Jesus
Cristo garante-nos que «grande será a
recompensa nos Céus dos que sofrerem por causa do Seu Nome.»
Sofrer
por Cristo, pelo Seu Santíssimo Nome, a Sua Igreja, é um facto recorrente de
todos os tempos.
Não é
necessário lembrar os espectáculos no Circo de Roma porque, hoje em dia, este
mesmo dia, milhares de cristãos são atacados, feridos de morte, sujeitos às
maiores violências pelas feras que odeiam O Senhor nosso Deus. No terceiro
milénio depois da Ressurreição de Cristo, neste mesmo mundo dominado pela
tecnologia e pela cultura, prossegue essa perseguição que o próprio Senhor
anunciou.
Nós,
cristãos que vivemos numa sociedade supostamente civilizada, recebemos a força
da nossa Fé directamente desse sangue que milhares de inocentes derramam pela
mesma Fé.
Consola-nos
saber que: Grande será a sua recompensa
nos Céus!
Jesus Cristo proclama
o Sermão da Montanha que será, ao longo dos tempos, como que uma “Magna Carta”
sobre a felicidade.
Os pobres em
espírito; Os que choram; Os mansos; Os que têm fome e sede de justiça; Os
misericordiosos, Os puros de coração; Os pacificadores; Os que sofrem
perseguição por amor da justiça; Os perseguidos, que sofrem insultos e
calúnias.
Em nome de Cristo,
por amor a Deus, todos estes receberão a ventura eterna, portanto, alcançarão a
felicidade maior a que se pode aspirar.
Para os que ouviam Jesus, estas Suas palavras devem ter sido consoladoras e
tranquilizado muitos. "Ovelhas sem pastor", como Jesus lhes chamava,
encontravam um discurso positivo e concreto, quando o que recebiam dos chefes
do povo era apenas um conjunto informe de regras restritivas algumas
absolutamente absurdas. Para os responsáveis,
Deus estava tão sumamente distante que era inacessível e não havia sequer o
direito de pronunciar o Seu nome.
Jesus Cristo aparece no meio do povo, um homem simples e amistoso que fala
de Si próprio e da Lei Deus com uma autoridade singela e indiscutível.
Muitos se aperceberão que é o próprio Deus Quem lhes falta e ensina.
Este discurso de Jesus ficará para sempre como um legado extraordinário da
misericórdia divina.
Qualquer ser humano pode encontrar a alegria, a paz e a consolação de saber
que as suas acções e comportamento terão um prémio, encontrarão eco no Coração
Amantíssimo de Deus, eco esse que terá um efeito de grande, enorme importância
para a vida de todos os dias, individual e colectiva.
Parece algo estranho
– ou controverso – que Jesus diga expressamente: «Se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos
homens, será o menor no Reino do Céu»
Porque pode
parecer-nos que quem pratica estas faltas não será digno do Reino dos Céus. Mas
temos de considerar que o Senhor não condena ninguém pelas faltas que comete –
pequenas ou grandes – porque deixa sempre “a porta aberta” ao arrependimento,
sendo que – e aqui Jesus foi muito claro – a falta deste (os pecados contra o
Espírito Santo) condenam irreversivelmente o homem. Ou seja, mais uma vez se
refere que Deus Nosso Senhor detesta o pecado e não o homem, este é que é responsável
pela sua própria condenação.
Pelas palavras de Jesus podemos concluir que, na Vida Eterna, não haverá
como que uma “nivelação” de todos. Haverá “grandes” e “pequenos”, o Senhor
afirma-o. Isto tem importância? Penso que sim, embora considere que, na Vida
Eterna, o Supremo Bem é a visão beatífica da Face de Deus. Tem a ver, sim, com
a obrigação de fazermos o melhor que pudermos e não nos contentarmos com os
“mínimos”, como que “ir andando”, não fazendo muitos disparates, não pecando
com gravidade e… pronto! Quem assim procede corre um perigo enorme,
porque quanto mais baixo se voa maior é a possibilidade de chocar com um
obstáculo que trave o “voo” e, a queda, pode ser grave.
