Para estar de acordo com o que se disse antes, o “propósito” tem de ser concreto, isto é, incidir sobre aquilo que se pretende corrigir e emendar. Também aqui, não ficar pela generalidade – não vou falar mal de ninguém – mas sim, vou tentar não dizer mal de fulano.
Fugir também à tentação de considerar grandes coisas ou de âmbito alargado, por assim dizer. A correcção interior daquilo que sabemos está mal ou é deficientemente feito, deve ser feita em pequenos passos, dia a dia.
Estabelecer metas concretas e acessíveis, que nos possamos lembrar com facilidade durante o dia. Talvez recorrendo a “avisadores”, como, por exemplo, quando toca o telefone lembrar os propósitos que nos propusemos.
Estar preparado para os “falhanços”, os retrocessos, os passos atrás é uma medida de prudente sabedoria.
Não somos santos, tentamos sê-lo e isso faz-se passo a passo, com metas curtas e objectivas, simples e sem grandes lucubrações. A tentação de derrotismo quando não se consegue o que se deseja deve ser afastada a todo o custo, porque nada desagrada mais ao tentador que dar-se conta dos nossos esforços e desejos de melhoria.
A maior parte das vezes somos de facto muito melhores do que pensamos e, por isso mesmo, devemos esquecer os resultados e dedicar-nos ao esforço por consegui-los.
Como prevenia um grande conhecedor de almas «Devemos convencer-nos de que o maior inimigo da rocha não é a picareta ou o machado, nem o golpe de qualquer outro instrumento, por mais contundente que seja: é essa água miúda, que se infiltra, gota a gota, por entre as fendas do penhasco, até arruinar a sua estrutura» (S. josemaria escrivá, Cristo que Passa, 77)
Daqui que, desistir ou achar que não se progride, é consentir que se mantenha aberta essa fresta por onde se vai insinuando o defeito que pretendemos eliminar.
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