UMA LIBERDADE QUERIDA E RE-QUERIDA
Por isso, querer a liberdade dos filhos está muito longe de uma despreocupada indiferença sobre a forma como a utilizam. A paternidade prolonga na educação o que teve início na geração. Portanto, amar a liberdade dos filhos quer também dizer saber requerê-la.
Como Deus faz com o homem suaviter et fortiter, os pais hão-de saber convidar os filhos a usar as suas capacidades de modo a que cresçam como pessoas de bem. Talvez se apresente uma boa ocasião quando pedem autorização para determinados planos; então, pode ser oportuno responder que é ele que há-de decidir depois de ponderar todas as circunstâncias do caso, mas que tem de se perguntar se realmente lhe convém ou não o que pede, ajudando-o a distinguir a necessidade do capricho, a perceber que não é justo desperdiçar aquilo que muitos não se podem permitir, etc.
Utilizando um jogo de palavras, podemos imaginar que “requerer” se refere a uma espécie de duplo querer, querer e “re-querer”. Não é possível requerer a liberdade humana se previamente não se querem as suas consequências, se não se assumem e respeitam. Por isso, um autêntico respeito à liberdade há-de promover o esforço intelectual e exigências morais que ajudem a pessoa a vencer-se, a superar-se. Esta é a forma de todo o crescimento humano. Por exemplo, os pais hão-de pretender que os filhos, de acordo as suas idades, respeitem certos limites. Algumas vezes pode tornar-se necessário o castigo, aplicando-o com prudência e moderação, dando as razões oportunas e, claro, sem violência.
j.m. barrio
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
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