Mês de Maio
Abandono
em Jesus
«Por
isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de
comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir.
Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o
vestido?» (Cfr Mt VI, 23…)
A
escutar estas palavras de Jesus senti como que um "baque" dentro de
mim... o que são, verdadeiramente, as inquietações da minha vida? Coisas
materiais ou do espírito? Algo que passa, que morre, ou um valor pelo qual vale
a pena inquietar-me para o conseguir?
Chego
á triste conclusão que tenho vivido de tal forma absorto em conseguir aquelas
que me esqueço... ah tantas vezes... que o que importa é acreditar firmemente
que o Senhor nunca permitirá que me falte algo que seja absolutamente
necessário para atingir o fim para o qual me criou: A Vida Eterna!
Ele
sabe muito bem o que preciso e mesmo que tenha fome, esteja despido, não tenha
abrigo, confio que se Ele o permite é porque desses males aparentes tirará
sempre, incomensuráveis bens concrectos.
Não
o fará, contudo, se eu não aceitar... verdadeiramente aceitar... que quanto me
acontece é porque Ele o permite e, sendo assim, estimula o meu desejo de
aceitar a Sua Justíssima Vontade sobre todas as coisas.
-
Senhor... eu não valho nada, eu não posso nada mas... Tu vales tudo, podes
absolutamente tudo, entrego-me total e confiadamente nas Tuas Mãos Amorosas,
certo que Tu És é o Caminho, a Verdade, a Vida.
Nos
perigos, nas angústias, em todos os momentos de dúvida, pensa em Maria, invoca
Maria.
Que
este nome sagrado não se afaste do teu coração e não falte jamais nos teus
lábios.
Seguindo
esta Estrela, não te desviarás.
Se a
invocares com humildade, não desesperarás.
Se
pensares em Maria, não errarás.
Se
ela estiver contigo, não cairás.
Se
te proteger, nada temerás.
Com
ela, como guia, não te fatigarás.
Se
te for propícia, chegarás à meta, firme e seguro.
Quem
quer que sejas, sacudido pelo vendaval das tempestades deste mundo, sentindo a
terra como um mar devorador, não afastes os olhos do fulgor desta Estrela.
Quando
soprar o vento tempestuoso e traiçoeiro da tentação, quando te sentires batido
contra os escolhos perigosos da tribulação, olha para a Estrela e invoca Maria.
Se
te açoitarem as ondas da soberba, da inveja, da maledicência, olha para a
Estrela, invoca Maria.
Quando
sentires a ira, a avareza, a carne e a tristeza tentarem fazer soçobrar a
barquinha frágil de tua alma, olha para a Estrela, invoca Maria…
(São
Bernardo de Claraval)
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