15/06/2010

VIRTUDES - ALEGRIA

ALEGRIA

O que é?

Não encontrei, até hoje, uma definição que me satisfizesse. Porquê? Talvez não ela não exista realmente.
Se perguntar a alguém mergulhado na tristeza, possivelmente dir-me-ia que é o que lhe falta.
É interessante constatar que só existe uma dimensão da alegria. Não se pode estar muito ou pouco alegre ou... assim-assim... A alegria é, evidentemente, uma virtude e como tal, não é algo que às vezes se tem e outras não. (comparando, não se é honesto intermitentemente, ou se é, sempre ou não se é).

A pessoa pode ser alegre e ter, como toda a gente, problemas e desgostos.
Parece um disparate alguém poder encontrar alegria num desgosto mas, não é.

Sendo uma virtude é claro que pode possuir-se em maior ou menor grau, isto é, ter uma sensação mais ou menos intensa que se sobreponha, sempre com êxito, ao seu contrário.
Por outras palavras, quem goza desta virtude nunca estará triste pelo simples facto de não ser possível a sua coexistência. É um erro comparar uma virtude com um defeito. Não se podem comparar naturezas diferentes.

A alegria encontra, sempre, algo positivo, valorizável e construtivo no que, na vida de cada um, se apresenta como uma negação, sem valor ou destrutivo.

Posso permanecer alegre na dor, na provação, na carência, na morte?

Sim, posso e, a razão é simples de perceber: porque nada, na nossa vida, é definitivo, determinante, sem remédio ou solução.
Logo, não será isto motivo bastante para a alegria permanecer?

As manifestações externas são, só, isso. O choro, por exemplo não é necessariamente uma manifestação de tristeza, pode muito bem ser a exteriorização de arrependimento, que é, em si mesmo, algo bom e, sempre, motivo de alegria.

Como também é claro que o riso, a expansão efusiva de um sentimento, pode ser apenas um reflexo de algo que subitamente alterou um estado.
Daqui que, fundamentalmente, só exista uma verdadeira alegria e que é:

A ALEGRIA DOS FILHOS DE DEUS.

Exactamente.
Quem se sabe e reconhece esta condição, sabe que tudo, absolutamente tudo, quanto possa acontecer na sua vida é permitido pelo seu Pai Deus, portanto, será, sempre, para seu próprio bem.

Não é, este, um motivo suficiente e bastante para uma profunda alegria?

(ama, dissertação sobre a Alegria, 2010.05.25)






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