09/10/2010

Bom Dia! Outubro 09, 2010


Chegado o momento das opções sérias que podem mudar de forma mais ou menos radical a própria vida, a pessoa deficientemente formada não tem capacidade de eleição e, até talvez, lhe passe despercebido esse chamamento íntimo, que normalmente se denomina como vocação própria.
O que vou fazer da minha vida?
Esta a questão fundamental com a qual, mais tarde ou mais cedo, o homem se depara.
A descoberta da vocação implica uma finura interior, de carácter, de estabilidade de emoções e sentimentos que daram as pistas necessárias para que essa descoberta seja concretizada numa certeza: Sim, é isto que eu, definitivamente, quero para a minha vida.

Sem estas características o homem debate-se em mil opções diferentes que lhe vão surgindo com diversos matizes, quase sempre, vagos ou pouco concretos.
O pior é que pode passar o resto da sua vida neste estado de indecisão, movendo-se de uma opção para outra, mudando de sentido ou orientação ao sabor quer de conveniências que julga importantes ou quimeras com pouca ou nenhuma profundidade ou sustentação.
Daí surgem os maus profissionais que não cumprem o que é lícito esperar deles e que arrastam a tal vida medíocre e conformada que citámos antes.
Se este factos têm uma importância fundamental na vida do indivíduo e da sua integração na sociedade, ajustando-se num lugar e papel que sabe ser o seu e para o qual tem aptidões que adquiriu, ou seja, se exerce aquilo para o qual a sua vocação o inclinou parece legítimo deduzir-se que na ausência destas linhas mestras a pessoa tenda para um desajustamento e uma insatisfação pessoal permanentes podendo cair na tentação de procurar soluções tardias que pode ser levado a experimentar na tentativa de colmar essas faltas.
Daqui o abandono da profissão, ou da família que entretanto se foi formando, a troca das realidades estáveis pela cedência a impulsos criadores, quase sempre, de situações precárias de instabilidade.




Infelizmente, esta parece ser, cada vez mais, uma situação comum assistindo-se a um interminável cortejo de homens e mulheres, crianças e adultos vivendo vidas que não os tornam felizes de forma estável mas, talvez, apenas por escasso tempo. Poderiam – a palavra é forte – chamar-se “desajustados” que arrastam atrás de si inúmeras pessoas que, de alguma forma, são afectados por essas decisões.

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