Deve ser terrível a responsabilidade de alguém que propositadamente ensina,
propaga o erro, a falsa doutrina
Quanto mais grave, quanto maior a inocência e fragilidade de quem é objecto
de tal procedimento mais “apertadas” serão as contas que terá de prestar.
Poderá alguém ter dúvidas sobre como alcançar a Vida Eterna?
Pelas palavras de Jesus podemos ver claramente o caminho e a obrigação. Cumprir
a Lei não basta é necessário levar outros a fazer o mesmo.
Um autêntico e definitivo aviso de Jesus Cristo sobre o comportamento de
qualquer ser humano. Não há meias palavras nem tergiversações, mas tão só
afirmações muito concretas e reais sobre o procedimento a ter como norma de
vida. Pagar o que se deve, ter atenção ao próximo e ás suas necessidades,
viver, em suma, com inteireza e verdade nos actos como nas acções concretas. Estas
é que têm valor, não as intenções nem os desejos. Como posso estar
"bem" com Deus quando estou "mal" com o meu próximo? Acaso
o Senhor poderia aceitar tal coisa?
Infelizmente há alguns cristãos que vão pela vida fora como actores. Sim… não
exagero! Frequentam com assiduidade a Igreja e os Sacramentos, usam
grandiloquência sobre assuntos da religião, mas, privadamente, mantêm uma lista
de agravos e reivindicações que aguardam ocasião para cobrar e fazer.
Ofensas antigas, más interpretações, juízos precipitados e malévolos e
coisas do mesmo género de que se sentem credores quando, na maior parte das
vezes, são eles mesmos os devedores. Há que pôr as coisas em ordem e agir com
critério em toda e qualquer circunstância que o cristão é-o sempre e não apenas
quando é conveniente.
Jesus Cristo vem como que "preparar o terreno" para o que será o
Mandamento Novo.
O amor ao próximo é inseparável do amor a Deus ou, por outras palavras, não
é possível amar a Deus sem amar o próximo. Este mandamento é - se se me permite
a expressão - absolutamente lógico porque sendo os homens TODOS filhos de Deus,
pertencendo à Família Divina, não se concebe que não se amem entre si.
Do amor nasce a união e o Senhor quer que sejamos «Um como Ele e o Pai são UM!»
O Senhor deixa bem claro que os dois primeiros mandamentos - amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos - são inseparáveis e não
pode conceber-se um sem o outro. O Senhor tem a prioridade mas esta não
existirá sem a segunda.
Talvez que nunca nos demos conta que amar o próximo pode tornar-se muito
mais difícil que amar a Deus. Não nos atrevemos a "julgar" Deus ou
pôr em causa se O devemos amar ou não. Já quanto ao próximo muitas vezes
guardamos ressentimentos, avaliamos a sua conduta, fazemos o papel de juízes e
críticos. E, tal excede em muito o que não podemos nem devemos fazer.
Há uma “declaração” de Jesus que, forçosamente, nos
fará pensar detidamente: «todo aquele que olhar para uma mulher,
cobiçando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração». Aqui se vê a
importância da “guarda da vista” porque ver é algo muito diferente de reparar. Quantos
pecados – por vezes bem sórdidos – têm a sua origem na vista?
Aliás, todo o pecado, por assim dizer, é sórdido, mau,
aberrante, mas, e no caso vertente, ninguém ignora que o nosso pensamento e
imaginação nos levam por vezes por caminhos de incrível perversidade. Basta um
segundo, um fugaz pensamento, um desejo mal expresso e, todavia, deixámo-nos
corromper.
Tenhamos bem presente o seguinte: Ao demónio não lhe
interessa nada que nos concentremos na oração, que, inclusive, nos preparemos
com todo o amor e compunção para receber a Comunhão Eucarística e, assim, não
raramente nos assedia com pensamentos ou desejos torpes precisamente nesses
momentos. Eu diria que “a força da tentação” estará em relação directa com a
intensidade da nossa união com Deus.
Está claríssimo: para haver pecado é preciso intenção
e, mais, mesmo se não se pecar em acto, se houver intenção peca-se em
pensamento.
É evidente que o pecado é um acto livre da vontade
expressa e - nunca - algo fortuito e inocente.
É fundamental ter uma consciência bem formada e as
ideias bem claras: é impossível pecar sem querer!
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