ADVENTO
(A pobreza que Jesus declarou bem-aventurada) está feita de desprendimento, de confiança em Deus, de sobriedade e disposição de partilhar com os outros, de sentido de justiça, de fome do reino dos céus, de disponibilidade para escutar a palavra de Deus e guardá-la no coração (cfr. Libertatis conscientia, 66)
Diferente é a pobreza que oprime a multidão de irmãos nossos no mundo e lhes impede o seu desenvolvimento integral como pessoas. Ante esta pobreza, que é carência e privação, a Igreja levanta a sua voz convocando e suscitando a solidariedade de todos para a debelar.
(joão Paulo II, Homília, México, 07.05.1999)
Evangelho: Mt 1, 18-24
18 A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. 20 Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. 21 Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados».22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. 24 Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa.
Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários.
Tema para consideração: A confissão frequente
B) A confissão (acusação) 1
1. O Concílio de Trento sublinha o facto de que não é necessário confessar os pecados veniais. «sessão 14, cap. 5º pag 27)
Objecto da confissão, só o podem ser pecados cometidos depois do baptismo. O que não é pecado não pode confessar-se. Assim, só podem confessar-se os pecados cometidos com conhecimento e vontade, os chamados pecados veniais deliberados ou intencionais; de igual modo os chamados pecados de fraqueza, em que incorremos por precipitação culpável, por excitação momentânea, por irreflexão, por falta de domínio sobre si próprio, ainda que não com plena liberdade. Não é necessário confessar o número e as circunstâncias que agravam os pecados veniais; todavia, seria conveniente tê-los em conta e inclui-los na confissão ao tratar-se de faltas mais importantes e arreigadas. São circunstâncias agravantes, por exemplo, mostrar-se falto de caridade para com um benfeitor imediatamente depois de comungar,. Antes discutia-se se podiam ou deviam confessar-se também as chamadas imperfeições, por exemplo, ter-se defendido quando teria sido mais perfeito (ainda que não um dever) calar-se; o permitir-se algo quando teria sido melhor renunciar a tal. Hoje é usual e corrente confessar também as imperfeições, primeiro porque no fundo delas geralmente se oculta algum descuido, e depois porque o seu conhecimento é útil ao confessor para a direcção espiritual. As distracções realmente não queridas, involuntárias, na oração, movimentos de impaciência, pensamentos que afloram contra a caridade, sentimentos de desamor, antipatias, juízos, se com segurança não são deliberados e involuntários, não são objecto de confissão.
Doutrina: CCIC – 594 Porque dizer: «Perdoai-nos as nossas ofensas assim
como nós perdoamos a quem nos tem ofendido»?
CIC – 2838-2839; 2862
Ao pedir a Deus Pai para nos perdoar, reconhecemo-nos pecadores diante d’Ele. E, ao mesmo tempo, confessamos a sua misericórdia, porque, no seu Filho e através dos sacramentos, «recebemos a redenção, o perdão dos pecados» (Col 1,14). Porém, o nosso pedido só será atendido se tivermos perdoado aos que nos ofenderam.
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