22/10/2010

Bom Dia! Outubro 22, 2010


Ser herdeiro envolve uma responsabilidade que, em suma, pode resumir-se dizendo que tem de comportar-se com a dignidade que lhe é própria de acordo com a grandeza da herança que lhe caberá.
Aqui também se vê que este comportamento não contempla a passividade porque, como na parábola se descreve, o filho mais velho, não obstante ter essa atitude, acaba por se revelar, também, como não digno daquilo que o Pai lhe reserva. Talvez tenha ficado com o Pai por conveniência, por não querer correr nenhum risco em nenhuma aventura serôdia mas, também, parece nada ter feito para merecer a herança. Parece julgar ter uns direitos que não lhe foram satisfeitos, ou uma insatisfação que não sabe explicar bem.
O pai diz-lhe que, estando ele sempre na sua companhia, o que é dele é como se fosse seu, mas ele não entende esta realidade extraordinária porque está preso a coisa mínimas de importância muito reduzida: um cabrito, de vez em quando, para festejar com os amigos, benefício que, aliás nunca pediu passando para o pai o ónus de adivinhar os desejos que quer ver satisfeitos.
Novamente, o arrependimento parece fulcral neste episódio não, talvez, pelo arrependimento em si, mas pela decisão de tomar uma posição activa, de empreender decididamente uma acção cujas repercussões nem sequer calcula ou adivinha.
Ou seja, o filho mais novo faz alguma coisa, assume uma posição, toma uma atitude. Não fica, cómoda e passivamente à espera que tudo lhe seja posto no regaço sem nenhum esforço da sua parte.

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