculos pelos mais insignes pensadores místicos e não parece haver nenhuma dúvida que a aparente contradição nas palavras de Cristo está bem justificada. De facto quem não cultiva a sua fé por meio da convivência com Cristo, frequência dos Sacramentos e a prática da piedade, irá inevitavelmente perdendo a fé que tem até nada lhe restar. Que fique claro: o Senhor não tira nada a ninguém é o homem que não “cultiva” o que tem.
Porque, o importante, contém-se na recomendação do Mestre: «Vede, pois, como ouvis» porque, de facto, daqui depende tudo o resto. Se se ouve com clareza, abertura de espírito e vontade de saber, então está-se no bom caminho para compreender o que se ouve se, ao invés, houver um espírito preconceituoso, uma tendência para se ouvir só o que agrada e se presume bom para nós… então não se guardou nada do que se ouviu e perde-se essa oportunidade de ficar a saber algo importante.
(ama, comentário sobre Lc 8, 16-18, 2011.08.23)
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