Santíssima Virgem - Outubro -
Mistérios do Evangelho
Jesus
e o cumprimento da Lei
Jesus
ensina-nos com muita clareza o dever que temos de obedecer ás leis emanadas
pelos que têm poder para tal como será o caso dos pagamento de impostos.
Poderão
estes ser considerados justos ou abusivos, sujeitar uns e libertar outros mas
esta será uma questão de justiça.
O
que permanece é a obrigação.
«Dai
a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» foi o que nos
recomendou.
Mas,
pergunto-me: não é TUDO de Deus?
Evidentemente
que sim e, por isso mesmo ao pagar o que devo pagar como cidadão, impostos,
taxas… o que for, estou a cumprir a Vontade Soberana de Deus e deve ser só isso
que me interessa considerar.
Mas…
será que não terei direito a reclamar de um pagamento que me é exigido e que eu
considero ilegal ou injusto?
Jesus,
disse-o Ele mesmo, não é árbitro em questões particulares entre os Seus Filhos
mas está pronto a ajudar e intervir para aplicar a justiça.
Temos
o dever, a obrigação de reclamar do que consideramos ser injusto e, neste caso
dos impostos, taxas, etc. se são injustos para nós também o serão para muitos
outros pelo que exigir que haja justiça
será um bem para todos.
Não
é justo e, portanto, não é aceitável que não haja equidade entre todos, que uns
sejam sobrecarregados com ónus que os oprimem e dificultam uma vida digna e
outros vivam na abundância pagando tanto ou ainda menos que os outros.
De
facto verifica-se que o poder do dinheiro consegue por ínvios caminhos, artimanhas
legais, “jogos” e concluios de interesses, manipular as contas públicas e os
que têm por dever de aplicar as leis.
A
Santíssima Virgem seguramente não teria destes problemas, São José deveria
prever e ter em devida ordem “a Contabilidade” familiar como prova, por
exemplo, a sua ida ao Templo para “pagar” o que a Lei mandava que se pagasse
pelo nascimento de um filho.
Sim…
reclamar se encontro razões para tal é um direito meu e, até, um dever, mas,
primeiro, cumprir atempadamente quanto devo cumprir.
E
a Santíssima Virgem terá deixado de ir ao Templo à cerimónia da Purificação
quando sabia muito bem que não precisava purificar-se?
Terá,
talvez, pensado: eu sei mas os outros não!
E
por isso foi ao Templo e sujeitou-se à Cerimónia como uma simples mulher que
dera à luz um filho sem, por um momento lhe ocorrer dizer que Era Imaculada e O
filho que dera à luz era Deus Nosso Senhor.
Os
outros têm os olhos postos em mim e sabem que sou cristão que pensariam se me
vissem eximir-me a pagar os impostos sem
uma justificação correcta?
Cumpre
aos cristãos, cumpre-me a mim, dar exemplo de conduta como cidadão exigindo, se
for caso disso, respeito pelos meus direitos mas não deixando de cumprir os deveres que me cabe cumprir.
O
exemplo dá-se com obras concretas e não com palavras ou conselhos.
Não
fazer o que se diz aos outros que deve ser feito é hipocrisia grave.
Talvez
que a hipocrisia fosse o defeito que Jesus Cristo mais acusava os Chefes,
Fariseus, Escribas e outros destacados judeus com palavras duras, sem rebuço…
«Ai
de vós fariseus hipócritas… ai de vós!!!».
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