19/10/2010

Bom Dia! Outubro 19, 2010


Quando alguém se debruça sobre si mesmo, procurando, num esforço sério e desinibido por traçar um quadro que corresponda ao seu carácter, está a procurar no seu íntimo, aquilo que o levará a concluir o que interessa muito ou pouco, o que convém manter e fazer progredir e o que interessa banir. Está, decididamente, a tentar construir uma vida interior orientada para o que verdadeiramente é e não o que, talvez, pretenda ser.
Normalmente deste exercício, não nasce a auto-satisfação mas o desejo de conseguir progredir naquilo que considera pontos fracos do seu carácter.
A aparência, o que os outros possam pensar de si, deixa de ter tanta importância como o desejo de melhorar naquilo que tem de bom e expurgar o não o seja tanto.

Poderíamos dizer que, a vida interior, é a estrutura sobre o qual assenta o projecto de vida de cada um e como, qualquer construção, não se começa nunca pela cobertura mas pelos alicerces sobre os quais se vai erguendo aos poucos o edifício importa que a formação do carácter comece desde os primeiros anos da razão.
Dar à criança uma educação estruturada em valores perenes e indispensáveis é uma obrigação grave. Ir “formatando” o seu carácter para que entenda que a vida não se limita a actos exteriores de mera reacção física, empírica ou não, mas sim a fruto de reflexão e amadurecimento.

Actuar como numa cedência aos ímpetos, aos impulsos não passa de reacções mais ou menos estéreis, sem raiz ou autenticidade. Fazê-lo com a consciência de que se aplicou o melhor que se tem para agir correctamente traz consigo uma satisfação e tranquilidade íntimas mesmo que se tenha errado. Mais, nestas circunstâncias a pessoa está preparada para emendar ou pelo menos tentar corrigir, o que está mal, obtendo com isso um ganho pessoal e uma credibilidade social. 

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