05/12/2010

Textos de Reflexão para 05 de Dezembro

ADVENTO

Neste tempo litúrgico a Igreja propõe à nossa meditação a figura de João Baptista. João aparece como a linha divisória entre ambos os Testamentos: o Antigo e o Novo. O próprio Senhor ensina de algum modo o que é João, quando diz: A lei e os Profetas até João Baptista. É a personificação da antiguidade e anúncio dos novos tempos. Como representante da antiguidade, nasce de pais anciãos; como quem anuncia os novos tempos, mostra-se já profeta no seio de sua mãe. Ainda não tinha nascido quando, à chegada de Santa Maria, salta de gozo dentro de sua mãe. (cf. Lc 1, 76-77). João chamou-se o profeta do Altíssimo, porque a sua missão foi ir à frente do Senhor para preparar os seus caminhos, ensinado a ciência de salvação ao seu povo.

(Stº. Agostinho, Sermão 293, 2)

2º Domingo do Advento 05 de Dezembro

Evangelho: Mt 3, 1-12

1.Naqueles dias apareceu João Baptista pregando no deserto da Judeia. 2 «Arrependei-vos, dizia, porque está próximo o Reino dos Céus». 3 Este é aquele de quem falou o profeta Isaías quando disse: “Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas”. 4 Este mesmo João trazia um vestido feito de peles de camelo e um cinto de couro em volta dos rins; e o seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre. 5 Então iam ter com ele Jerusalém e toda a Judeia e toda a região do Jordão; 6 e eram baptizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. 7 Vendo um grande número de fariseus e saduceus que vinham ao seu baptismo, disse-lhes: «Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir à ira que vos ameaça? 8 Produzi, pois, verdadeiros frutos de penitência, 9 e não vos justifiqueis interiormente dizendo: “Temos Abraão por pai!”, porque eu vos digo que Deus pode fazer destas pedras filhos de Abraão. 10 O machado já está posto à raiz das árvores. Toda a árvore que não dá bom fruto, será cortada e lançada no fogo. 11 Eu, na verdade, baptizo-vos com água para vos levar à penitência, mas O que há-de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e eu nem sou digno de Lhe levar as sandálias; Ele vos baptizará no Espírito Santo e em fogo. 12 Ele tem a pá na Sua mão, e limpará bem a Sua eira, e recolherá o Seu trigo no celeiro, mas queimará a palha num fogo inextinguível».



Nota:
Durante o Tempo do Advento não publicamos o costumado Comentário e/ou Meditação sobre o Evangelho do dia. Convidamos o leitor a fazê-lo e a amabilidade de o “postar) em comentários. 

Tema para consideração: A confissão frequente

O que significa confissão frequente? – (1)

Pode receber-se o sacramento da penitência com frequência porque uma e outra vez se reincide no pecado mortal e se quer obter de Deus o seu perdão. Aqui não falamos da confissão frequente nesse sentido. O que aqui queremos significar é a confissão frequente, repetida, de uma pessoa que normalmente não comete nenhum pecado mortal, que, portanto, vive em união com Deus e que pelo amor está ligada a Ele. Também incorre em toda a classe de infidelidades e faltas, e tem diferentes debilidades, costumes torcidos e tendências na luta contra a concupiscência e o amor-próprio. Não lhe é indiferente fracassar por vezes, ainda que não seja em coisas graves, e actuar contra a sua consciência. Preocupa-se em purificar a sua alma de toda a mancha de pecado e faltas, conservá-la limpa e fortalecer a sua vontade na aspiração para Deus. Por essa razão acode com frequência, por vezes até semanalmente, à santa confissão. Vai à procura da purificação interior, da firmeza da vontade; procura nova força para tender sempre para a união perfeita com Deus e com Cristo. Sabe bem que em consciência não está de forma nenhuma obrigada a confessar os pecados veniais que cometeu. Sabe que é ensinamento expresso da Igreja que os pecados veniais se podem omitir na confissão, porque há muitos outros meios pelos quais se podem apagar da alma os pecados veniais. Tais meios são todos os actos de verdadeiro arrependimento sobrenatural, todas as orações em que se pede o perdão dos pecados, todas as obras feitas com espírito de penitência e de expiação e todas as dores sofridas com o mesmo espírito.
Além disso, também servem todos os actos de amor-perfeito a Deus e a Cristo, todos os actos e obras de amor cristão ao próximo, feitos por motivos sobrenaturais, assim como todas as obras e todos os sacrifícios realizados por amor sobrenatural. Também são meios a prática bem-feita dos chamados sacramentais, por exemplo, da água benta; além do mais, uma série de orações litúrgicas, como o Confiteor Deo, como o Asperges me, como em especial a assistência ao santo sacrifício da Missa e a recepção da sagrada comunhão. Mediante a sagrada comunhão «somos purificados das faltas diárias», diz o Concílio tridentino (13ª sessão, cap. 2º). Veja, pois, quão fácil tornou a misericórdia de Deus a alma, animada de verdadeira ânsia de perfeição, ao reparar imediatamente uma falta cometida.

Doutrina: CCIC – 581:  Que lugar ocupa o Pai Nosso na oração da Igreja?
                   CIC 2767-2772; 2776

O Pai Nosso é a oração da Igreja por excelência e é «entregue» no Baptismo para manifestar o novo nascimento para a vida divina dos filhos de Deus. A Eucaristia mostra-lhe o sentido pleno, visto que as suas petições, fundadas no mistério da salvação já realizada, e que serão plenamente atendidas na vinda do Senhor. O Pai Nosso é também parte integrante da liturgia das Horas.

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