Dentro
do Evangelho – (cfr:
São Josemaria, Sulco 253)
(Re
Mt XI…)
Ouvi aquela mulher que do meio da multidão que
rodeava Jesus, gritou:
«Bemdito
o ventre que Te trouxe e os peitos que Te amamentaram»!
Sim... foi um grito como que irreprimível,
espontâneo de uma mulher do povo.
É, talvez, o primeiro elogio público da Santíssima
Mãe de Jesus que consta no Evangelho.
De facto, esta Senhora, aparece poucas vezes nos
relatos evangélicos, com, talvez, excepção de São Lucas que dedica páginas
entranháveis à Santíssima Virgem só possíveis de escrever porque a
"entrevistou" detidamente.
Na sua Humildade, a Mãe de Jesus, compreendeu que
seria muito útil e conveniente para os seus filhos, os homens, saber detalhes, diria íntimos, de quanto diz respeito ao seu
Divino Filho.
Ficamos a saber e conhecer detalhadamente os factos
da Anunciação do Arcanjo, a visita a Santa Isabel, com a revelação do
extraordinário canto MAGNIFICAT, as dúvidas, ou reticências de São José, a Fuga
para o Egipto, a perda e reencontro com Jesus no Templo, a feroz e impiedosa
perseguição de Herodes.
Depois, com mais ou menos trinta anos de hiato,
volta a aparecer, nas Bodas de Caná onde demonstra o seu cuidado e carinho por
todos.
«Não
têm vinho»!
E, depois... «Fazei
quanto Ele vos disser».
De Caná até ao Gólgota não aparece mais e, mesmo
aqui, terminado o drama, é mencionada como tendo recebido nos braços o cadáver
do Seu Filho; está na Anunciação, no Nascimento na gruta de Belém, na aridez
sanguinolenta do Gólgota; no princípio de tudo... no fim de tudo!
Mas... na verdade não é bem assim... vai estar
presente no Cenáculo quando o Divino Espírito Santo Se derrama em Línguas de
Fogo, está presente na sua humilde moradia de Nazareth, a porta sempre franca
para os que a procuram, nomeadamente Os Doze, aconselhando, acalmando,
transmitindo Fé, Confiança e Esperança.
Nos tempos dramáticos de ferocissímos ataques à Fé,
sobretudo à guardiã da Fé, a Santa
Igreja, como acontecia em Portugal em 1917, ela vem falar com uns humildes
pastorinhos e transmitir-lhes uma missão urgente e imperiosa: Rezar pelos
pecadores, rezar diariamente o Santo Rosário.
Desde 1917 quantos milhões de pessoas não foram - e
continuam a ir - a Fátima, pessoas "importantes", ilustres,
Governantes, Sábios, Papas; e, também gente anónima, humilde.
Todos têm algo em comum: venerar, agradecer, pedir
o que for e, todos voltam para suas casas com o coração cheio, a confiança
restaurada, a fé mais vibrante.
Uma MÃE! Por desejo expresso do Seu Divino Filho...
A MINHA MÃE!
Reflexão
Regras morais
Moral rules must be obeyed when itdoesn't suit
us. Otherwise, why would we need rules? (Ken Follet, Edge
of eternity)
Esta
"sentença" parece-me muito feliz e adequada ao que me proponho
reflectir.
O conceito de
"regra moral" não tem várias interpretações consoante conveniências
ou circunstâncias, é apenas um: os limites em que a moral se move e actua.
Pode definir-se moral
desta forma:
Moral é o conjunto de
regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do quotidiano,
e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade.
Etimologicamente, o
termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos
costumes”.
As regras definidas
pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma palavra relacionada
com a moralidade e com os bons costumes.
Está associada aos
valores e convenções estabelecidos colectivamente por cada cultura ou por cada
sociedade a partir da consciência individual, que distingue o bem do mal, ou a
violência dos actos de paz e harmonia.
Os princípios morais
como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, e etc., determinam o
sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta
humana e as relações saudáveis e harmoniosas.
Não pode alguém
dizer, por exemplo, 'a minha moral é esta!
Tal não faz nenhum sentido, não quer dizer outra coisa que: 'eu próprio
restabeleço o que é ou não a moral'.
Pode também
definir-se moral como o comportamento correcto e impecável do homem nas
diversas actividades que desenvolve na sua vida. A correção e impecabilidade
não oferecem várias interpretações, estão ao abrigo de qualquer reparo, crítica
ou correção por parte de outros.
Tem, além do mais,
uma característica muito própria: a moral é a base do comportamento, por isso é
comum dizer-se de alguém cujos actos se caracterizam pela sua maldade ou
irregularidade, fora dos padrões considerados aceitáveis pela sociedade em
geral, que tal pessoa é amoral, isto é, não tem moral.
Mas o que vêm a ser
os actos moralmente aceites pela sociedade?
Lembremos do Antigo
Testamento o que se passava na cidade de Sodoma.
A ausência de
critérios de pureza, respeito pelo corpo - próprio e alheio - eram um hábito
adquirido e, portanto, aqui não cabiam conceitos de prevaricação moral. Mas não
obstante isso as regras existiam.
Links sugeridos:
Evangelho/Biblia
Santa Sé
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