20/10/2022

Publicações em Outubro 20

  


Santíssima Virgem - Outubro - Mistérios do Evangelho

 

Jesus e o cumprimento da Lei

Jesus ensina-nos com muita clareza o dever que temos de obedecer ás leis emanadas pelos que têm poder para tal como será o caso dos pagamento de impostos.

Poderão estes ser considerados justos ou abusivos, sujeitar uns e libertar outros mas esta será uma questão de justiça.

O que permanece é a obrigação.

«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» foi o que nos recomendou.

Mas, pergunto-me: não é TUDO de Deus?

Evidentemente que sim e, por isso mesmo ao pagar o que devo pagar como cidadão, impostos, taxas… o que for, estou a cumprir a Vontade Soberana de Deus e deve ser só isso que me interessa considerar.

Mas… será que não terei direito a reclamar de um pagamento que me é exigido e que eu considero ilegal ou injusto?

Jesus, disse-o Ele mesmo, não é árbitro em questões particulares entre os Seus Filhos mas está pronto a ajudar e intervir para aplicar a justiça.

Temos o dever, a obrigação de reclamar do que consideramos ser injusto e, neste caso dos impostos, taxas, etc. se são injustos para nós também o serão para muitos outros  pelo que exigir que haja justiça será um bem para todos.

Não é justo e, portanto, não é aceitável que não haja equidade entre todos, que uns sejam sobrecarregados com ónus que os oprimem e dificultam uma vida digna e outros vivam na abundância pagando tanto ou ainda menos que os outros.

De facto verifica-se que o poder do dinheiro consegue por ínvios caminhos, artimanhas legais, “jogos” e concluios de interesses, manipular as contas públicas e os que têm por dever de aplicar as leis.

A Santíssima Virgem seguramente não teria destes problemas, São José deveria prever e ter em devida ordem “a Contabilidade” familiar como prova, por exemplo, a sua ida ao Templo para “pagar” o que a Lei mandava que se pagasse pelo nascimento de um filho.

Sim… reclamar se encontro razões para tal é um direito meu e, até, um dever, mas, primeiro, cumprir atempadamente quanto devo cumprir.

E a Santíssima Virgem terá deixado de ir ao Templo à cerimónia da Purificação quando sabia muito bem que não precisava purificar-se?

Terá, talvez, pensado: eu sei mas os outros não!

E por isso foi ao Templo e sujeitou-se à Cerimónia como uma simples mulher que dera à luz um filho sem, por um momento lhe ocorrer dizer que Era Imaculada e O filho que dera à luz era Deus Nosso Senhor.

Os outros têm os olhos postos em mim e sabem que sou cristão que pensariam se me vissem eximir-me a pagar  os impostos sem uma justificação correcta?

Cumpre aos cristãos, cumpre-me a mim, dar exemplo de conduta como cidadão exigindo, se for caso disso, respeito pelos meus direitos mas não deixando de  cumprir os deveres que me cabe cumprir.

O exemplo dá-se com obras concretas e não com palavras ou conselhos.

Não fazer o que se diz aos outros que deve ser feito é hipocrisia grave.

Talvez que a hipocrisia fosse o defeito que Jesus Cristo mais acusava os Chefes, Fariseus, Escribas e outros destacados judeus com palavras duras, sem rebuço…

«Ai de vós fariseus hipócritas… ai de vós!!!».

 

 

 

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