17/11/2010

Bom Dia! 49



Com Deus não é assim.


Basta-lhe o arrependimento sentido, verdadeiro, contrito e a disposição de não tornar a cometer a mesma falta.

Conclui-se, sem esforço, que tentar imitar Deus a conceder perdão é muito mais valioso e importante que seguir o caminho de César.

Há uma atitude deveras estranha que é a que por vezes se ouve:

“Eu, perdoar, perdoo, mas não esqueço!”

O que quer isto dizer de facto?

Realmente, o que quer dizer é o que o perdão, neste caso, é algo apenas formal, subjectivo, e não uma intenção objectiva. É, em suma, uma contradição. Como se no tal “registo” se escrevesse à frente da descrição da ofensa: “Perdoado”, como faria César, em vez de, pura e simplesmente, anular o “registo” que é como Deus procede.

Dar a Deus é também dar aos outros daquilo que de Deus recebemos. Concretamente – dar – porque de Deus, recebemos gratuitamente, não nos sendo lícito, portanto, cobrar seja o que for, ou mesmo a expectativa de recompensa. Tem de ser algo tão natural, simples, e, dir-se-ia, automático que se torne numa atitude corrente e habitual.
É por isso que, como já vimos antes, a solidariedade social, é de facto um acto, simultaneamente, de dar a César e dar a Deus.

Dar a César porque lhe corresponde a função de distribuir equitativamente os bens de que dispõe, não favorecendo uns em detrimento de outros e, só o poderá fazer, se nós cumprirmos a nossa parte dando do que temos e, não só, dispondo do que eventualmente tenhamos a mais.

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