Assim os que assumem cargos públicos para os quais não têm aptidão, mais não fazem que fazer de péssimos actores de uma peça da qual não conhecem nem o argumento e, muito, menos, a mensagem que se espera têm de transmitir aos espectadores.
Ora, a vida real, concreta, comum, não é uma peça de teatro que, normalmente, traduz situações inventadas num determinado contexto, mas, sim, uma realidade concreta feita de inúmeras e diversificadas facetas, de coisas pequenas e grandes, de actos de coragem e fugas cobardes, atitudes mesquinhas e, outras, grandiosas em que seres humanos muito ou pouco diferentes entre si, têm objectivos, esperanças, ambições e propósitos, por vezes díspares e antagónicos.
Servir nestas condições é, sem dúvida, um acto de coragem que, para ser verdadeiro, necessita de reflexão e séria ponderação.
“Aceito e, depois… logo se vê…”
Parece ser, cada vez mais atitude frequente. E, o “logo se vê” traduz-se inevitavelmente numa sucessão de disparates, erros, por vezes graves e com consequências tremendas.
Mas, isto tudo, de facto, não é de César que não espera, não pode querer nada disto. Não convém, portanto, dar-lho porque, mais tarde ou mais cedo, César, rejeitá-lo-á e, muito provavelmente, exigirá ser ressarcido do engano.
Ao contrário de Deus, César não perdoa sem castigar, ou seja. O seu perdão tem sempre um preço proporcional.
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