1
Oração
Quero-Te, Senhor, quero-Te a meu lado
permanentemente. Quero estar conTigo sempre, sempre. De uma forma simples, mas
total, de dádiva inteira e completa para que, quando no dia e hora que
escolheres e for a Tua Vontade, eu subir até Ti, gozando o fantástico bem da
Tua presença viva para sempre.
2
O que me acontece e o que penso
Faço o bem que quero?
A pergunta completa será: Faço o bem que desejo ou
pratico o mal que não quero?
Velha de dois mil anos - veja-se São Paulo – [1]
esta questão torna-se uma constante nas almas que procuram a perfeição, a
santidade.
Leva-me a considerar, sobretudo, as faltas de omissão
que frequentemente me esqueço de confessar. E também, evidentemente, na minha
condição humana frágil e volúvel que me leva por caminhos que não quero me
afasta de outros que devería escolher.
A vontade própria só o é verdadeiramente quando é livre
de quaisquer amarras ou preconceitos, quando a exerço com plena consciência e
conhecimento.
Um acto da vontade não é nunca uma experiência, mas
uma certeza. A "máxima" poderia ser: "se não sei não faço, se
não conheço não desejo".
Existe ainda um perigo que surge com mais
frequência e que é fazer mal com a convicção que estou a praticar o bem. O
exemplo mais conhecido, talvez, seja o que de passou na morte de Cristo
quando Ele pede ao Pai perdão para eles porque «não sabem o que fazem», como se dissesse que pensariam estar a
fazer algo bom.
Mais tarde - mais de dois mil anos passados - a Igreja
reconhece o mesmo e o Santo que era o seu chefe na altura - João Paulo II -
chega a pedir perdão ao povo judeu por séculos a serem considerados como
criminosos.
3
Santíssima Virgem Glória e Graça
Meditação
Perfeição de
Jesus
«Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é
perfeito.»
Como
podes Tu, Senhor meu, mandar-me tal coisa!
Como cumprir tal mandato?
Não será, Senhor, que mandas algo impossível?
Tu, que sabes tudo, conheces as minhas fraquezas e
limitações, como me mandas tal coisa tão grande!
Sim, Tu, sabes tudo e, por isso sabes que Te amo e que,
nesse amor, ponho toda a minha esperança e confiança em Ti.
Esperança que me ajudarás com o que me falta.
Confiança em que, sabendo o que preciso, providenciarás
o necessário para poder cumprir o que mandas. Da quod iube et iube quod vis!
Jesus Cristo enuncia um ideal de conduta humana.
Como todos os ideais, também este é difícil de atingir. Mas não impossível,
porque o Senhor nunca pede impossíveis aos Seus filhos.
Com interpretar, então, o que diz?
Faltará, talvez, acrescentar: Este é - deve ser - o teu ideal; esforça-te
por consegui-lo.
A mim, pobre homem, que de ideais percebo muito pouco, não me resta fazer
senão o que Jesus sugere: Fazei o
possível! E, com a segurança do Seu auxílio e apoio, sei muito bem que,
para Ele, nada é impossível.
S os perfeitos só se encontram no Céu vejo as coisas com outra
clareza e parece-me que encontrei a solução: tenho de ser
santo!
E, para tanto, só existe um caminho seguro: Fazer, em tudo, a Vontade de
Deus.
«Docere
me facere voluntatem tuam quia Deus meus es tu!
Este, quero que seja o meu lema diário,
constante.
Ajuda-me, Senhor, a concretizá-lo, minha Mãe,
Maria Santíssima, São José meu Pai e Senhor, Anjo da Minha Guarda, tomai-me
pela mão para que não me desvie do meu caminho.»
A dificuldade principal – julgo – está em que muitas vezes desejo que a
Vontade de Deus se “conforme” com a minha própria vontade o que, corresponderá
de certo modo, ter Deus como que ao “meu serviço” quando deverá ser exactamente
o contrário.
Não há outro remédio nem caminho para solucionar este assunto que pedir,
com insistência perseverante:
‘Senhor, ajuda-me a fazer sempre a Tua Vontade’.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.