Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re Lc XVIII)
Ouvi alguém que pedia a Jesus que interviesse numa
disputa que tinha com um irmão sobre uma herança e, ouvi a resposta de Jesus que
lhe respondeu dizendo que nãoera juíz de ninguém.
No tempo de Jesus a Justiça cabia à classe dos
Juízes que constituiam como que uma casta da sociedade, quase omnipotentes,
cujas decisões eram definitivas, gozando de bens incontáveis oriundos das
"comissões e percentagens" dos assuntos que julgavam. Por isso, a
Parábola do JUÍZ INÍQUO é, para mim, um paradigma da Justiça.
Vejamos bem: na Parábola diz-se que o Juíz
"não temia a Deus nem respeitava os homens", e, mais adiante, se
resolve a fazer justiça à pobre viúva para que "não venha contínuamente
importunar-me".
Considero que esta pobre viúva da Parábola
prefigura os muitos milhões de vozes suplicantes que tentam fazer-se ouvir na
sua busca de justiça; uma multidão incontável de seres humanos sacrificados
ainda no ventre materno por motivos e razões aberrantes e bestiais.
No Seu Sacratíssimo Coração, Jesus Cristo, deverá
seguramente ter encontrado um local onde estes INOCENTES aguardam pelo Juízo
Final. Aí, ouvir-se-á o seu clamor e todos os que tomaram posições concretas,
legislando e aprovando leis iníquas escudando-se em falsas "obrigações do
cargo", hão-de empalidecer ao contemplar a expressão de repúdio que o
Supremo Juíz mostra na face.
E os outros todos que, embora não tendo participado
activamente, decidiram ignorar o assunto.
O Rei Balduíno da Bélgica, agiu como a sua
consciência de cristão lhe exigia e, para não ter de ractificar uma lei aprovada
no Parlamento, lei essa que legislava sobre o aborto, pura e simplesmente
resignou como Monarca dos Belgas.
O efeito desta atitude foi imediato, perante a
reacção popular, o Parlamento retirou a proposta de Lei.
Na verdade!!!
Bom... Balduíno era Monarca mas era cristão e
SANTO!!!
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