Dentro do Evangelho
(Re
Lc XVII, 1 -2)
Jesus,
ao referir-Se aos "pequeninos", quer dizer: os que são os mais
vuneráveis e desprotegidos independentemente da idade que têm.
Escandalizá-los,
da forma que for, com o comportamento daqueles que têm como chefes, exemplos porque
de alguma forma têm postos neles os olhos e a atenção, é tão grave que «mais
valia que lhes pendurassem ao pescoço uma mó e os precipitassem no mar»!
Nem
sequer refiro os actos de cariz sexual abusivo, porque os consideros de tal
forma vis, aberrantes, nojentos, mas outros: como a promoção de leis
iníquas, os abusos do poder, os desvios de dinheiros e bens, as violações da
liberdade pessoal e da dignidade humana.
Quantas
e quão apertadas contas terão de prestar!
Reflectindo
Tenho por norma
reflectir diariamente sobre factos da vida corrente, desejos e
"quereres" pessoais, os outros.
Quanto aos dois
primeiros consigo de alguma forma o objectivo em vista: ponderar, fazer exame.
Quanto ao segundo
tenho forçosamente que rodear-me de cuidados redobrados para que "a
louca da casa" como Santa Teresa de Jesus chamava à imaginação, não me
leve por considerações intermináveis de avaliação, crítica, reparo excessivo.
Isto por um motivo muito concreto... tendo a estabelecer termos de comparação
em que eu sou o modelo e os outros os imitadores.
Tento cair na
realidade... eu serei modelo de quê?
Como em frente de
um espelho tento descortinar esse "modelo" e fico sempre algo
admirado com o que vejo reflectido: Uma pessoa comum, sem nenhum traço de
genealidade que a distinga.
Depois, atento
melhor e… descubro algo muito específico: Sou Filho de Deus e, aqui sim… fico
ufano, vaidoso, satisfeito: Que honra! Que dignidade! Que maravilha!
Mas… não o somos
todos?
Claro que sim,
tomos os seres humanos somos filhos de Deus mas, no que a mim respeita, gosto
de pensar que o sou porque, sem qualquer mérito da minha parte, Ele assim o
quis, sem dúvida, mas porque, eu QUERO, ser Seu filho, proceder e viver como
tal, tentar com todas as veras da minha alma corresponder sempre aos projectos,
desígnios que terá para mim.
Com “tal Pai” como
será possível?
Só vejo uma
solução: que Ele me ajude a corresponder ao que de mim espera!
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