PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Segunda-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor
que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente
em minha casa, boa disposição.
Senhor
que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com
naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que
nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade”
ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando
graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Sorrir,
ser amável.
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Mc XIV,
1-72
PAIXÃO
E RESSURREIÇÃO
Conspiração dos judeus
1 Faltavam
só dois dias para a Páscoa e os Ázimos; os sumos sacerdotes e os doutores da
Lei procuravam maneira de capturar Jesus à traição e de o matar. 2 É que
diziam: «Durante a festa não, para que o povo não se revolte.»
Unção de Betânia
3 Jesus
encontrava-se em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Estando à mesa, chegou
uma certa mulher que trazia um frasco de alabastro, com perfume de nardo puro
de alto preço; partindo o frasco, derramou o perfume sobre a cabeça de Jesus. 4
Alguns, indignados, disseram entre si: «Para quê este desperdício de perfume? 5
Podia vender-se por mais de trezentos denários e dar-se o dinheiro aos pobres.»
E censuravam-na. 6 Mas Jesus disse: «Deixai-a. Porque estais a atormentá-la?
Praticou em mim uma boa acção! 7 Sempre tereis pobres entre vós e podereis
fazer-lhes bem quando quiserdes; mas a mim, nem sempre me tereis. 8 Ela fez o
que estava ao seu alcance: ungiu antecipadamente o meu corpo para a sepultura.
9 Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde for proclamado o
Evangelho, há-de contar-se também, em sua memória, o que ela fez.»
Traição de Judas
10 Então,
Judas Iscariotes, um dos Doze, foi ter com os sumos sacerdotes para lhes
entregar Jesus. 11 Eles ouviram-no com satisfação e prometeram dar-lhe
dinheiro. E Judas espreitava ocasião favorável para o entregar.
Preparação da Ceia Pascal
12 No
primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, os discípulos
perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comeres a
Páscoa?» 13 Jesus enviou, então, dois dos seus discípulos e disse: «Ide à
cidade e virá ao vosso encontro um homem trazendo um cântaro de água. Segui-o
14 e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre manda dizer: 'Onde está
a sala em que hei-de comer a Páscoa com os meus discípulos?' 15 Há-de
mostrar-vos uma grande sala no andar de cima, mobilada e toda pronta. Fazei aí
os preparativos.» 16 Os discípulos partiram e foram à cidade; encontraram tudo
como Ele lhes dissera e prepararam a Páscoa.
Anúncio da traição de Judas
17 Chegada
a tarde, Jesus foi com os Doze. 18 Estavam à mesa a comer, quando disse: «Em
verdade vos digo: um de vós há-de entregar-me, um que come comigo.» 19 Começaram
a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: «Porventura sou eu?» 20 Jesus
respondeu-lhes: «É um dos Doze, aquele que mete comigo a mão no prato. 21 Na
verdade, o Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito a seu
respeito; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue! Melhor
fora a esse homem não ter nascido!»
Instituição da Eucaristia
22 Enquanto
comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e entregou-o
aos discípulos dizendo: «Tomai: isto é o meu corpo.» 23 Depois, tomou o cálice,
deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele. 24 E Ele disse-lhes: «Isto é o
meu sangue da aliança, que vai ser derramado por todos. 25 Em verdade vos digo:
não voltarei a beber do fruto da videira até ao dia em que o beba, novo, no
Reino de Deus.» 26 Após o canto dos salmos, saíram para o Monte das Oliveiras.
Anúncio das negações de Pedro
27Jesus
disse-lhes: «Todos ides aban-donar-me, pois está escrito: Ferirei o pastor e as
ovelhas hão-de dispersar-se. 28Mas, depois de Eu ressuscitar, hei-de
preceder-vos a caminho da Galileia.» 29 Pedro disse: «Mesmo que todos venham a
abandonar-te, eu não.» 30 E Jesus disse: «Em verdade te digo, que hoje, esta
noite, antes de o galo cantar duas vezes, tu me terás negado três vezes.» 31 Mas
ele insistia com mais ardor: «Mesmo que tenha de morrer contigo, não te
negarei.» E todos afirmaram o mesmo.
Oração de Jesus em Getsémani
32 Chegaram
a uma propriedade chamada Getsémani, e Jesus disse aos discípulos: «Ficai aqui
enquanto Eu vou orar.» 33 Tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir
pavor e a angustiar-se. 34 E disse-lhes: «A minha alma está numa tristeza
mortal; ficai aqui e vigiai.» 35 Adiantando-se um pouco, caiu por terra e orou
para que, se possível, passasse dele aquela hora. 36 E dizia: «Abbá, Pai, tudo
te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim
o que Tu queres.» 37 Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir e
disse a Pedro: «Simão, dormes? Nem uma hora pudeste vigiar! 38 Vigiai e orai,
para não cederdes à tentação; o espírito está cheio de ardor, mas a carne é
débil.» 39 Retirou-se de novo e orou, dizendo as mesmas palavras. 40 E,
voltando de novo, encontrou-os a dormir, pois os seus olhos estavam pesados; e
não sabiam que responder-lhe. 41 Voltou pela terceira vez e disse-lhes: «Dormi
agora e descansai! Pois bem, chegou a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser
entregue nas mãos dos pecadores. 42 Levantai-vos! Vamos! Eis que chega o que me
vai entregar.»
