15/03/2011

LITURGIA DAS HORAS

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IV. CRITÉRIO SEGUIDO NA DISTRIBUIÇÃO DOS
SALMOS DO OFÍCIO

126. Os salmos estão distribuídos por um ciclo de quatro semanas. Omitem-se alguns salmos, muito poucos. Outros, que a tradição tornou mais conhecidos, repetem-se com mais frequência. Além disso, para os ofícios de Laudes e Vésperas, foram escolhidos salmos a condizer com a respectiva Hora.5

127. Como Laudes e Vésperas se destinam mais particularmente à celebração com o povo, foram escolhidos para estas Horas salmos que se prestam melhor a este modo de celebração.

128. Para Completas seguiu-se a norma indicada no n. 88.

129. Para o domingo, inclusive no Ofício da Leitura e na Hora Intermédia, foram escolhidos aqueles salmos que, segundo a tradição, melhor traduzem o mistério pascal.
Para a sexta-feira, escolheram-se os salmos penitenciais ou relacionados com a Paixão.

130. Os salmos 77, 104 e 105, em que mais claramente nos é revelada a história da salvação através do Antigo Testamento, como prenúncio do que viria a acontecer no Novo, reservam-se para o tempo do Advento, do Natal, da Quaresma e da Páscoa.

131. Os três salmos 57, 82 e 108, em que predomina o carácter imprecatório, foram suprimidos do ciclo do Saltério. Foram igualmente suprimidos certos versículos dalguns outros salmos, como se indica no princípio do salmo respectivo. A omissão destes textos foi motivada por uma certa dificuldade de ordem psicológica, muito embora os próprios salmos imprecatórios figurem na piedade do Novo Testamento, p. ex., em Ap 6,10, sem que de maneira alguma pretendam induzir a maldição.

132. Os salmos demasiado extensos, para poderem caber dentro de uma só Hora do Ofício, são distribuídos por vários dias, a essa mesma Hora, de modo a poderem ser recitados integralmente por aqueles que não costumam dizer outras Horas. É o que se dá com o salmo 118, que é distribuído por vinte e dois dias, tantos quantas as suas divisões, na Hora Intermédia, pois a tradição atribuiu sempre este salmo às horas diurnas.

133. O ciclo das quatro semanas do Saltério articula-se com o ano litúrgico da seguinte maneira: a primeira semana (omitindo eventualmente as outras) começa no primeiro domingo
do Advento, na primeira semana do Tempo Comum, no primeiro domingo da Quaresma e no primeiro domingo da Páscoa.
No Tempo Comum, o ciclo do Saltério segue a série das semanas. Por isso, depois do Pentecostes, retoma-se a semana do Saltério indicada no Próprio do Tempo, no princípio da respectiva semana do Tempo Comum.

134. Nas solenidades e festas, no Tríduo Pascal, nos dias dentro das oitavas da Páscoa e do Natal, o Ofício da Leitura tem salmos próprios, escolhidos de entre aqueles que tradicionalmente lhes costumam ser atribuídos. A sua congruência é posta em relevo, geralmente pela antífona. O mesmo se faz para a Hora Intermédia em certas solenidades do Senhor e na oitava da Páscoa. Em Laudes, dizem-se os salmos e o cântico indicados no Saltério para o primeiro domingo. Nas primeiras Vésperas das solenidades, dizem-se os salmos da série Laudate, segundo o antigo costume. Nas segundas Vésperas das solenidades e nas Vésperas das festas, os salmos e o cântico são próprios. Na Hora Intermédia das solenidades, com excepção daquelas de que se falou acima e salvo se caírem ao domingo, os salmos são tirados dos chamados «salmos graduais». Na Hora Intermédia das festas, dizem-se os salmos da féria ocorrente.

135. Nos outros casos, dizem-se os salmos do ciclo do Saltério, a não ser que haja antífonas ou salmos próprios.



5 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 91.


Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia
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