20/08/2008

Denário

Fui um dos “primeiros” a ser chamado para a Tua vinha. E, nesta felicidade que é o ser chamado, encontrei-me muitas vezes “acomodado”, como se, tivesse tido o “direito” de o ter sido, em vez de, como é verdade, considerar que o fui unicamente pela Tua Bondade e Misericórdia.
Umas vezes foi o calor da tarde – as comodidades, as prisões - que me impediu de trabalhar com afinco, outras foi o preconceito de ver outros a serem chamados depois de mim e serem tratados por igual.
Olho, Senhor, para esse Denário que entregas aos que vão acabando o seu dia e não posso deixar de sentir a minha indignidade para o receber: tenho trabalhado tão mal, com má vontade, contrafeito, com falta de empenho…
Nas horas que me restarem como trabalhador na Tua vinha, vou empenhar-me a fundo no meu trabalho.
Certamente que não o farei como devo mas, de certeza, vou fazê-lo como posso: com todo o amor e dedicação.
(AMA, Meditação, Mt 20, 1-16, Agosto 2008)

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