Prisão de Jesus
43 E
logo, ainda Ele estava a falar, chegou Judas, um dos Doze, e, com ele, muito
povo com espadas e varapaus, da parte dos sumos sacerdotes, dos doutores da Lei
e dos anciãos. 44 Ora, o que o ia entregar tinha-lhes dado este sinal: «Aquele
que eu beijar é esse mesmo; prendei-o e levai-o bem guardado.» 45 Mal chegou,
aproximou-se de Jesus, dizendo: «Mestre!»; e beijou-o. 46 Os outros
deitaram-lhe as mãos e prenderam-no. 47 Então, um dos que estavam presentes,
puxando da espada, feriu o criado do Sumo Sacerdote e cortou-lhe uma orelha. 48
E tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Como se eu fosse um salteador, viestes
com espadas e varapaus para me prender! 49 Estava todos os dias junto de vós,
no templo, a ensinar, e não me prendestes; mas é para se cumprirem as
Escrituras.» 50 Então, os discípulos, deixando-o, fugiram todos. 51 Um certo
jovem, que o seguia envolto apenas num lençol, foi preso; 52 mas ele, deixando
o lençol, fugiu nu.
Jesus no tribunal judaico
53 Conduziram
Jesus a casa do Sumo Sacerdote, onde se juntaram todos os sumos sacerdotes, os
anciãos e os doutores da Lei. 54E Pedro tinha-o seguido de longe até dentro do
palácio do Sumo Sacerdote, onde se sentou com os guardas a aquecer-se ao lume.
55 Ora os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho contra
Jesus a fim de lhe dar a morte, mas não o encontravam; 56 de facto, muitos
testemunharam falsamente contra Ele, mas os testemunhos não eram coincidentes.
57 E alguns ergueram-se e proferiram contra Ele este falso testemunho: 58 «Ouvimo-lo
dizer: 'Demolirei este templo construído pela mão dos homens e, em três dias,
edificarei outro que não será feito pela mão dos homens.'» 59Mas nem assim o
depoimento deles concordava. 60 Então, o
Sumo Sacerdote ergueu-se no meio da assembleia e interrogou Jesus: «Não
respondes nada ao que estes testemunham contra ti?» 61Mas Ele continuava em
silêncio e nada respondia. O Sumo Sacerdote voltou a interrogá-lo: «És Tu o
Messias, o Filho do Deus Bendito?» 62 Jesus respondeu: «Eu sou. E vereis o
Filho do Homem sentado à direita do Poder e vir sobre as nuvens do céu.» 63 O
Sumo Sacerdote rasgou, então, as suas vestes e disse: «Que necessidade temos
ainda de testemunhas? 64 Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?» E todos
sentenciavam que Ele era réu de morte. 65 Depois, alguns começaram a
cuspir-lhe, a cobrir-lhe o rosto com um véu e, batendo-lhe, a dizer:
«Profetiza!» E os guardas davam-lhe bofetadas.
Três negações de Pedro
66 Estando
Pedro em baixo, no pátio, chegou uma das criadas do Sumo Sacerdote 67 e, vendo
Pedro a aquecer-se, fixou nele o olhar e disse-lhe: «Tu também estavas com
Jesus, o Nazareno.» 68 Mas ele negou, dizendo: «Não sei nem entendo o que
dizes.» Depois, saiu para o átrio e um galo cantou. 69 A criada, vendo-o de
novo, começou a dizer aos que ali estavam: «Este é um deles.» 70 Mas ele negou
outra vez. Pouco depois, os presentes disseram de novo a Pedro: «Com certeza
que és um deles, pois também és galileu.» 71 Ele começou, então, a dizer
imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem de quem falais!» 72 E logo
cantou o galo pela segunda vez. Pedro recordou-se, então, das palavras de
Jesus: «Antes de o galo cantar duas vezes, tu me terás negado três vezes.» E
desatou a chorar.
Comentário
Quanto
o Evangelista descreve neste Capítulo é de tal forma “esmagador” pela crueza do
relato que não deixa muito mais que comentar.
Talvez
seja preferível lê-lo uma e outra vez entrozando bem quanto nos diz e sem nos
deixarmos “impressionar” pela crueza dos factos considerar antes quanto
merecemos como filhos de um Deus que não Se poupa a nada para nos resgatar.
(AMA,
2021)
FILOSOFIA E RELIGIÃO,
VIDA HUMANA
Filosofia e Religião, Vida Humana
Positivismo
O
erro fundamental do positivismo consiste precisamente na única possibilidade de
evasão positiva, de superação, de redenção humana.
(A. Veloso,
Os positivistas, Brotéria vol.54, 1952)
REFLEXÃO
Sobre
o Exame pessoal 1
Observo-me,
escrevo sobre mim mas, algumas vezes parece que estou como que a fazer uma
“prédica” a terceiras pessoas.
É
a minha forma de ser, sei-o bem.
Dificilmente
me atrevo a fazer um exame profundo do meu procedimento.
Qual
a razão?
Porque
sei muito bem que tenho uma explicação, uma desculpa para tudo de forma que
nunca encontro nada absolutamente errado mas, tão só, pequenas falhas sem
grande relevo.
Então,
quer dizer, não faço exame porque fico pior que se o não fizesse?
Não!
É
pura e simples cobardia e auto-convencimento da bondade da minha forma de
proceder.
Eu
é que sei! Poderia afirmar.
Que
falta de vergonha, que pobreza de critério!
A
continuar assim onde irei parar?
Ajuda-me
Senhor pois bem vês que não sou capaz.
(AMA, reflexões, 2018)
SÃO JOSEMARIA - textos
Pede a verdadeira humildade
A humildade nasce como fruto do conhecimento de Deus e do
conhecimento de si próprio. (Forja,
184)
Essas depressões por veres ou por outros descobrirem os teus
defeitos, não têm fundamento... Pede a verdadeira humildade. (Sulco, 262)
Fujamos dessa falsa humildade que se chama comodismo. (Sulco, 265)
Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar
agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!,
canta a Igreja. (Forja,
187)
A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros.
A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)
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